Chuva
"Adorei as aguas do céu, naquela tarde fria, de quinta feira.
Você, um tanto azarada, parece-me, não contava com a chuva e esquecera o guarda-chuva, em casa.
Eu também, azarado, não contava com a súbita torrente, que nos abraçava.
Sorte a minha, agradeço, novamente, pelas aguas.
Lembro de ti, enxarcada.
O cheiro do cabelo, exalava.
Cada cacho, se realçava.
Sua tez, pelo vento frio, arrepiada.
Tão próxima de mim, mas tão distante, pareceu-me um conto de fadas.
O castanho escuro dos olhos, me lembravam uma fera; outras vezes, uma criança, amedrontada.
E eu nem sei o nome da desgraçada.
Mas me recordo dos cachos, do cheiro e da gratidão, às do céu, as aguas..."
Felizes, sorridenntes a dançar
Enfrentando o lodaçal
Não importa se é temporal
A vida já os ensinou
Não adianta dramatizar
muito menos viver pelos cantos a lamentar
Eles dançam na chuva ,
Um chuá que lhes cai como uma luva
Dançam e cantam de cá para lá
esta chuva é sagrada
Presente da divndade
Sentem-se à vontade
Confiam no amanhã
Sentem-se livres
ali nao há nenhuma prisão
Para poucos é essa ousadia
Vivem uma vida vazia
presos no ostracismo
Que os impede de libertar
a criança interior
agarranndo-se a convenções
colecionam frustrações
editte/2024/novembro
editelima 60
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Todo dia é dia, e estão valendo.Todos eles...
Você aprende,trabalha, ama, perde e ganha.Nos dias frios, nos ensolarados,nos chuvosos nos felizes,nos enfadonhos.
Você passamomentos especiais na chuvae momentos tristes vendo o sol
brilhar. Todo dia acontece.Com ou sem sol brilhando comou sem chuva caindo. Tudo o queimporta é viver.
És provocante, muito formosa
com a naturalidade do teu corpo,
a espontaneidade dos teus atos,
as tuas nuanças, a brandura do teu rosto
como uma linda flor que desabrocha
e encanta,
seja numa manhã de chuva ou no resplendor da aurora.
Já é tarde
e a maré já está subindo
os ventos sopram devagar
escuto o som das ondas do mar
Por um momento penso
estar vendo uma nuvem em cima do mar
O que ela esta fazendo aqui embaixo?
seu lugar é no céu!
Então ela me disse:
_Eu vim me refrescar
Por muitas vezes eu faço chover
então resolvi descer e me banhar
Eu fiquei olhando e sorrindo
vendo a nuvem dançar
nas ondas deste lindo mar
Canto de Acolhimento
Cantei para as nuvens no céu nublado.
O tempo sentiu a dor na minha voz.
O vento soprou suave e também entendeu.
As árvores choraram ao ouvir o meu canto.
Elas sentiram a minha dor.
Será que estavam com pena de mim?
Eu as olhava fixamente.
De repente veio a chuva
e os pássaros também cantaram.
Estava tudo tão calmo e frio.
A chuva se fez forte
e também se pôs a cantar.
O seu canto competiu com o meu.
Então, calei o meu canto
e apenas ouvi a chuva.
Ela não queria competir com o meu canto.
A chuva queria acolher o meu canto.
E mostrar-me que a minha dor era a sua dor.
Versão amável da natureza se apresentando de uma maneira graciosa, mostrando leveza, uma estrutura harmoniosa, a chuva caindo com uma linda expressividade, ornando suas folhas, trazendo-lhes mais vitalidade, uma emoção serena que vai se propagando, a beleza da flora em forma de arte, parte de um mundo valoroso num rico somatório de detalhes, um ar esperançoso, encanto para os olhares atentos, simples oportunidade de um importante contentamento.
"Eis aqui, o que dizia, a carta da desvairada:
'E..., meu amado, peço que me perdoe, mas já não podemos mais, ser um só.
Perdão, meu amor, te deixo no nosso templo de amor, mas continuarei te amando, jamais estará só.
Perdão, amado, perdão, perdão, mas minha vida tornou-se um eterno choro, não sou capaz de desatar, em minha garganta, o nó.
Te amo E..., como o céu ama as estrelas; como o Sol ama o amar, e como ele, devo ser só.
Meu amor, peço que não me odeie, mas seus escritos, os seus livros, lhe farão uma companhia, demasiado melhor.
Doravante, amor meu, vá, seja feliz, encontre alguém, que não faça seu castelo de felicidade, tornar-se pó.
De mim, de nós, amor, eu tenho dó.
Sei que vou, sei que sofreremos, mas contigo, vivendo com indiferença, será pior.
Rogo, para que o nosso ipê floresça, que cada pétala, seja uma eternidade de felicidade em sua vida, que ele lhe faça companhia, que não se sinta só.
Peço que não me odeie, meu amor, meu coração ainda bate por ti, mas se ele parasse, agora, nesse instante, seria melhor.
Não te esquecerei nunca, amado meu, pois o sonho da eternidade contigo, é uma estaca cravada em meu peito e o sonho de nós dois, ainda sei de cor.
No momento em que lhe escrevo essa carta, o céu parece prever o nosso fim, parece furioso comigo, por deixar transbordar a minha dor.
Amado meu, vou-me, mas lhe deixo, meu eterno amor.
Espero que a chuva, que sobre nós já se avizinha, possa lavar-te de mim e que não guardes rancor.
Amado meu, peço que não me odeie, por favor.
Lembre-se E..., depois da mais intensa das tempestades, o céu, sempre ganha cor.
Não morra, mas mate em seu âmago, nosso amor.
Daquela que te ama, daqui à eternidade.
D...'
Infelizmente, não houve cor para o meu amigo, após aquela forte trovoada.
Que a alma dele descanse, e não se recorde das palavras vazias, da de alma vazia, desvairada..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Carta Que O Matara
Com sua natureza elegante
e uma presença doce e romântica,
ela abrilhanta os momentos simples
até mesmo nos dias de chuva,
trazendo mais cores sob um céu cinza, demonstrandouma beleza sublime e delicada,
fruto da soma de seus pormenores lindos, uma vida profusamente rara.
Na sua companhia, o tempo chega
a parar ainda que seja temporariamente,
mas, certamente, ficará marcado
e quando já não estiver mais nesta terra, permanecerá presente
pelo bem que ela representa,
então, ficará guardada na mente
como uma valiosa recompensa.
Por ser desta maneira, o seu florescer faz o amor germinar com um vívido esplendor e uma essência serena,
um primor de muita vivacidade
que faz valer à pena tê-la por perto
e valorizá-lade verdade.
TEMPESTADE
A noite está sem lua,
Sem o lume das estrelas
Faz escuro em calmaria
Há uma paz que é passageira
Logo vem a ventania
E muita chuva sobre as telhas
Um gota de orvalho cai em suspenso no ar, em poucos segundos ela estará no chão.
Mas enquanto isso, o mundo a sua volta olha apavorado, esperando sua queda.
Ela resiste, se quer tenta imaginar como será, mas ainda assim ela continua caindo...
Em um segundo de hesitação e num desejo eterno de fuga, o vento a leva, para o longe.
Para os muitos sua queda era certa, a surpresa, aos otimistas a concretização
de sua certeza, aos pessimistas a sensação que dessa vez passou. Por sua vez, a gota de orvalho
transborda em alegria e evapora na luz, sendo eterna e presente a todo tempo. Sua vez chegou,
agora para sempre no céu de nuvens. Até a próxima chuva de verão.
“Amar alguém não é impossível.
Impossível é você.
Fazer uma pessoa lhe amar,
Por toda uma vida!
E como fazer o impossível acontecer?
Seja total...
E verdadeiramente honesto,
Seja simples...
E deixe suas lágrimas,
molharem o corpo de quem,
você sempre amou.
Como a chuva sempre fez por você,
Sem medo.”
O céu agora toma a cor Marinho, como princípio de um tapete que se estende, opaco, sem suas luzes reluzentes.
Apenas sons tomam conta da apreciação, como se cada gota fosse uma nota, entoando a canção mais bela de ninar.
O vento calmo quase não sopra, tudo fica estável, a não ser o odor que invade meu paladar. Trazendo em meus lábios o gosto de barro, da terra que pisava descalça quando criança.
A água que desce do céu é fria, a noite está fria, mas meu corpo ainda quente pelos dias infindos, pedem que meus cabelos se deixem molhar.
Mas esta noite, esta e mais nenhuma, quero apenas permanecer imóvel, emoldurada pela janela do meu quarto, ouvindo o bailar da orquestra formada pela chuva.
Tenho andado em silêncio. Falar não tem sido o bastante, apesar de já ter falado muito.
O observar tem me parecido mais atrativo.
Deixar as coisas tomarem seu rumo sozinhas, como quando observamos aquela gota de chuva escorrendo pela janela... Ou quando vemos alguma presa prestes a ser devorada por seu predador que está ali parado, aguardando o momento certo, pronto pra dar o bote...
Certamente sabemos como será o desfecho da história, mas observamos com um certo fascínio...
Em realejo o sol nunca deixa de ser azul, há sempre uma canção que faz ninar as crianças enquanto vagam com seus unicórnios. Como é possível sabe-lo? Os gatos cantam e os pássaros desfilam sobre a relva que cresce linda. De repente num interlúdio de pássaros vi uma clareira de formigas dançando de mãos dadas, era sobre a chuva daquelas esquinas esquecidas e entre pássaros e formigas que cantavam, as anêmonas esverdeadas dançavam canções de sereias do mar que já molhadas estavam.
De repente num interlúdio de pássaros ví uma clareira de formigas dançando de mãos dadas, era sobre a chuva daquelas esquinas esquecidas e entre pássaros e formigas que cantavam, as anêmonas esverdeadas dançavam canções de sereias do mar que já molhadas estavam.
Apresentação fascinante de encerramento em um grande céu dublado, nuvens numerosas, dança dos ventos, chuva com trovões e relâmpagos, emoções fervorosas, impacto assombroso, sonoridade poderosa, evento maravilhoso, temporário, fortemente, valoroso.
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