Citações sobre Brincar
Brincar com as flores
Havia uma criança que como tal gosta de dança. Porém sua herança não é digna de confiança, e sua esperança, sem nenhuma fiança não enchia sua pança. Na verdade, ele só queria uma aliança. Um amigo para uma humilde festança.
Um garoto, neto de uma dita qualquer, considerada mulher. Ou, ao contrário, uma dita mulher, considerada qualquer. Dona Esther, vendedora de Tupperware. Comiam na praça da Sé, sem talher. E nem comida sequer. No lixo, num mundo que mal lhes quer, restou a... fé?
Ao redor, ninguém tinha uma esmola. De alimento, de sustento, ninguém atento. Sem ir à escola, Ricardo Tulipa, carregava fardos, abatido por quem usa fardas. Ainda sonha com fadas, encantadas. Acorda, sem resguardos, com a corda dos guardas.
Passam advogados e delegados, fatigados. Tão muito bem empregados. Não sabem dessa vida de gado. Códigos salgados, crimes embargados. Não podem ser xingados. São comungados. Aparecem pastores, decompositores. Gritam ser os corretores, santos atores. Malfeitores, tiram os cobertores, enganam as dores. Vem os médicos, com remédios esporádicos. Sem diagnósticos. Tratamentos melancólicos. Não veem nem as cicatrizes. Surgem os juízes, com gases. Infelizes, ou melhor felizes, com suas diretrizes de leis vorazes. Incapazes de ver luzes na sarjeta. Há o poeta, xereta. Andando de bicicleta, a contemplar a borboleta. Aproxima-se de uma flor. Uma flor suada, suja, mas o poeta sabia que ali tinha amor.
Vontade de cheirar flor e conhece-la na sua essência, o poeta olha-a bem e rega um “Oi! Tudo bem?”. A flor exala um sorriso, com um aviso diz: “Sou o Tulipa!”. E soltando um leve perfume pergunta “Quer brincar comigo?”.
“O que você gosta de fazer?” Indaga o poeta. “Sou Tulipa e adoro empinar pipa!”. Porém, ao responder o poeta, o menino faz uma careta. Pois imagine a treta, faltava vareta. “Você tem bola?” questiona o guri. “Ou alguma esmola?”. O poeta, amante das micaretas, fala que “Não! Mas sou de uma escola, uma escola que rebola! Basta musicar as letras, cantar as palavras, bater palma, ritmar a alma, fazer rima e dançar a vida!”.
Tulipa gostou da ideia e já viu que por ali poderia ter uma grande ceia. Um amigo também, para fazer parceria e companhia. Nesse dia, na praça, Tulipa percebeu que a vida com dança tem graça. Cada vez mais a dança fez graça. O poeta então proclama: “Garoto, abraça essa dança que é massa!”. E foi embora. Nunca mais se viram.
Agora, toda vez que Tulipa encontra algum poeta, ele logo pergunta: “vamos brincar comigo?”.
Numa andança, Tulipa encontrou outras danças, junto com outras tantas flores, em bosques e florestas. Viveu de festas. Descobriu que sua querida vó Esther também é flor pura, áster, a mais linda cor púrpura. Provinda da África. Compreendeu o seu porquê de ser um elegante tulipa negra.
Outrora, em um dia de sol, Tulipa acompanhada de seu amigo Girassol, em um grande encontro da flora, avistou aquele poeta. Cantando, dançando e amando em verso e prosa. E concluiu que aquele poeta era uma bela rosa. Se aproximou e percebeu como sua alma é cheirosa.
Tulipa aprendeu que todo mundo é flor, com dor e amor. É preciso saber vê-las e cheirá-las. Interagir, regar, brincar e dançar com as flores, as nossas flores, repleta de todas as cores!
Eu costumava brincar com a ideia de que, ao morrermos, finalmente ficamos sabendo para que a vida serviu. Nunca imaginei que poderia descobrir isso quando outra pessoa morresse.
Eu fui brincar de flertar e acabei me apaixonando.
Fui brincar de amar e acabei me machucando.
Fui brincar de ir embora e acabei realmente partindo.
Eu brinquei tanto com os sentimentos dos outros, que agora os outros que brincam com os meus sentimentos...
É interessante observar como a chegada da vida adulta nos endurece. Brincar pede entrega, atenção plena, relaxamento. Só isso. Nós não precisamos saber brincar, precisamos apenas olhar para os nossos filhos e deixar que, por alguns poucos minutos, eles simplesmente nos guiem. Algumas pessoas me falam: "ah, Elisama, mas eu não gosto de brincar, não tenho paciência. Eu leio com ele, a gente desenha junto as vezes. Tá bom, né?". Sim, ler junto, cozinhar, desenhar, contam como tempo de qualidade com a criança e, sem sombra de dúvidas, criam bons hábitos e lembranças na família, mas há algo único e especial em brincar. Quando a gente aceita o convite de "vamos brincar comigo?", eles ouvem "eu me interesso pelo seu mundo e quero fazer parte dele." E existe um efeito mágico nisso. Crianças são uma carta branca pra correr no mercado, dançar no meio do shopping, sentar no chão e brincar com lama. Elas são lembretes vivos de que a vida pode ser mais divertida. São mão estendida pra uma existência menos cinza. Precisamos brincar.
Abençoadas são as crianças que caem
E não deixam de brincar,
Que se sujam mas sabe que tem alguém pra
Lhe limpar,
Que se machucam mas tem alguém pra beijar suas feridas
Que brigam com seus amigos mas em segundos
Estão se abraçando novamente
Abençoadas são as crianças
Porque passam tempo de mais brincando
E não tem tempo para sentir ódio
Em seus pequenos corações
Abençoados sejam as jovens crianças
De vossas novas gerações
PINTINHO MALHADO
É Travesso o maroto
Tinhoso como ninguém
O Tempo Todo Cisca terreiro
Brincar Com Os Amigos Ele vem!
Colorido malhado
Depressa ciscando chão
De Preto de branco
Mais
Parece Um Furacão
Noite escura
Muito medo Ele tem
Dos meninos de
Bodoques muito corre também.
Quando chove e faz frio
Para sua casa pintinho vai
Fica olhando as gotas da chuva fria que cai
Pintinho malhado passa dia no terreiro
Cisca quando pula
Pintinho arteiro.
quando dispomos de muito tempo para gastar, persuadimo-nos de que podemos aguardar anos a brincar em frente dos acontecimentos
" Menino sapeca"
Dizem que sou sapeca
Gosto de brincar e aprontar
Mas não me acho sapeca
Sapeca é quem me chamar.
Sapeca é o sapo
Que pula o tempo todo no brejo
Molha a conta
Assusta os peixes
Canta o tempo todo
Brincando de tejo
Sapeca é a onça toda pintada
Com a cara mais lavada
Come tudo na floresta
Quando a noite vem
O tempo parece brincar conosco de tão depressa que ele passa. Pois já é verão mais uma vez! (...) E lembre-se que para o sol não se olha, porque o sol a gente sente… Portanto, feche os olhos e deixe que o sol aqueça o seu coração.
Fui criança...
Sou criança...
Serei criança...
Enquanto eu estiver vida...
Criança serei...
Brincar é preciso....
Afinal...
Eu nescessito brincar...
Pois sem essa alma de criança...
Em amarguras vou estar...
Fui a criança que brincou...
Fui a criança que sorriu....
Fui a criança que apanhou...
Fui a criança que chorou...
Fui a criança que sonhou...
Fui a criança que estudou...
Fui a criança que errou...
Fui a criança que Deus amou...
Fui a criança que perdoou
Hoje...
Mudei...
Mas Sou tudo isso ainda...
Porém...
Mais robusto...
Mais lapidado...
Mais ousado...
Mais atrevido....
Mais vigiado...
Mais surrado....
Amanhã...
Serei tudo novamente....
Porém...
Envelhecido pelo tempo...
Rejuvenescido pelo Amor...
Rejuvenecido pela dor...
Rejuvenecido por tudo que passou...
E mesmo errando...
Cabe eu....
Continuar sendo tudo que fui...
Posso até me sentir trincado...
Mais evaporado não...
E no reciclado do tempo...
Amanhã...
Uma nova criança...
Nascerá com mais esperança....
Que errará sim....
Mas também....
Amará e perdoará mais....
Autor:José Ricardo
As crianças precisam de palavras, sorrisos, abraços. Precisam se entediar, sonhar, brincar, imaginar, correr, tocar, mexer, que sejam lidos contos para elas. Olhar o mundo que as cerca, interagir. No coração destas necessidades, a tela é uma corrente de gelo que congela o desenvolvimento.
Uma das maiores dádiva divina é ter um coração de criança, brincar como criança, dormir como criança, possuir
a verdade e um pouco da imaturidade
de uma criança!
As vezes a única coisa que ela precisa é soltar uma gargalhada. Rir, sorrir, brincar, abraçar, apertaaar, ser feliz! Em um mundo tão triste, o pouco para alguns é muito, o suficiente é o todo, o mais barato se torna mais caro. Poxa, em um turbilhão de sentimentos, emoções e emoções as vezes falta tempo para o básico: sorrir, e as vezes a única coisa que ela quer é isso, sentir-se abraçada. Ter a certeza que tem um aconchego particular, disponível para quando quiser, e as vezes a única coisa que falta nela é ter um palhaço sério que faça ela rir, mas entenda-a quando ela não tiver bem.
Criação, informação, contravenção.
Sim, bem ão.
Muita, e muita enganação.
Brasil.
Se brincar encontra.
A verdade afronta.
Nerdes e mendigos.
Que fingem não ter abrigos.
Possuidores de bens.
Será, seria.
Alegoria, invenção.
Não.
Laranjas.
Testa de ferro.
A ilegalidade no berro.
Boiada da contravenção.
Jogo do bicho.
O povo rifado.
Unidade, dezena.
Milhar, centena.
Quem crê joga.
Ou reza uma novena.
Escroto jogo da vida.
Quem é a lei, o juiz o policial.
Meu Deus.
Deixe eu enxergar.
Essa escuridão letal.
A que eu viva e não entre no jogo do mal.
O homem, o engano, tribo, povos.
No mato e no asfalto.
A verdade, civilização, escancare no jornal.
Giovane Silva Santos
Quem tem uma criança,
Com um bola dentro do peito,
Sabe sentir o que a vida tem pra brincar,
Seja assim, ou assado,
Frito, cozido, ensopado, gratinado,
Refogado ou requentado,
Sentir a vida é brincar,
Brincar é viver criança,