Cartas de Morte
Poemas à Morte. 4.
Exato como a morte de contrato.
Infinito como a dor invisível.
Em teu peito sórdido e abstrato,
faço-me, como ti, só e indizível.
O pavor que sentes, emocionou-me.
O horror à nós exalou no mar.
A tua alma viva… Matou a ti…
Eu vi, choraste junto ao mar.
Já lhe vi chorar, já chorei pra ti.
Pois somos apenas um, sem rosto.
Sinto muito de quem a ti servir.
Exporei teu corpo nas galerias,
para lhe desejar durante a noite,
para lhe ver quando nasce o dia.
CABELOS DE MÃE
Seus cabelos não ficaram brancos, nem quando a morte teimou em levar você com ela.
Mas sonhei que você estava aqui e que eles teriam tempo de embranquecer devagarinho…
Afinal, qual de nós duas perdeu esse direito: eu de vê-los ou você de tê-los?
(só você sabe como me sinto)
Pranto dolorido,
Sorriso invisível,
Alma querendo vida,
Corpo querendo morte,
Enxergar tanta beleza,
Ter que olhar pro lado oposto,
Chorar por desafeto,
Amando o mundo inteiro,
Brisa tão suave,
Banhando a areia quente,
Sol inoportuno,
Iluminando o que é claro,
Calor aconchegante,
De um fogo que não queima,
Frio da maldição,
Embalando doces pecados,
Perfume inebriante,
Faz chorar a vida toda,
Caminhos sempre certos,
Provocando desenganos,
Lindo dia que se vai,
Quando chega a liberdade,
Noite muito linda,
Que ninguém consegue ver,
Seres tão fiéis,
Jamais dizem o que sentem,
Outros infiéis,
Dizendo o que não sentem,
Infinito muito próximo,
Próximos tão distantes,
Mortos fazendo vidas,
Vivos fazendo mortes,
Sentir o inexplicável,
Ter que explicar os sentimentos,
Existência confusa,
Diante de tal sorte,
Não é a morte que me aflige, o que realmente me aflige é o estado pós morte....
Conseguem imaginar autópsias, carros funerários, cangalheiros, flores, lágrimas, fatos, gravatas, pessoas tristes, missas, caixões, família?
Ao morrer o ser humano deveria apenas e só ser mais uma estrela no céu.... click, click....
Morte, você é meu doce amor,
venha e me dê o seu abraço frio ...
Envolva seus braços em volta de mim,
me abrace, me beije até que eu morra ...
Deixe-me sentir a sua pele fria,
sentir a morte da minha carne ...
Solte a minha alma a partir desta agonia,
dá-me liberdade, deixe-me morrer ...
MAIS IMPORTANTE...(BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Mais importante do que a vida
é a morte...
Mais importante é o velório de um homem
do que seu nascimento...
Nascimentos e velórios...
Começos e velórios...
O começo e o fim...
No nascimento tudo inicia-se,
no velório um homem entra para história...
a morte tão convidativa nesta madruga
sinto vontade de matar você
tudo bem mais dia que meus desejos me consomem
do mais sonho que todos estão mortos
dou risada era sonho babaca,
dai deixei a morte me beijar,
sonho mais um vez quero te matar com meus desejos
tudo pode ser mais sonho bobo,
sempre desejei que morra assim dou risada sozinho
todos olham com minha insanidade,
dai compreendo que todos devem morrer,
quanto menos espero os cadáveres estão caminhando
não sei o que fazer dai dou risada, pois todos
já estão mortos pelo tempo que passou,
velhos como a podridão de muitos sonhos
senti que devo fazer mais alguns mortos
para que deixa los viver
nas capelas todos dão risadas das suas crenças
pois já morreram nas sombras da noite.
Nada na vida é tão concreto quanto a vida e a morte. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Socorro, quero minha mãe, um útero quentinho, um colo com leite morno....... quero a parteira que ajudou a me parir. Não dá? Ok, fico com a poltroninha de cimento mesmo, a vida é assim. Eu amei a dita cuja, na sua rigidez pareceu-me confortável.... OS dias estão tão, tão, tão inomináveis..... que, gente, é assim: vou jogar umas almofadas fofas, uma manta colorida e dizer que uma poltrona de concreto é o supra-sumo (se tem hifem ou não? Caramba, o que é um hifem diante da concretude de tudo!) do sonho de consumo. Vou sentar e ficar com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar.....
O que é uma lágrima?
É tudo,
É amor, é ódio,
É tristeza, é alegria,
É vida, é morte,
É solidão, é medo,
É a falta de algo, de alguém.
O que é um sorriso?
É tudo,
É felicidade, é surpresa,
É carinho, é amor,
É solidariedade, é afeto,
Pode ser vinda de uma piada ou brincadeira...
Lágrima e sorriso têm ‘características’ em comum,
São sentimentos, são pessoas, é vida...
O sorriso me leva a lágrima, e a lágrima me mostra a vida e meus sentimentos.
Chorar é bom, mas sorrir é melhor ainda.
ALCANÇAR A MORTE !
Desclassificados por amor, indagados por vidas em qualquer ocasião, corações visíveis, embaçados por um qualquer movimento de amor, sentir-se de uma forma pela qual se sente de um qualquer destino; quero ser alguém capaz de amar e ser imune ao sofrimento de um dia acompanhar a solidão dedicar todas as minhas frases pro coração que sangra mais do que ama em toda o destino escuro na multidão sanguinária do destino.
Mesmo com todo seu esforço será em vão as incompatibilidades da sua tentativa de esquecimento, esquecer alguém que se ama , é impossível , encontrar quem te ilude é a coisa mais simples do mundo, não apenas pelo fato de que o amor não está próximo de você, mais sim pelo simples fato de que a escuridão te clareia muito mais do que o amor em certas ocasiões .
Interrogações por entre o mundo, apenas no teu olhar se encontram respostas.
Por toda a vida, ainda tento saber o sentido da minha vida por entre lugares e pessoas desconhecidas que um dia posso conhecer.
Estagiar na obscuro sentido de amar, e no sentido de sofrer, contemplar a cada vento a intenção do saber viver por mim e por você ...
Esperar, ir e vir...
Quero ser simples até o fim da morte, pois no inicio da vida, ainda contemplarei a simplicidade de ser algo que muitos desejam, mais que poucos alcançam ser ao tentar superar a forma que terei entre vidas e mortes passadas no futuro que me condena pra morte mais próxima do enigma estacionado em todos os caminhos, um enigma que se desencadeia, quando digo
“Não viemos para vida para alcançar nossos objetivos, viemos para vida com o objetivo de alcançar a morte”
o enevitavel
Um poderoso rei condenou um humilde súdito à morte. O homem, prestes a ser executado, propôs e teve a concordância do rei, permiti-lo ensinar o cavalo real a voar. Caso não conseguisse, no prazo de um ano, então sua sentença Seria cumprida.
- “Por que adiar o inevitável?” perguntou-lhe um amigo.
- “Não é inevitável,” ele respondeu. “Dentro de um ano: O rei pode perder o trono, Eu posso Fugir, O Cavalo pode fugir, Eu posso ensinar o cavalo a voar.”
Frequentemente nos vemos diante de obstáculos difíceis e aparentemente impossíveis de transpor. Por mais que busquemos soluções, elas parecem não existir. o primeiro impulso nos convida a desistir, mas é preciso que jamais esqueçamos todas as coisas são possíveis.
Assim como o súdito de nossa estória, aprendamos a olhar a situação com otimismo.
Para cada possibilidade adversa, muitas favoráveis poderão ser encontradas, e, o que parecia impossível, logo será realidade.
Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar!
Papo serio de gente viva.
Quem foi que inventou essa idiotice, essa tal “Até que a morte nos separe”? Cá entre nós, este energúmeno não sabia o que dizia, a morte n separa nada, ela destaca, ela apenas... Santifica uma pessoa, até, é claro.. Tudo que é vivo morrer.. E tudo um dia morre, e então, estaremos todos unidos de novo... A morte nos uni, paradoxalmente, ela nos uni.. Nos reduz a matéria inanimada, e nos maximiza ao apogeu de nossa existência, um espírito livre da dor e de todas as injurias desta terra. Quando penso em meus amigos mortos, por mais que me doa, ainda sim .. Penso em quão sortudos são, e quando poderei eu me esticar e sair por ai voando, livre, leve e solto..
A morte é uma folha em branco, não um ponto final. A morte é uma curva para a direita numa rodovia movimentada, não uma rua sem saída, ela nos traz a mente que devemos ser felizes em vida, para não nos arrepender depois. Sentir frio, sentir fome e cede, coisa idiota de gente viva, eu depois de morto, só quero saber de me aliviar, saber da brisa, do mel, da paz...
Mas o mundo dos vivos, este sim, tamanho sofrimento este proporciona a seus filhos, poderia ser melhor, se não fosse o medo irracional de morrer. Medo, o medo é uma das formas mais comuns de emoção dos pobres seres viventes, eles sentem medo, e tem medo de sentir medo, sobretudo medo dos outros vivos. Pudera, os vivos, acreditam que morrer é ruim, e eles tem uma convicção de que matar uma pessoa, é um castigo sem igual, sim.. O castigo existe, não para o morto ( sortudo ! ) mas para os amigos e familiares. Os vivos passam os seus dias como uma ladainha, um cântico de decepção com suas próprias vidas, então elas sofrem muito.. Os vivos sofrem com a saudade de quem já se foi, os vivos sofrem por causa de dinheiro, os vivos sofrem pelo amor de suas vidas, os vivos sofrem por doenças, os vivos sofrem por que são muito pobres, ou por que são muito ricos, não importa, parece que aflição é a contingência de quem vive... É na pobreza nordestina, ou num botãozinho vermelho na Coréia do norte, não importa, todo sofrimento tem a mesma raiz, o medo!
E o medo, o medo é da vida ficar insuportável, e a morte aparecer.. Pobres dos vivos, eles tem medo, do melhor que pode lhes ocorrer. Enquanto vivemos chorando, pelos nossos amigos mortos, nós... Fazemos, o que fazermos melhor, sofremos com a separação. O que nos resta entender, é que a morte pode até nos separar por alguns minutos ou anos, mas ela nos uni por uma eternidade, e isso faz a vida valer a pena.
A Morte-
É tão vasto, que ultrapassa qualquer entendimento.
É ao mesmo tempo tão ridícula, que talvez a afirmação seja esta, porque não existe uma explicação convincente.
Não tem como voltar e dizer como é,
Não tem como experimentar só por uma questão de prazer ou curiosidade.
É uma passagem de ida, e nem que você queira “Não existe volta!”.
Entristeço em saber que a cada dia que passa, para aqueles que ficam, o que basta é ser obrigado a aceitar. Não há escolha!
Relutamos cada dia por perdermos pessoas que tanto amamos, e que simplesmente nos deixam.
Para cada religião existe uma forma carinhosa de confortar a nós, os que sofrem.
Mas sabemos que quando a hora daqueles que amamos chega, ninguém sabe aceitar. É deprimente, triste.
E tentando levar em consideração aquele velho ditado: “Ninguém é insubstituível” levo a crer que há um grande equívoco nestas palavras. Existem SIM pessoas insubstituíveis, que quando nos deixam, nunca partem sós, deixam um pouco de si, e levam um bom pedaço de nós. Um pedaço tão grande que ficamos até sem ar, chão, rumo e direção.
A morte por si só, como diz um velho garjão “é uma piada pronta”, só que esta realmente não tem a mínima graça.
Ela não escolhe a vitima, é uma roleta russa com uma bala apenas, e quando você menos espera: O ESCOLHIDO é alguém que você jamais imaginou que partiria. Mas logo ele? Por quê?
E aí que a ficha não cai, e ninguém se conforma, nem você!
A principio a noticia parece sim uma brincadeira de mau gosto, muito mau gosto!
Mas a morte é assim: Um dia estamos festejando, no outro, estamos chorando sobre o caixão daquele amigo que a gente achava que teria uma vida inteira pela frente.
Que coisa mais horrível.
Nesta era em que os pais enterram os filhos, fica cada vez mais difícil acreditar em uma vida bem vivida.
Morre-se aos quinze, aos vinte, aos trinta... E ainda que seja tarde, é inegável que realmente seja cedo.
Cedo porque não deveria ser assim, mas fazer o que se ainda não inventaram a eternidade.
Morre-se por pouco, por dinheiro, por descuido, por depressão e ainda há aqueles que tiram a própria vida. Inaceitável!
Fracos e oprimidos, diante do mínimo problema esquecem o valor de uma vida.
Não adianta chorar e dizer bem daqueles que já se foram, a hora de dizer o que sentimos é agora, neste exato momento, enquanto ainda há tempo.
Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto, ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas.Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.Se quizerdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra. Isaías 1:17-19"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu". (Eclesiastes 3:1)
O senhor guardará tua entrada e tua saída, desde agora e para sempre. Salmo 121:8
n Namorata
Vimos na tarde os peixes saltadores
e a morte da luz nas suas escamas.
Sonhamos o vôo das gaivotas
o silêncio da a´gua parada.
O sol o fogo o vento
os poderes da vida num momento
aceitos. E aceitamos a paz
das paisagens preparadas.
preparamos sem pressa o silêncio entre nós
sem saber ao certo o que devemos sentir:
pelo que não dizemos, nos perdoamos;
pelo que não nasceu, nos enterramos.
O nascer o morrer as dores
do fogo da vida. A vida na deriva do destino
segue o seu curso separado.
Noite escura, vento frio, em meio ao silêncio um grito, um grito de dor de quem assiste a morte de sua amada, um
grito de desespero que anuncia uma saudade que nunca mais se cessará, o despedir da luz que havia nos olhos dela, a
luz que não mais se acenderá pela manhã, ao despertar da aurora, me sinto agora como este grito, grito alto, sem
força, desesperado, grito que implora pelo não, não ao adeus, implora em vão, quebra o silêncio que antes era quebrado pela batida do coração dela, grito alto que logo perde força, perde fôlego, e faz reinar o silêncio,
silêncio que sufoca, desespero para dar mais um grito, impotência, não mais adianta gritar, o tempo que havia para dizer a ela o quanto era amada acabou, tudo o que eu queria, dizer te amo, ouvir que sou amado, mas o tempo acabou, o adeus é a morte desta noite, vivemos nossas vidas sem ter aproveitado a oportunidade, que noção eu posso ter da vida se escrevo sobre a morte antes que ela aconteça? Eu respondo, você prefere esperar que esta noite chegue, ou dizer que me ama hoje, não penso em haver o amanhã, pois incerta é a certeza do Sol despertar os pássaros amanhã novamente. Ainda existe um pouco de tempo, ainda é hoje, enquanto o sino da torre não badalar 12 vezes, ainda será hoje, então espero o que o silêncio em sua boca seja quebrado agora, por uma única frase...
eu tenho o poder da morte.
nunca serei o que não quero ser
ou serei o que quero ou não serei nada
virarei cinzas, para que uma nova vida
surja e tente ganhar o q eu não consegui.
tenho muitas coisas para falar
mas o que eu quero falar ja está expressado
e se eu o espressar novamente
serei apenas mais um plagiador
minhas palavras de nada valem
Não me pergunte muito
Evite ouvir muitas mentiras
Leve-me no seu caminho estrelado
Não me deixe aqui
Sei que existe muito mais
Se não quiser me levar, eu fico por aqui
Só sei que ninguem vai suportar
tenho muitas coisas para falar
mas poucas coisas para inventar
se eu não tiver coisas novas
serei apenas mais um plagiador
minhas idéias de nada valem
As vezes paro para pensar em onde fica a consciência depois da passagem chamada "morte". O corpo se vai mas a consciência não se perde nunca, mas, para onde vai? Esta pergunta fica no ar depois que perdemos alguém que amamos e ficamos à espera de uma resposta. A resposta não vem. Continuo perguntando a mim mesma: Onde fica a consciência do ser quando já não tem o corpo para habitar?
30/11/09
Pecado ? o que é isto ? existe realmente!”
2) “O pecado ocasiona a morte,logo estamos sujeitos a morte como castigo, mas não podemos responder por um pecado que não cometemos, sendo assim não deveríamos morrer por causa do pecado adâmico .”
Responde o autor do fragmento
Em primeiro lugar esta concepção è Vetero Testamentária, do A-T e N-T, têm muitas contradições, por exemplo, no A-T o pecado e visto como tudo que vai de contra a Thorà, numa linha de justiça legal, no N-T numa visão Paulina são entendidos como reflexo de um poder universal, que domina toda humanidade em conseqüência de Adão e Eva, ou seja, a idéia do pecado original. A essência desta situação consiste em uma falsa auto-afirmação do homem e na desobediência a Deus( Rom 1,21 2,8 11,30 Ef 2,2), por ordem da lei, ela se torna atual em cada pecado concreto, neste aspecto Paulo vê a conseqüência carnal, isto não significa que a corporeidade humana enquanto, tal constituía a sua pecaminosidade, mas somente que a realidade do homem, que se opõe a Deus, pertence ao reino do pecado ( visão dogmática do cristianismo Rf Rm 6,23 ).
Exposição Sistemática do fragmento
Ainda que o pecado enquanto, evento ético-psicologico, seja algo que pertence à existência humana, a sua caracterização essencial não pode ser obtida simplesmente vendo-o em relação ao homem, devem pelo contrario ser explicado pela relação entre homem e Deus, a sua amorosa vontade salvìfica, que se manifesta na historia da salvação.
Finalizando partindo destes pressupostos teológicos, o pecado na verdade não acarreta a morte física mas conseqüências dos feitos humanos, por que se ferimos os preceitos sociais interpostos em nossa sociedade pòs-moderna iremos com certeza arcar com as responsabilidades, o que difere do pecado adâmico, portanto não podemos responder por uma historia da qual se quer participamos, cada homem constrói sua própria historia e se torna responsável pela mesma .Neste sentido entra também a concepção da morte física, a morte e uma conseqüência pela qual todos seres vivos tem de passar, se não teria sentido a vida e mesmo como prega o cristianismo a eternidade, portanto a morte para mim nada mais è do que uma eternidade sem tempo e sem fim, tempo sem fim e insuportável. Já imaginaram uma musica sem fim, um beijo sem fim, um livro sem fim? Tudo que è belo tem de morrer. Beleza e morte andam sempre de mãos dadas. um tempo completo do qual um dia quando flecharmos nossos olhos para eternidade vamos dizer valeu apenas viver!
Diálogos da vida e da morte
Ultimamente, tenho pensado sobre o sentido da vida e no sentido da morte. Dormimos e acordamos. A dinâmica da respiração. As contrações do coração e dos pulmões. Processos nos quais estamos diante o tempo todo e quase não damos importância. No plano vivencial, vida e morte não são condições irreconciliáveis, dado que aceitando ou não, convivemos com essas duas realidades. O filósofo estóico Sêneca nos instrui a cada dia sermos organizados como se fosse o último e concluísse a nossa vida. Chama-nos a atenção de que a qualidade de vida é mais decisiva para a nossa felicidade, que não é isenta de conflitos e tristezas, do que a vida na perspectiva cronológica do passar dos anos. Olhar o mundo como se fosse despedida, para fazermos coisas melhores do que já fazíamos e sermos mais do que estávamos acostumados a ser, no sentido de plenitude da existência. São tantas as pessoas que encontrei e que já partiram. O tempo em que vivi com elas jamais será destruído. Trago um Kairós dentro de mim, um santuário feito de memória e recordações. Todavia, estou no Khrónos, no eterno devir, nas infinitas possibilidades para vida, que ao mesmo tempo afeta meu plano vivencial. Como Francisco de Assis, chamo a morte de irmã e vivo no ventre da mãe vida. O Mestre de Nazaré, aquele que tem a eternidade no olhar e no coração ensinou que "se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." A condenação de não morrer é o cárcere da solidão eterna, dado o fechamento para as possibilidades da vida. A semente que não vingou, não pôde ir além de si mesma para dar frutos. Certamente, não é nem um pouco agradável ter uma experiência de morte, e que o diga a semente. Quando ela morre, abandona aquela forma de semente, fixa raízes na terra, cresce em direção ao alto e transborda em frutos. Torna-se uma árvore frondosa. Seus frutos trazem em si sementes da vida e deram mais vida a alguém, mesmo passando pela experiência da morte, da transformação. A mesma comparação aplica-se às alegrias e tristezas da vida. Sofremos com algumas tristezas, para que nossas alegrias sejam inteiras e múltiplas. Isso me faz lembrar muito de Ricardo Reis, um dos personagens de Fernando Pessoa: "Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa, põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive." Tiro a lição que humanizar-se é um trabalho para a vida toda, que não pode prescindir dessas experiências de morte. Uma ostra deve ser ferida para produzir pérolas. A humanidade passa por essas experiências para descobrir a possibilidade de ir além de si mesma, para que possa ir fundo à razão de sua existência e se espantar que a vida vive e a morte morre, afinal, o espanto, a admiração, o silêncio frutuoso que precede à palavra falada, escrita e cantada é o alicerce da verdadeira filosofia, que é humilde, não se arroga sábia, todavia, busca a sabedoria e como Sócrates, sabe que nada sabe.
A morte é um segredo...
é um assunto que conversei muito pois todo mundo que saber o que é, o que acontece depois...
mas depois que você tocou no assunto fazendo aquelas perguntas....fiquei triste... eu vi...ouvi...sonhei...me perguntei...e a conclusão foi...
tente evitar falar sobre a morte....... o segredo do amor é maior que ela ,então vamos descobrir o maior segredo.