Cidade
Ame a cidade em que vive, pois ela foi designada para que você construa toda sua história e uma história sem amor é um livro sem conteúdo.
Ame a cidade em que vive, pois ela foi designada para vc construir toda sua história e uma história sem amor é um livro sem conteúdo.
Naquele tempo em uma singela casa na cidade de Nazaré, um anjo apareceu para uma Virgem, a mais linda e pura jovem, para lhe dar uma missão e dizer-lhe que Deus a abraçava e lhe acolhia para ser a mãe do Salvador. Naturalmente veio o susto, pois aquela jovem se quer tinha marido e ficou com receio no que iriam dizer dela, mas o anjo lhe disse que não tivesse medo que ela seria a mãe do Salvador. Dessa forma ela nos deu o Messias, tornou-se “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1, 43) como a chamou Isabel. Deste dia em diante, nós a abraçamos “Mãe de Deus”, a mais alta dignidade que pode ser exaltada a criatura humana e nós carinhosamente a “adotamos” a sermos os seus filhos.
Cidade pequena, onde a vida passa desacelerada, onde só há crianças e senhores, os jovens saem para ganhar a vida e voltam quando velhos, para perdê-la em paz.
- Eu esperei muito tempo por esse dia, sua partida em busca de algo melhor. Você, leve e linda, cheirosa e meiga, não merece ficar estagnada em algo sem mobilidade nenhuma como esta cidade soturna.
- Mas papai, não vai dar. Como vou deixar o senhor aqui? Acho melhor eu rejeitar esta proposta de emprego. Não consigo meu pai, não consigo. Venha comigo, por favor?
- Deixe-me aqui, esse lugar já faz parte de mim filha. Seu querido paizinho já está muito velhinho para essas aventuras.
O Sol do entardecer batia em seus olhos em pranto. Mariano irredutível com um abraço sussurra em seus ouvidos.
- Querida, você precisa ir. Venha meu bebê sente-se aqui.
E uma pausa, um silencio lutuoso fica no ar.
- Sabe filha, não se preocupe comigo, aqui é minha terra, mas não é a sua. Não tenho vontade de partir, já vivi tudo que tinha que ser vivido. Você é jovem ainda, sua alma está inquieta agora, e isso é ótimo. Seu velho vai ficar bem aqui, ta bom? Agora vaia logo antes que escureça. Leve com você isto.
Mariano tira do bolso uma bússola, velha e quebrada.
- Olha minha querida, quando eu saí de casa meu pai me deu esta bússola me disse que ela me indicaria o caminho da felicidade. Leve com você. É tudo que eu tenho de mais valioso.
Ela olha aquela bússola surrada pela vida, olha para o pai como se esperasse que ele falasse mais alguma coisa. Ele captando no ar responde.
- Valioso aos olhos do coração minha filha, é o que importa. O coração.
Os políticos aracajuanos falam que temos a cidade da qualidade de vida e que temos a Orla mais bonita do país. Mas quando você viu passar no Jornal Nacional, no Globo Repórter, no Repórter Record matéria sobre nossa Orla de Atalaia? Só mostram COPACABANA.
Já que "somos" a cidade da qualidade de vida, por que se passa no mínimo uma hora para ir da Zona Sul ao Centro da cidade? Por que em "tempos" de chuva como este se vê pessoas se molhando no ponto de ônibus, como se não bastasse a demora pelo transporte público?
Por que na cidade da qualidade de vida pessoas ficam horas para serem atendidas em hospitais públicos?
Por que, numa cidade tão pequena, o ensino não é de qualidade?
Estes fatos, acontecimentos e questionamentos devem ser levados às urnas em Outubro.
Ou seremos a cidade da qualidade de vida (para os TURISTAS!). Nós que vivemos aqui e sofremos com o descaso do "possuidor do poder" sabemos que a verdadeira qualidade de vida em Aracaju ainda é UTOPIA!
Aracaju/SE, 17 de Julho de 2012.
Amor sem amar, é ilusão
Amar sem amor, é utopia
Noite sem luar, cidade escondida
Luar sem amor, esperança infinda.
Eu trabalho de madrugada... As coisas acontecem quando é dia ou quando a cidade dorme... A minha inspiração, vem durante a madrugada.
Na pequena cidade de Barroso, no interior de Minas Gerais, vive a jovem Milla e seu pai, Pedro. Ambos vivem em uma casa simples numa área da classe média da cidade. Por serem apenas os dois, um cuida imensamente do outro. O amor presente entre eles, é maior do que tudo. Porém, ao descobrir a forma como sua mãe faleceu, MIlla põe esse amor à prova e exige explicações de seu pai. Explicações essas que com certeza não virão fáceis.
- Me lembro do dia que parei de contar nossos encontros.
No clima e ritmo da cidade eu seguia, parando em semáforo amarelo esperando ficar vermelho, mas quem esperaria o sinal vermelho e não o verde?
- Eu.
O que antes eu esperava mudar sem saber o tempo, sem saber a hora certa para se movimentar, acelerar e seguir enfrente,esperando somente uma cor pra então agir. Hoje ao olhar para cima, vi que os segundos corriam em cima de mim avisando os tempos restantes para o sinal liberar.
Entre os 40 segundos, passei 35 deles pensando em coisas, trocando de música, olhando para a lua e os outros 5 me arrumando para dali se arrancar antes mesmo de soar as buzinas do meu atraso.
Ao seguir enfrente ao som de ... uma leve música com outro semáforo me deparei.
Nesse não avisava os tempos restantes somente o sinal vermelho entre os segundos que ali me prendeu, passei todos eles atento a qualquer mera mudança de cor que poderia ocorrer e ao me distrair buzinas ouvi.
Ao sair daquele movimento que me deixou atento ao trânsito te encontrei ao meu lado, estava me sentindo tão à vontade com meus pensamentos loucos e distraídos, suas mãos nas minhas tocavam e no outro semáforo devagar segui esperando o sinal vermelho para então te beijar.
Mas quem esperaria o sinal vermelho e não o verde?
- Nós.
Os barulhos da cidade, seu sorriso e o cheiro de rosas fazia parte do nosso ultimo encontro. As horas começaram a parar e somente a cada semáforo nós podíamos estar próximos.
Os dias que te via não eram diferentes de todos os dias que pensava em você.
As horas que eu passava com você no trânsito não eram diferentes das horas que parado no semáforo ficávamos.
- Porque em ambas te sentia comigo.
HOJE TEM CIRCO
Tem circo na cidade
Que ótima novidade!
Me leva? Pede o guri
Já pulando feito saci
Uma dimensão envolta pela lona
Quem ali não quer uma poltrona?
Um mundo de sonho e fantasia
Seu objetivo? Apenas dar alegria.
A menina quer ver a bailarina
Ela sonha ser dançarina
E finge que dança na arena
Ao final, para o público acena
Um rapazote quer ver o trapezista
Ensaia piruetas no meio da pista
Até se vê dando um salto mortal
Com seu feito estampado no jornal
Ah, o circo, espetáculo que é magia!
Que encanta até quem já o conhecia
Palhaços, domadores e malabaristas
Um reduto de grandes artistas.
Faze do teu amor uma cidade onde possas morar, mesmo que o mundo não te seja casa, mas um chão onde possas pisar com firmeza e fincar a bandeira do sonho e da esperança!
A Cidade Cinza
Primeiro era um aperto. Ela descrevia como um enlace de duas mãos pressionando o coração, com uma delicadeza cruel e quase sádica. Sentia uma desorientação de sentidos, de pensamentos e buscava desesperadamente um abrigo num ponto qualquer onde o olhar pudesse sentir-se seguro. Era em momentos como aquele, distantes dela mesma, que a fraqueza de não se pertencer a vencia covardemente. Um dia, num desses perfeitos dias de sol talvez, ela levantará da cama, porá os pés na madeira agradável do chão do quarto e sentirá uma liberdade pura, a sensação de ser, de estar em si, de estar no mundo sem ser tomada por ele. Num domingo de sol... Num verão ou numa primavera... Num dia azul... E o aperto voltará? Ele virá com a chuva... Mas o sol sempre voltará a brilhar na grande cidade cinza.
Ei amor, cadê você? andei te procurando por todas as ruas, becos e bares da cidade, mas falaram que você deve estar um pouco longe. Outros ainda disseram que você pegou uma aeronave para outro mundo. Poxa, estou te procurando, já cansou de mim, já cansou de nós?! Eu sei que onde vivemos não é lá essas coisas, mas olha... Eu prometo melhorar, prometo fazer com que as pessoas dê mais valor a vida, quem sabe assim você não volte para nos alegrar com coisas pequenas? Ei amor, estou falando com você, será que não me ouve? Ok, não vou te pertubar, sei que você deve estar num lugar mais próximo do paraiso, onde ser humano é tratado com igualdade e que todos sabe o siginificado do ''eu te amo''.
Ei amor, você voltou! Ouviu minhas orações, que bom! Bem, eu não voltei por você e nem por todos desse mundo idiota, voltei porque essa raça que se acha tão superior não consegue viver sem paixão, sem felicidade, sem carinho, vê se agora vocês dão valor a minha existência e não banalizam o meu amor!
Hoje é aniversário da cidade do Rio de Janeiro, isso já é um bom motivo pra fazer um texto. Primeiro, porque a cidade merece por sua exuberância, muito pouca, diga-se de passagem. Segundo porque é conhecida mundialmente como a "Cidade Maravilhosa", e sendo maravilhosa assim, temos que comemorar, né? Não. Em partes, quem vive na cidade e adjacências vai entender do que eu to falando. Talvez devemos comemorar a violência que assola o dia e a noite das pessoas, comemorar a hegemonia do tráfico, inclusive no asfalto. Vamos assoprar a velinha também aos responsáveis por tanta desordem do trânsito e do transporte público de péssima qualidade. Quando 'marketeamos' a cidade do Rio de Janeiro, mostramos a exuberância, os pontos turísticos, que são bons, não há quem negue. É uma maquiagem pura e simplesmente para um bom lucro do setor de turismo, que também não estão errados. A gente tem que valorizar o Brasil, né não? Valorizar pra quem quer passar umas férias, um final de semana. Caros turistas, é melhor ficarem na parte da maquiagem, porque a valorização da cidade é só pra vocês. Olhem que lisonjeante. O cidadão que mora aqui não merece tamanha valorização, imaginem. Ele ja sabe que tem que acordar de madrugada, pegar um ônibus lotado e viajar por mais de 2 horas até chegar ao trabalho. E se quer ir mais rápido, vai de metrô, mas já ta acostumado com a super lotação. O cidadão que mora na zona norte não precisa de tanta valorização, ele sabe que o papel e a lata podem ser jogadas ali na rua mesmo, todo mundo faz isso. E o lixo ali continua, a maquiagem só vale para aquela parte que os turistas mais frequentam. O papel e a lata no chão, varre depois. Da desordem, a gente já tá acostumado. Mas turistas, vocês não. Aqui tem que ser como é na fotografia, lindo, limpo e perfeito. Mas só na maquiagem. Entra ano passa ano, e vamos continuar comemorando a hegemonia, a segurança, o transporte público o papel e a lata jogadas na rua. Ah, também vamos comemorar a beleza da cidade na fotografia, na pintura. Talvez ano que vem entre ai mais uma ou duas categorias pra comemoração. Então, parabéns Rio de Janeiro, por cada vez mais nos encher o orgulho de quem vê de fora, e deixar cada vez mais enjoados quem vive dentro dessa realidade grotesca e mal cuidada por quem deveria cuidar de você.
Cinderela suburbana
''Era uma vez em um lugar muito distante( do centro da cidade).
Uma moça também muito distante, tinha sonhos mais distantes ainda ( da sua realidade).
Como a prima original,
tabalhava (pra caramba),
mas ao contrario da outra tinha sim,
uma familia(nao que as irmãs deixassem de ser megeras).
Não era prisioneira ( a não ser da sociedade),
Não era tão pobre ao ponto de não possuir uma coroa( no R$ 1,99 tem vários modelos).
O seu problema era o espelho(aquele maldito era seu desalento),
Aprendera a ser princesa européia ( mas sua genética era de outra etnia).
À sua volta o mundo ansiava pela sua decisão de aceitar o pretendente( nada principesco),
que a vida pudesse lhe oferecer.
E ela sempre a esperar '' O encantado''( pode ser aquele mesmo do filme sherek).
E nem sequer qualquer um se aproximava dela.
Na busca pelo principe criou uma lista de exigências impossivel de cumprir.
Mas nem foi preciso noite de festa e sapatinhos de cristal.
Um dia destes tropeçou no que não sabia que existia ( e não era primcipe, não era nada, nem era lindo aff).
Como nos desejos infantis coraçõezinhos flutuaram de sua cabeça (oca).
Pena que o tal ''Semi- encantado'',
fosse distraido e também já tivesse desenvolvido suas proprias exigências(ele nem notou sua existencia).
A nossa ''Cindy'' da multidão tentou de tudo(provavelmete se tivesse um sapatinho de cristal atiraria na cabeça do ''meio principe).
O fim historia está no espelho ( onde ela enxerga o ''porque'' do desinteresse do ''nada encantado'').
Quem disse no entanto que ela desiste (só pode ser brasileira mesmo),
qualquer distração do en-can-ta-do
e ela leva seu coração, o corpo e todo o resto ( e só vai devolver depois do ''felizes para sempre'').''