Caverna
A escuridão de uma caverna, estava presente no meu dia a dia
A ilusão de liberdade eu esperava, e com isso já me comovia
Entender a realidade é como ler esta poesia
Ande na escuridão mas no fundo sempre sorria
Era uma vez...
Havia na montanha do Verdouro
Uma caverna, iluminada à luz de vela
Morada de um mago centenário
Magro, estranhas vestes, solitário
Tinha apego por flora, gosto por fogueiras
Pelas fases lunares a se revezarem curiosas
Pelo brilho prateado das estrelas a reluzirem
Pelos traçados admiráveis das nebulosas
Um ancião dado a pescarias e fusões
Houve um dia que roubou do horizonte a linha
Uma ponta, amarrou em seu cajado
A outra, na calda de um cometa apressado
E deitado numa encosta, observando o céu
Planejou fisgar um “tantin” de breu
E nele, aprisionar os ais dos lamentos
As ações dos maus e os piores momentos
Era decisão decidida e sem volta
Era seu querer, eternizar o viver
De cada alegria que suprimisse o sofrer
Para que a vida vivesse feliz por vida ser
Sofria ele as dores que trazem o saber
Pois ouvia da natureza cada querer
Distante da evolução da modernidade
Resoluto, reinventava a paz a cada idade
O escravo moderno que decide sair da caverna paga um preço muito alto.
Passa a vida inteira carregando uma cruz tão grande e pesada que desestimula outros a seguir pela mesma trilha.
FURNAS
Não é rude quem hiberna
Esperando o tempo certo
"A coberto" na caverna
A prudência tem por perto
Com o tempo amadura
Até tuna no deserto!
Eu já nasci pronto.
Faltava o mito da caverna, certo?
Simples e direto.
O mito da caverna é um ser humano que é uma presa social. Uma presa psíquica. Uma presa psicológica. Uma presa moral. Uma presa da natureza humana capitalista. Só a liberdade social, psíquica, psicológica, moralista e capitalista. Desfaz o ser humano da caverna e o torna liberto de seus próprios paradigmas.
Os brasileiros vivem no dia a dia o mito da Caverna de Platão. A exemplo daqueles escravos presos e assistindo o desfile de imagens na parede da caverna, os brasileiros assistem diariamente o desfile de autoridades dos três poderes da república, que,- agora em telas digitais e até mesmo ao vivo -, falam, prometem, encantam, decepcionam, mentem, assaltam e deixam os escravos ainda mais escravos. Mas como os antigos escravos da caverna, também os brasileiros continuam iludidos que tudo que vêem é a verdade. De tempo em tempo, alguns destes escravos se libertam e se tornam um daqueles e tentam mostrar para os que não entraram na política que as coisas são bem diferentes do que eles imaginam. Mas como mito original, continuam acreditando nos políticos safados como se honestos fossem e que lhe falam a verdade.
Na sala de aula, num canto escuro da caverna, alunos acorrentados pelo uniforme, clamando pelo retorno do filósofo para matá-lo.
Eu já usei todos os ML's da decepção disponíveis para a evolução
Corri para a caverna de Elias depois de ter saído da caverna de Platão
Não quero ninguém para me entregar as medalhas da vitória, abri mãos da glória
Que somente o travesseiro apare as minhas lágrimas agora
Às vezes tudo que eu queria era está em alguma caverna perdida no Arizona. Com um gerador de luz, uma geladeira, um bom estoque de comidas para gatos, vinho, café e um computador ou uma máquina de escrever. Longe e distante desse hospício a céu aberto que é esse monte de pó e lixo que chamamos de mundo ou de sociedade.
O escravo moderno que decide sair da caverna carrega uma cruz tão grande e pesada que desestimula outros a seguirem pela mesma trilha.
Em sua caverna já se viu, quem hoje o mundo tem!
Seu conhecimento expandiu, sua ignorância também!
Não satisfeito, por um tempo sumiu, percebeu que poderia ir mais além!
Quando cansado dormiu, de manhã não restára ninguém
Qual o Vento, o
Ano corre, a Escuridão
Se transforma à Luz.
Da Caverna em mim
Um Calor oculto revela, de
Longe: Esperança.
Um amar de Dor se faz, -
Paz, nos traz em troca -
Em uma Vida sincera.
Tal fora a Descoberta que,
Por Gratidão, meu coração se
Encantou em um bom "te amo"
Das amarras me desfiz
De seu riso, a conheci e mutei
O meu friso de vida.
"Com o amor se faz,
Com o ódio se queima só,
A verdade existe"
O mundo muda e
Se refaz a cada atuar
De nossa paixão em existir.
Você, meu amor,
Me reconstrói a cada dia mais
Em Que nos amamos
De toda verdade
Me encanto neste verso:
"Bom ano, lhe quero bem!"
Passei uma vida com medo de entrar naquela Caverna, pois é exatamente lá que guarda o tesouro que procuro!
TRIGÉSIMO HEXÁSTICO
há por certo ainda muitas sombras
a caverna no ser resiste
“eus” diversos acorrentados
vidas assim são condenadas
Guaraci há de resgatá-los
luz… calor… há de libertá-los
Seja Sol, seja Luz, seja Você!
Reflexões sobre "A alegoria da caverna" - Platão, 380 a.C.
(A partir da leitura do livro "A aurora de uma criança", REZENDE, Lenilson Moraes. Goiânia-GO, 2019)
Estaria eu falando não por mim, mas pelo ser humano - e daí, também, por mim, obviamente! - , inspirada nos ensinamentos de Sócrates? 🤷🏻♀
Quando estou habituado, condicionado, a ver as coisas de determinada forma, tenho dificuldade de ver o novo, de ver sob uma nova perspectiva.
O que vejo pode ser uma ilusão, mas não consigo (ou até consigo mas não quero) ver de outro modo. Nas diversas voltas da vida, é-me dada a oportunidade de enxergar: posso aproveitá-la ou não. Posso me libertar das minhas correntes, das minhas prisões, posso me curar da minha "desrazão". A escolha cabe unicamente a mim.
Ver algo novo pode ser difícil, pode incomodar, pode doer. Serei a todo o tempo tentado a ficar ou retornar para a minha zona de (des)conforto. Mas se eu persistir, lá na frente verei que terá valido a pena.
Preciso me permitir o novo. Preciso me esforçar nesse novo caminho. E então verei o sol, tal como ele é.
Ao ver o novo, ao ver a luz do sol, desejo que os demais a veja.
Tentarei falar sobre o que vi, sobre ver novas possibilidades. Estarei atento sobre a melhor forma de fazer isso, pois estarei focado em atingir o meu objetivo. Alguns, inspirarei. Por outros, serei ignorado ou até mesmo hostilizado.
Mas não posso desistir! Mais vale suportar qualquer provação do que voltar àquela caverna.
Preciso aprender a assimilar o mundo pela vista de quem está na caverna e não consegue (ou não quer) ver senão o que está acostumado a ver.
Preciso aprender a assimilar que minha essência - sol - está o tempo todo disponível para iluminar a minha prisão, basta eu querer quebrar as minhas correntes, basta eu querer enxergar, basta eu olhar para o meu verdadeiro caminho e segui-lo. Todos, sem exceção, somos sóis. Só precisamos decidir acessar a luz que pulsa dentro de cada um de nós.
Seguindo firme o meu caminho, subo e contemplo o que há no alto: minha alma ascende aos últimos limites do mundo inteligível, onde está a "Ideia do Bem". Percebo-a com dificuldade. Somente a vejo quando compreendo que ela é a causa de tudo o que há de reto e belo.
Se quer se comportar com Sabedoria, seja na vida privada ou na vida pública, você precisa ver a "Ideia do Bem". E "é preciso que se habitue, para que possa ver as coisas do alto", disse Sócrates.
Que possamos escolher ser luz e nos esforçar nesse sentido. E que possamos irradiar essa luz à nossa volta. Assim, contribuiremos para um "eu" melhor, para um "outro" melhor, para um lar melhor, para uma família melhor, para um trabalho melhor, para uma comunidade melhor, para uma sociedade melhor, para um país melhor, para um mundo melhor.
Quem não gosta da verdade que queima feito brasa, se esconde covardemente na caverna sombria da mentira.