Citações de Filósofos

Cerca de 6324 citações de Filósofos

Falsas Amizades -

Falsas amizades
são sustentadas, exclusivamente,
por conveniências egocêntricas.

Não resistem ao menor sinal
de contrariedade.

Inserida por SilvioFagno

E Sinto Muito -

Às vezes,
vou até a janela
em busca de alguma coisa
lá fora.
Alguma coisa
que eu não sei bem o que é.

Talvez
uma distração qualquer,
para uma fuga.
Algo que me faça,
por alguns instantes,
esquecer qualquer coisa.

Mas,
do alto da janela,
eu sei bem, com clara
certeza,
que a vista será sempre a
mesma.

Ainda que insetos se movam
no chão;
Ainda que pássaros deslizem
no céu;
No meio, estou eu:
lúcido e distante.

E a mesmice,
a brisa,
a calmaria do que eu vejo
lá fora,
não é nem sombra
do que eu sinto cá dentro.

(E sinto muito).

Inserida por SilvioFagno

O Grande Problema -

A corda arrebentar é consequência de muito esforço.
O grande problema é quando uma das partes (subitamente e inexplicavelmente), larga a corda, virando as costas para tudo que foi sonhado, planejado, vivido juntos, até então.
O problema é de quem fica com a alma despedaçada, abandonada, sem sentido, com o gosto, extremamente, amargo da decepção, da rejeição, tentando achar respostas enquanto caí de um abismo, onde o chão é a realidade mais tangível, tão certa e, um dia, inevitavelmente, chega. Chega e machuca muito.
O grande problema mesmo é de quem sonhou e lutou e morreu (sozinho).

Inserida por SilvioFagno

Os gênios nascem
pela insatisfação do que
já conhecem.

Inserida por SilvioFagno

Piloto Automático -

Cuidado
quando começar a
sentir-se muito à vontade
com a vida.

A morte pode vir como
um cochilo na sua
melhor poltrona.

Inserida por SilvioFagno

A coragem e a irresponsabilidade são confundíveis.

Inserida por SilvioFagno

Não digo que Deus não
exista.
Só desconfio de quem diz
que ele existe.

Inserida por SilvioFagno

Talvez -

Talvez,
quando tudo,
de fato,
for apenas mais uma das
suas muitas recordações
adolescentes,
perdidas na memória,
talvez (num dia qualquer),
você vai me ler, se ver
e chorar.

E então vai sorrir...

Sabendo que foi
minha grande inspiração,
sendo minha melhor
lembrança,
e minha maior
saudade.

(Talvez).

Inserida por SilvioFagno

Quase Sempre -

Quase sempre
o fevereiro,
feriado e Carnaval
de alguém,
tem nome,
sobrenome, um outro
alguém
e vive
muito longe.

Inserida por SilvioFagno

Tudo Anunciado -

O encontro como nos
filmes românticos;
A fulgaz felicidade dos
inícios;
O intenso e desmedido desejo
por aquilo que não se
conhece direito;
A estranheza da descoberta diária da realidade;
As,
cada vez mais constantes,
brigas e discussões,
aparentemente banais;
O aumento, significativo,
do nível diário de estresse,
aborrecimento e
decepções;
E o fim doloroso,
traumático e
rancoroso.

E assim,
a vida se reapresenta
em mais uma
história (de
amor?).

Inserida por SilvioFagno

Paramos de Crescer Crescendo -

Na adolescência,
de fato,
tudo é muito sexual:
gestos, vestimenta, diálogos - buscas.

Se exibe muito:
pele,
desejos,
pensamentos...

Tudo isso
envolto por um fino papel
de algum tipo de pureza,
ingenuidade,
poesia.

De modo
que é até compreensível.
Essa é a fase em que se tem
(quando se tem),
beleza física em abundância.
Os hormônios estão em
excesso,
o espírito aventureiro,
aexperimentação
quase sempre no
automático.

Aí,
então,
crescemos e a grande maioria
de nós piora tudo:
não, não é que aumentamos
tudo isso.
É que perdemos coisas
essenciais:
o frio na barriga,
as dúvidas,
algum traço de
inocência.

Somos, então,
dominados pela malícia:
passamos a dominar a malícia
das coisas - aprendemos
a mentir melhor,
fingir melhor,
sem culpa nem
remorso.

Perdemos a espontaneidade,
corrompemos o instinto,
a essência, e tudo se reduz
à carne (fria),
ao desejo, meramente,
carnal,
em que o espírito morre,
e quando isso
acontece, tudo morre,
e nada mais de especial
acontece.

(A gente para de
crescer crescendo).

Inserida por SilvioFagno

Nulo -

Vou deixá-lo, por enquanto, aqui, quieto.
Ele é grande, sincero, cuidadoso, mas não o suficiente para o recíproco. (Mostram-me).
Então, é melhor preservá-lo seguro (ainda que incompleto), no peito (ainda que machucado).
Sentimento: inquieto, calado - nulo.

Inserida por SilvioFagno

Desejos Impulsivos -

Aprendes a controlar os teus desejos impulsivos e terás, assim, encontrado (em parte), a chave da sabedoria sobre ti.
Controla-os, não os mates.
Ou então, morrerás de tédio em vida.

Inserida por SilvioFagno

A filosofia niilista, visão Nieteszcheana, faz laços com a filosofia budista, quando falamos de transformação e desenvolvimento de cada pessoa. Veja, para Nietzsche, estamos caminhando em cima de um abismo, sob uma corda bamba. Se deixarmos o medo nos dominar e tentar voltarmos, não conseguiremos chegar a plenitude dos nossos seres. Se olhamos para baixo encontramos nossos demônios, e se cairmos iremos conviver com eles e, portanto, nos tornaremos nossos demônios. Porém se tivermos coragem para enfrentar o medo constante de cair (o medo dos nossos demônios), nos tornaremos a melhor versão de nós mesmos, seja lá qual for, no final da corda é preciso que o homem oscile junto à ignorância.

Inserida por damascoin

Bendita Vírgula Maldita -

Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski!

Inserida por SilvioFagno

Ano (Novo?) -

Sei que quando o barulho dos fogos começar lá fora, algumas lembranças me levarão às lágrimas.
A gente passa o ano inteiro com restos de choro presos na garganta, no limite, por transbordar.
É, inegavelmente, somos partes deste ciclo que se encerra para um novo (mais repetitivo do que se imagina).
E, sendo partes, estamos sujeitos a, qualquer momento, parar no Tempo a cada jornada.
E para um homem como eu - cheio de traumas e receios e dúvidas, sem crenças religiosas, tentando fugir da superficialidade da massa, sem esperança na humanidade - não saber quem ou o quê me trouxe ou me permitiu chegar até este momento é, um tanto quanto, angustiante e, ao mesmo tempo, há um estranho alívio.
Eu também agradeço, mas eu não sei direito a quem ou a o quê.
Se você não tem essa dúvida, eu tenho dúvida sobre você; sobre mim; sobre ter certezas.
É tudo do Tempo e amanhã será mais um primeiro dia de mais um ano (novo?) a menos.
(Eu acho).

Inserida por SilvioFagno

A Tardezinha (A Hora da Saudade) -

Aqui estou, mais uma vez observando a Tardezinha.
Nem é dia nem é noite: é esse meio termo cinza, com pinceladas azuladas e alaranjadas entre o dia e a noite.
Para mim, é a hora mais nostálgica de um dia, e também a mais bela.
É a hora da brisa leve; o momento do olhar cuidadoso e paciente; o instante raro em que nasce a Poesia.
É a hora em que as aves diurnas se calam e os animais noturnos se manifestam.
O momento em que o sol vermelho se esconde atrás da cortina infinita do horizonte.
Talvez, seja o instante em que "Deus" pare para refletir; a hora em que o Tempo respira mais profundamente - a vida desacelera.
Avós e netos pelas calçadas; jovens de volta do Colégio; aquela série de TV favorita.
É a hora adolescente na velhice: de espírito sábio e gestos nobres.
Ela é a fotografia desfocada e, assim, poética; a pureza das crianças e dos palhaços; o amor adolescente passeando de mãos dadas na pracinha; a canção que traduz a essência dos namorados; as brincadeiras entre amigos; o elo que une o amor à amizade; o avesso da maldade; a rebeldia adolescente; o amor de pai e mãe; as brigas amorosas entre irmãos; a fé, sabedoria e bênção dos mais velhos.
Ela é o encanto dos olhos e do olhar; a leveza e espiritualidade da alma; é o misterioso e estranho e belo e sentimental contidos no íntimo do ser; é o lúdico e lírico; a balada de Rock; desenho animado na juventude; os sábados; dezembro por findar; livros, café e uma boa companhia nos dias frios; o sonho dos românticos; a taça de vinho, chocolate e o pensamento; o beijo roubado (tão esperado); cartas de amor escritas a mão; versos simples rabiscados no papel; a poesia dentro do poema; a nobre inspiração do Poeta.
Ela é esse meio tom entre a luz e a escuridão; o ponto de equilíbrio entre o céu e a terra.
Neste magnífico instante, nem é dia nem é noite: é a passagem. A hora da saudade.
O momento de voltar pra casa.

Inserida por SilvioFagno

Somos Começo, Meio e Fim -

Estamos aqui porque somos partes disso tudo. Somos começo, meio e fim.
Não podemos fugir dos fatos, do acaso, das escolhas e consequências. Somos partes fundamentais, mas não somos donos absolutos.
Atribuimos os resultados às nossas escolhas, mas não estamos protegidos do acaso desconhecido das forças que regem o Universo. Bem ou mal, elas se materializam, muitas vezes, no inesperado, no surpreendente, no inexplicável (às vezes lúdico, às vezes trágico).
Somos começo, meio e fim.
O sol nasce, aquece, ilumina e se põe; a flor nasce, perfuma, encanta e se vai. Mas a vida também é dos que sonham (infinitos sonhos). É do professor e do aprendiz; a vida é das crianças, dos jovens, dos palhaços, das senhoras e senhores.
A vida é do indispensável - do amor, da amizade, da poesia.
A vida e tudo aquilo que é parte dela, é imprescindível a ela.
No sopro que é, se totaliza; mesmo breve, se faz completa. E só porque há começo, meio e fim.
Um começo, um meio e um fim são inerentes à vida. Porque um começo, um meio e um fim é a síntese da síntese (ainda que fria), da vida.
A grandeza da vida é proporcional aos seus prezeres e mistérios.
Nascer é uma dádiva; viver, estar vivo é o sentido fundamental de nascer; e morrer é o completar natural de um ciclo, a ordem máxima da vida.
O que nos resta se não aceitar e adaptar-se a tudo isto, adiando ao máximo o tempo de morrer sozinho?
Não nos conformar é preciso, pois é questão de desejo e vontade de usufruir esse privilégio de estar vivo.
Afinal, somos do ontem, do hoje e do amanhã, mas pertencemos (na carne), somente ao agora - de fato, um presente.
Porque somos do Tempo, pertencentes a ele desde o começo, meio e fim.

(Sorte e boas escolhas!).

Inserida por SilvioFagno

De Pai Pra Filho -

Um dia, quando eu já não estiver mais aqui para ouvi-lo, talvez meu filho dirá: "meu pai sempre dizia: John, cuidado com as quinas!
Eu nunca entendi muito bem o que meu pai queria dizer sobre quinas.
Sei que ele falava das quinas de camas e mesas e cadeiras, mas também era sobre esquinas e ruas desconhecidas; era sobre medo e dor e solidão; sobre a sorte e estrelas cadentes.
Acho que meu pai falava mesmo era sobre o amor: ele sabia que se eu machucasse meu dedo numa 'quina' qualquer do mundo ele também choraria."

Inserida por SilvioFagno

Aquela Moça -

Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus!
Como eu poderia ter amado aquela moça, eternamente.
Sim, a amaria eternamente.
Não essa que se fez fútil e vulgar e descartável.
Mas aquela que só existiu no meu mais nobre sentimento, covardemente destruído.

Inserida por SilvioFagno