Citações de Filósofos
Não é Mais Um Dia: É Menos Um -
Percamos tempo alimentando
orgulho e vaidade,
e colecionando perdas e
despedidas.
O Outro -
Sim,
somos, também,
responsáveis pelo outro.
Mas acredito que,
a partir de certo ponto,
devemos tratar as pessoas
tal como elas se comportam diante
dos outros e de si mesmas.
Porém,
em se tratando das piores,
eu aconselho distância e
indiferença.
Cheio e Vazio -
Acho que é isto que mata
a gente:
Esse "cheio e vazio
do peito",
em forma de expectativas
e decepções
que a vida costuma nos proporcionar diariamente.
Correndo -
Às vezes,
eu fico olhando adolescentes
à toa, se divertindo como
jovens que são
e acho graça da maneira como fazem as coisas.
É tudo tão tosco e bobo e
besta,
e nada é tão sério e tudo
tão necessário.
E então,
me percebo rindo
e logo me sinto velho, triste
e bobo e besta,
e agora tudo é tão sério
e nada mais tão
necessário.
(Contaram-nos a história
errada?).
Velhos Conhecidos -
Agora
já não temos mais respostas
dos sinais ocultos,
camuflados que,
antes,
acertavam a alma.
E temo.
Agora
somos, apenas,
velhos conhecidos que,
às vezes,
se cruzam por aí e,
um simples e automático "oi",
basta.
E fomos...
Muito mais.
Raras Pessoas -
Algumas
(raras) pessoas,
têm o poder de nos tirar
do sério:
Sim,
a gente olha e, simplesmente,
ri - feliz.
Estranhamente,
feliz.
Por que Amar? -
Por que os pássaros
voam?
Precisamos explicar por que
um pássaro
voa?
Não!
É preciso saber o porquê
dele não estar
voando.
Isso explica?
Poema de Chuva -
Sempre haverá um tanto de
tristeza
e um bocado de
saudade
nestes dias de
chuva.
Dias em que os corações
mais puros e meninos
necessitarão de mais
aconchego,
mais pele, mais calor
humano,
do olhar, da presença.
O Tempo condiciona as coisas
e o amor as eternizam.
Para o Depois, Porque o Agora Me Interessa Mais -
E se amanhã
eu não estiver mais
aqui:
continue me tratando
como me trata
hoje.
Desabafo Inútil –
Sem cerimônia,
fui expulso do “Paraíso”
de escolhas e consequências.
Então,
me vi na necessidade
de uma releitura da vida,
para novos rumos,
novos sentidos, novos caminhos,
mas agora,
através de uma outra perspectiva,
um novo momento,
um novo olhar:
dúbio.
Com novos personagens à volta,
cama e cômodos diferentes,
vozes diferentes,
cheiros e sons diferentes.
Um outro endereço,
na mesma rua, em direção ao
nada
eu fui e voltei
e não mais voltei para casa
ou nunca fui.
Acúmulos de expectativas
e decepções
tão inerentes a
mim.
Um novo dia nasceu (turvo),
poeticamente cinzento e
dolorosamente ensolarado,
com cicatrizes e possibilidades,
velhas novidades, novos ciclos
de amizade,
encontro e reencontros e
desencontros e
perdas.
Alguns raros sorrisos – quase
uma volta à adolescência – um
filme em dias frios,
cobertas e pele e um moleque
inquieto – dono de tudo ali – sonho
e realidade para novas,
velhas lágrimas.
O real e o desejável;
o medo e a experiência;
a sorte e o hiato;
a saudade e a necessidade
do seguir em frente... a poesia e o
vazio.
Entendo: não volta mais!
Não pude fazer escolhas,
simplesmente, fiquei de fora
delas.
Não aceitei, nunca aceitarei
(hei de me adaptar), mas o
que ainda restou de mim
– inútil poeta –
são restos essenciais de
batalhas que,
enfim,
venci, derrotado.
Não é Sobre o 1º de Abril: É Sobre Essência -
A você
que conseguiu passar os
outros 364 dias do ano
fingindo ser o que
não é:
Parabéns!
Hoje
poderá ser você
mesmo.
É Preciso Que Se Diga -
O ser humano é merecedor
de todas as desgraças
da vida,
porque não faz por merecer
todo o amor.
A Lua -
Hoje cedo
lembrei aquele teu riso fácil
e olhar adolescente de quase
meio-dia.
Lembrei de coisas
que nem pensei que faziam falta
como: a tua falta de jeito ao derrubar
coisas.
Lembrei teu espaço rebelde,
teus traços e passos
e trejeitos - jeito moleque.
Manias - tão tuas - que nem sei
se existem em outras.
Agora,
neste exato momento,
estou em total silêncio
buscando algo da tua fala.
(...)
Em vão.
Por favor, pequena:
não me chames como tu chamas
a todos os outros.
Tu sabes, né?!
Ah!
Mas quando foi que tudo escureceu,
afinal?
Sim,
eu amo a noite,
mas não esta - sem teu canto,
sem teu colo, teu encanto,
tua luz.
Se,
ao menos, como antes,
me restasse a lua.
Ah, a lua...
no céu da tua boca.
Amanheças aqui!
Valores (Trocados) -
Tem gente que é capaz de trocar gente por qualquer coisa.
(E falo de gente e de coisas).
Não de gente qualquer: gente.
Mas de qualquer coisa... (qualquer).
Confuso e Certo -
Agora é um encontra e vai embora; sem toques, sem gestos: triste.
É um vê, mas não olha; com medo, com pressa: tenso.
Um percebe, mas disfarça; sem lógica, sem graça: falta.
E, assim, o que antes (confuso e incerto), parecia tanta coisa, agora (claro e certo), parece nada.
Desejo e Realidade e Equilíbrio -
Desejo -
Perceber os começos, usufruir os meios e entender os fins.
Realidade -
Na carne e lúcido: somos falhos, breves e finitos.
Equilíbre-se!