Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa nem medir o que se diz.
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há.
A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.
É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.
Aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.
Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição.
Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.
Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível.
Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos.
O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.