Chuva
Chuva na bica!
A seca aqui é traiçoeira
no sertão tem mais calor
falta água na torneira
ligada só sai vapor
a chuva quando ela queira
caia em cima da biqueira
e abasteça meu tambor.
A chuva é uma das provas que Deus não desistiu de nós. Assim,não tenho a razão de desacreditar n'Ele, no homem e na vida (03.10.17).
Chuva
Já tive medo da chuva
Medo de me molhar
Já tive medo da entrega
Era o medo de amar
Amar pode prender
A chuva pode encharcar
Hoje caminho tranquila
Sob a luz do sol ou da lua
E a chuva não mais me amedronta
Assim como o amor não mais me aprisiona
by Shirley Morata
Chuva fina
A cara cinzenta do dia
Deseja a todos
Mais uma semana
de qualquer coisa que seja
Alegre ou triste
O dia começa igual a tarde
Parecendo que acaba e escurece
Sem nascer nem por de Sol
Apenas passa
Tão sem graça quanto a vida
Só isso
Chuva cinza
Como tem sido
Cinza e vazia
A cara de cada dia
Que tem nascido
Parece uma canção
Cuja melodia remete
A um tempo que há de nascer
Um tempo que promete
Ser tão cinza e tão frio
Tão vazio
Quanto tem sido
A própria vida
Dividida
Entre cinza e vazia
Embora também
Tenha sido bem fria
Mas isso ninguém viu
Pois já faz tempo demais
Que amanheceu
Chovendo assim
Edson Ricardo Paiva.
Talvez.
Sertão que te vejo
porque tanta nudez
sem o verde gracejo
que a chuva não fez
meu maior desejo
é ver o sertanejo
sorrindo outra vez.
E entre o caos e a calmaria
ela prefere ser chuva,que cai silenciosa
e gota a gota faz transbordar o sentimento
que no silêncio ensurdece.
Muitas mulheres fizeram morada em mim.
Não sou nem serei sempre a mesma.
A chuva e o vento moldam as rochas assim como a vida vem me moldando.
Sinto saudade da doçura perdida e tão necessária em alguns momentos mas nenhuma saudade da ingenuidade que me trouxe tanta dor.
Maturidade pra entender que algumas coisas não são pra mim apesar do imenso querer...e que outras me são tão merecidas.
Inquietação quando aquele sentimento renasce se fazendo visível no brilho do olhar mas que sabe se aninhar novamente e se por pra dormir.
Coração gigante as vezes e pequenino quando a saudade não tem cabimento.
Alice no seu País cheio de maravilhas mas que precisa voltar pra Terra Do Nunca.
E lá onde o vento faz a curva e eu sinto seu beijo a brincar na minha boca.
E assim acordo.
DESPEDIDA.
Ninguém ouve o meu pranto
a minha terra é esquecida
sem chuva não há encanto
que floresça a nossa vida
a partida é um desencanto
sem ter dor que doa tanto
quanto a dor da despedida
Quando você chorar, lembre-se que a chuva também é o choro da Natureza que aduba a terra e limpa os poluentes do ar.
São os pingos de chuva no meio do asfalto
São os carros estacionados
É a chuva que cai
É o vento que balança as árvores
São as luzes acesas dos postes
É o carro que passa
É a TV acesa do vizinho
É a luz ligada no prédio ao lado
Sou eu observando
É a vida em movimento
Eu fiz um samba tão triste
que quando saiu minha escola
desabou um temporal
chuva, vento e trovoada
e a minha batucada
parecia um berimbau
a letra do samba enredo
citava mistérios e segredos
de um sobrenatural
sob o frio tive medo
tremi voz, pernas e dedos
suei frio e passei mal
SERTÃO SECO.
Por aqui só tem verão
a chuva é uma raridade
a água vem de caminhão
nem sempre tem qualidade
e só quem vive no sertão
sabe o que é dificuldade.
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
Fazer você sentir meu amor
Quando a chuva
Está soprando no seu rosto
E todo o mundo
esta em sua mala
Eu poderia oferecer a você
Um abraço caloroso
Para fazer você sentir o meu amor
Quando as sombras da noite
E as estrelas aparecem
E não houver ninguém lá
Para secar suas lágrimas
Eu poderia segurar você
Por um milhão de anos
Para fazer você sentir o meu amor
Eu sei que você
Não se
Decidiu ainda
Mas eu nunca
Erraria com você
Eu já soube
Desde o momento
Que nos conhecemos
Não há dúvida na minha mente
De onde você pertence
Eu passaria fome
Eu me machucaria
Eu iria me arrastando
Avenida abaixo
Não, não há nada
Que eu não faria
Para fazer você sentir o meu amor
As tempestades são violentas
Sobre o mar revolto
E no caminho do arrependimento
Embora ventos de mudança
Estejam trazendo entusiasmo e liberdade
Você ainda não vê nada
Como eu
Eu poderia fazer você feliz
Fazer os seus sonhos se tornarem realidade
Corrigir
Não há nada que eu não faria
Iria até o fim
Da Terra por você
Para fazer você sentir o meu amor
A chuva vai lá fora.
Aqui dentro as lágrimas escorrem em meu rosto…
Não é de mágoa ou desgosto.
Mas sim falta do seu rosto.
Olhando eu acordar, sem nada falar.
Parado a observar e sempre a perguntar.
Tem algo melhor do que ficar ao seu lado ?
Pois ao seu lado não dá para ficar parado, é beijos pra todo lado!
Agora a chuva cai, não tem sol…
Apenas cama fria e um lençol amassado.
Mas você não está ao lado.
Não resta mais nada a não ser lembranças.
Seu perfume está no ar!
Sua voz escuto chamar, olha, você não está lá…
Só me resta sonhar.
As rosas que me deu se despedaçam, como meu coração…
Não vou ligar, pois sei que não irá atender.
Mas saiba que estou a sua espera!
Venha aquecer meu viver.
Venha trazer o sol e rasgar meu lençol.
Venha me amar, pois aqui é seu lugar.
Venha…
Venha!
A seca
Uma solitária cigarra, desesperada, chama chuva no Planalto Central. A secura invade os poros dos seres, fazendo de tudo o que tem vida, sem vida. Folhas secas despencam das árvores moribundas, caindo na terra ressequida, já sem nenhum verde, nenhum inseto. Os pássaros voaram para longe em busca do frescor que aqui não tem. O João de Barro que anuncia a chuva, foi para longe. O sol a pino despenca raios matadouros, que há muito deixaram de ser benfazejos. Saudade da chuva caindo e molhando o chão. Saudade das rosas em seu frescor matinal. Saudade de água caindo do céu, mansa, suave, fresquinha.
Ah! Meu chão! Meu torpor!
O falso amigo nos oferece um guarda-chuva em dia ensolarado. E nós pede de volta quando começa a chuva.
Tem sempre um pedaço do nosso coração em cada gota de chuva, queria fazer aquela ligação, mas no céu tá dando ocupado...saudades
Todo filósofo é uma gota de chuva sobre o oceano: percorre uma longa jornada em queda livre, enfrenta toda a sorte de obstáculos e turbulências em seu caminho, mas ainda assim, no fim, se encontra confortável onde quer que caia.
OBS
Saudades das tardes de chimarrão,
dos dias de chuva e reclamação
Dos beijos cheios de emoção,
do abraço bem apertado na hora certa
Da companhia no momento incerto,
do olhar silencioso de aprovação
Do olhar profundo de negação,
Do caminhar de mãos dadas
E as vezes muito abraçados,
do primeiro beijo roubado
Dos outros todos bem beijados,
das palavras que foram emocionadas
Que fazem as duvidas se dissiparem,
e as certezas se encontrarem
Dos pequenos e importantes gestos,
que me permitiram acreditar,
que poderias um dia me amar
Genelucia
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