Cheiro de Mato
Cheiro de Mato
As vezes a gente acorda pisando fundo
Acelerando ao máximo para não chegar
Tão longe do horizonte desse teu olhar.
Gosto da sua velocidade quem sabe a me encontrar.
Esse corpo poético não há perfume melhor.
A fragrância de seus lábios misturada com teu suor.
Dois corpos duas respirações entrelaçados como cipó.
E as borboletas de seu olhar o fogo do sol maior.
E chega a hora de todos viajantes talvez precisar partir.
Quando se ama não se quer ir tão longe.
O sentimentos e a alma não se esconde.
Por mais invisível seja nosso horizonte...
Eu gosto do seu silêncio e da sua reputação.
Eu gosto da tua saudades e coração,
Dificil é a tua ausência veneno e ilusão,
Esperança entre lágrima ė uma insurreição.
Hoje imaginei não fugir sem destino pelo mundo afora.
Era o destino te tatuando na parte interna da memória.
A gente não fez loucuras de amor mas se adora...
A vida existe escorregões e do destino sou a hora.
Não que seja certo também que seja errado.
O amor também já amou e foi atropelado
Como o tempo a gente brilha e tudo se torna abençoado.
No campo do amor a lei maior ser apaixonado.
Um fio de cabelo deixado no meu pescoço
Um elogio para alimentar as veias de bom moço.
Se o amor não me amar grito socorro
Para que vires anjos e beije meu rosto.
E a vida é um rio com fortes correntezas
Quanto maior a montanha mais linda a cachoeira.
Te gosto e sinto a sua brisa calma como lareira.
Pode ser que sejas amor ou apenas uma flor rasteira...
Quero sentir o cheiro de nosso amor no silêncio de nosso deserto.
Lembranças de mato queimado e corpos suados.
Os beijos molhado e sonhos eternizados
Aromatizado pelo destino dos amantes apaixonados.
Natureza
A tarde em sua pagela
A natureza os pássaros
Uma flor tão bela
Cheiro de mato brisa suave
Perfume de jasmim
Completamente me invade
Chegando a noite
Os grilos estridulam
Ao brilho do luar
As lagartas acasulam
Enfim nasce o sol
Os campos brancos com orvalho
Insetos caminham pelo trio
Desenhando seus atalhos
Um bando de sonhos
Agita minh'alma. Abro a janela para o vazio a brisa carrega um cheiro de mato molhado que aos poucos me acalma. Hoje decidi romper com a tristeza e compor uma nova canção, para meu coração. No colo da noite, a poesia dança e flutua em minha cabeça um anjo me disse assim faz da tua tristeza confete joga pro ar e deixa o vento levar, sorria mesmo que seja um sorriso triste, para não dar a tristeza aqueles que te amam e nem a Vitória aqueles que te odeiam. Pois tua tristeza é minha dor, palhaço que sou enfeitei a realidade, maquiei a tristeza, pintei a saudade, estãmpei um sorriso no rosto para conseguir um teu de verdade .Boa noite.
EU, POETA DO CERRADO
Eu, tenho o toque pulveroso do cerrado
O cheiro de mato, uma sensação plural
Uma imensidade, ora árido ora normal
Tão cheio de reconto e tom encantado
Projecto do chão de um céu encarnado
Num traço caipira, e sentimento igual
Escrevo com uma transmitância verbal
Bordando os amores, dores e o agrado
Eu, poeta do cerrado em construção
Aqui nasci, raiz, sonhador do sertão
Que canta, chora, sonha, faz poesia
Escrevo-me por inteiro, sou presente
Nos galhos tortos, no vento fremente
Eu, tenho o toque agreste da pradaria!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 outubro, 2022, 20’54” – Araguari, MG
Fortaleza desarmada por cheiro de mato, Sou fera rendida, E inteiramente atrevida, faço do teu corpo o meu território.