Cartas de Despedidas
SOBRE DESPEDIDAS
Já passei por muitas em minha vida. Já fiquei e vi partir... Já parti e vi ficar... Não é fácil, dói demais. E se paramos para analisar a palavra "partir" percebemos que essa dor faz um enorme sentido. O que se parte, divide... quebra... separa... não há como não doer!
Mas, sabe o que aprendi com todas essas despedidas? Vou te contar:
✓Aprendi a formar elos que me ligam, mas não, correntes que me prendam! Não posso arrastar ninguém comigo, porque os meus motivos para ir são pessoais, se trago alguém comigo corro o risco de ver esse alguém se desestabilizar e perder o equilíbrio... Não posso ir pendurada em ninguém que decide partir, pois posso ser eu quem não suportará romper com a minha estabilidade.
✓Aprendi a valorizar ainda mais o meu lugar, minha individualidade, tanto ficando, quanto indo...
✓Aprendi que relacionamentos não se resumem a um local no mapa, mas, a um lugar no coração... Pois quando a solidão tentar chegar, vai encontrar o território ocupado!
Com isso, quero te dar um conselho: Aprenda a deixar ir... Aprenda a ficar... Aprenda a ir... Aprenda a deixar ficar! Partidas, quando bem ligadas, se tornam expansão!
Van Sobrinho
Uma antecipada nas despedidas ao 2022 que está
quase no bico do corvo, e que não vai deixar saudade,
por causa de um "covidado" que está voltando mesmo
sem ter sido convidado...
ANO VELHO CIAO BELLO
Marcial Salaverry
Feliz Ano Novo,
para tudo de novo...
É o que sempre desejamos,
e aos amigos auguramos...
Felicidade no ano que inicia...
Para o Ano Novo,
desejos formulamos,
resoluções tomamos,
mas nem sempre observamos...
Quando este ano findar,
novamente tudo faremos,
as coisas boas repetiremos,
e as burradas esqueceremos...
Promessas para o ano faremos,
um regime iniciaremos,
aquele amor bandido esqueceremos...
Será que conseguiremos?
Vamos mudar tudo neste ano...
Novo amor encontraremos...
Nossa vida mudaremos..
Bem, ao menos tentaremos...
Neste ano que vem chegando,
vamos ver que a vida continua,
e essa é a verdade nua e crua...
Mas seguiremos tentando...
Um ano novo vai começar...
De todas decisões,
pouca coisa mudaremos,
e muitas, sequer tentaremos...
O melhor para o ano que vai nascer,
é simplesmente a vida viver,
deixando tudo acontecer,
sem muito nos aborrecer
com o que suceder...
#DESPEDIDAS
Em minha alma há algo parado...
Bem lá no fundo...
Longe das vistas dos insensatos...
Vou vivendo...
E já quase não me assombro...
Catando os cacos do caos...
Juntando peso sobre meus ombros...
Ao nunca...
E a toda hora...
Pedindo ao tempo...
Que não maltrate as flores com o soprar do vento...
No silêncio aprendo a poder construir...
E em tudo de bom que eu possa sentir...
Meu coração vai aprendendo a sorrir...
Vou olhando as coisas...
E já vou me despedindo...
Amo em desprendimento...
Pois só aqueles que já perderam...
Conhecem esse sentimento...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Em tempos de despedidas,
Cada momento perdido pode ser um adeus,
Aproveite quem você ama,
Haverá tempo que o grito na garganta,
Será maior que o orgulho,
Diga tudo que sente no coração,
Diga que ama, que tem saudade, e que admira,
Mesmo que não pareça o tempo certo,
Porque o tempo certo
São todos os momentos.
Nos muitos encontros e desencontros da vida esse ano frequentemente tive mais despedidas, e você será mais uma partida. Para onde, em outro estado, pode ser logo ali, mas parece tão afastado. A nossa comunicação transcende vidas somos puramente almas se tocando no embalo de uma curta vida. Ó tempo, que passa, passa e passa levando consigo o que de mais precioso pode ter um ser humano em sua trajetória que são os amigos. Dizem que é bola pra frente, mas como vou poder vislumbrar se olhando para atrás eu queria continuar. Deixar as pessoas no meu convívio com certeza seria um alívio. O meu querer era todos os dias pode-lá ver, caminhar, subir e descer pela ladeira e podermos ter um dedo de prosa, jogar conversas fora quem sabe por 10 minutos ou meia hora, o tempo tanto faz quando se tem uma pessoa querida porque até parece que o relógio cessa as suas batidas. Espero ansioso por esse estante do meu dia que será completo e quando não a tenho fico incompleto.
Meu dias são chatos, enfadonhos, monótonos, sem a sua presença é tudo meio cinzento, horrendo, tremendo dia chuvoso, nublado e tenebroso. Que logo fica belo com uma simples olhada para dentro dos seus olhos, negros, vistosos que penetra até o mais íntimo do espírito. Vou rimando e aprendendo que nessa vida muitas coisas ganhamos e perdemos só que não é um jogo justo, por vezes parece sujo. Injusto como os absurdos que existem nesse mundo, imundo, errante, sufocante, onde nos comprime e oprime como uma angustiante roda gigante. Prefiro mesmo olhar pelo prisma do grande poeta Vinícius de Moraes em um de seus sonetos esse chamado fidelidade: "que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"
Esse olhar tão singelo é como quero que enxergue quando olhar para atrás e não ver mais por perto como matéria, porém com as minhas palavras que podem ser bem simples, mas são entregues com todo amor e carinho.
'E TUDO SE FOI...'
Sabia-se que as despedidas definhariam, que a alma atrofiaria por um certo tempo. Que a dor é temporária, mas real. O tempo não volta para concertar as raízes soterradas pela lama contaminada, tampouco para sabotar a alma em liberdade e refúgio. O último dia é sempre doloroso, salpica a calma. Cheio de perguntas e porquês. Sem respostas oportunas, o coração deságua tal qual as nuvens carregadas, sobejando recordação...
O cheiro se foi. Os momentos ficaram nas lembranças dos que ainda tentam sobreviver por uma certa temporada. Afinal, todos vamos se acalmar nos braços do desconhecido, esse espírito maléfico e avassalador. Fincar esperanças depois que o tempo estar terminando, parece não ser objetivo. Por isso, pretende-se a paz. O aconchego das harmonias no dia de domingo, ou, a tranquilidade tênue na qual chamamos felicidade...
No final, a alma retorna de onde vira. Há os que não tem banquetes ao felicitar o outro mundo, sem felicidade, vagar talvez seja a única opção. Tudo está caído, como homem, querendo imortalidade. Mas o propósito é sempre o mesmo, querer e querer sem sabermos que, tudo se foi tal qual não planejamos. A vida é um baralho onde cartas, jogadores e propósito não caminham juntos. E tudo se vai lentamente, feito um relógio escorregadio e jogando ao chão...
Risomar Sírley da Silva
25/03/2024.
Nunca tive medo de ir embora...
De despedidas...
Dos últimos abraços e últimos beijos.
Tenho medo de continuar e me perder de mim...
De me negligenciar tanto ao ponto de não me reconhecer mais.
Tenho medo de amar sozinha...
De estar junto na solidão.
Tenho medo de abraços frouxos e beijos sem vontade...
De dizer te amo e ouvir o silêncio...
Mas de ir embora...
Ir embora não me apavora
Já!
Já perdi despedidas, aniversários, datas comemorativas, formaturas...
Já fui chamado de guerreiro, de herói da estrada, de bandido, de ignorante...
Já tive vontade de parar, de chorar, de voltar, para casa e no tempo...
Já se passou tanto tempo, que esqueci que o tempo não pára e não volta...
Já acelerei para chegar mais cedo...
Já tirei o pé para evitar de me atrasar mais, carga atrasada é a que não chega...
Já, já, já... Tudo é prá já... Mas já me dei conta, que já está ficando tarde!
Um Texto sobre a Poesia da Relatividade.
Enxergamos despedidas
Tempo e lugares distantes
Borboletas antigas
Buscando uma pétala vaga
Pra descansar as velhas asas
Vagando sobre flores desbotadas
Que recobrem um resto de alegria
Que flutua na memória
Uma pintura
Uma palavra do Mestre
Arte rupestre do acender das luzes
Traz de volta à vida outras luas passadas
A felicidade primordial, rudimentar
A única que foi real
Vem romper com a ruptura
Em formato de palavra dura
E mostra uma flor que não víamos naqueles dias
Provando que o tempo não retrocede
Senão como saudade
Que nem mesmo a sede, uma vez saciada
Há de voltar às nossas vidas
Se despede, se despe de nós
Vai zunir nas asas de uma velha abelha
Fazer morada nas telhas
De uma casa há muito demolida
Tudo está pra sempre lá
Porém velho, desbotado e sem vida
Talvez seja essa a relatividade do tempo
A velha roseira ao meu lado
Sempre trará flores novas
A roseira nova do passado
Não há provas que tenha existido.
Edson Ricardo Paiva.
Licença
.
Vou pedir licença
E me achegar sem a pressa
De quem fica
E não deseja despedidas.
.
Vou pedir licença
De tudo que há lá fora.
E despojar da solidão
Dentro do teu coração...
.
Que me deixe os largos passos
De outros ventos
Que me teve o vento.
Sou agora anelo
Do teu coração.
.
Chama viva que me chama
E me abrasa o coração,
Se me falta em mim juízo
Estou seguro em tuas mãos...
.
Edney Valentim Araújo
Nessa complexa trama da vida, somos tecidos por encontros passageiros e despedidas inevitáveis, como fios que se entrelaçam no grande tapete do destino. Às vezes, a vida nos presenteia com pessoas que desafiam nossas previsões, nos forçam a sorrir, nos machucam e nos fazem refletir sobre quem realmente somos. É uma dança complexa de emoções, uma montanha-russa de experiências que nos fazem questionar, amar e, possivelmente, nos transformar.
Cada pessoa que entra em nossa vida é como um capítulo de um livro ainda em construção. Algumas páginas são suaves, outras repletas de dor, mas todas contribuem para a narrativa única que é a nossa existência. É como se a vida, com sua mão invisível, nos entregasse roteiros imprevisíveis, nos desafiando a interpretar papéis que nunca imaginamos desempenhar.
O terror surge quando nos deparamos com a incerteza, quando percebemos que não temos controle sobre quais personagens entrarão em cena ou quando serão retirados do palco. Contudo, é nessa incerteza que reside a beleza da jornada. Precisamos aprender a abraçar o desconhecido, a aceitar que não podemos escolher todas as pessoas que cruzam nosso caminho. Às vezes, são as pessoas que mais nos desafiam que nos ajudam a crescer, a nos reinventar.
Em meio a essa sinfonia caótica de encontros e despedidas, descobrimos que a verdadeira busca não é apenas por companhia, mas por autoconhecimento. Cada experiência, seja ela suave como uma brisa ou intensa como uma tempestade, molda a escultura enigmática da nossa identidade. Não se trata apenas de encontrar alguém para caminhar ao nosso lado, mas de se encontrar no labirinto das relações.
Então, enquanto navegamos por esse oceano imprevisível de conexões humanas, abracemos as surpresas, os altos e baixos. Cada lágrima derramada, cada riso compartilhado, contribui para a tapeçaria única que estamos tecendo. Em última análise, a história que vivemos é sobre a jornada interior, sobre nos tornarmos versões mais autênticas de nós mesmos. Aceite o desafio, mergulhe nas profundezas desconhecidas, pois é lá que a verdadeira magia da vida se revela.
Despedida
Me desculpa vir aqui assim
Perdoa eu entrar desse jeito
A porta estava aberta meu caro,
Então entrei com todo respeito
Reparei em toda bagunça
Reparei em sua confusão
Inevitável não reparar em tudo,
Desculpa,não foi minha intenção.
Tentei ajudar,meu amigo,
Tentei encontrar uma solução
Você precisava de ajuda
Mas tudo que fiz foi em vão.
A bagunça continua ali
A confusão está intocável
Fui embora sem me despedir
Aos choros de quem me viu partir.
Nunca vou implorar
o amor de alguém.
Se tiver que me amar
terá que me aceitar
do jeito que sou.
Eu quero pessoas inteiras
e amizades verdadeiras,
para andarem ao meu lado.
Aprendi que se eu viver sozinha
será melhor do que andar
com pessoas vazias.
Se não puder me oferecer amor,
não me venha com guerras
Quem já sofreu com partidas,
trata com indiferença as despedidas.
Acostumar-se com ausências e a
não fazer parte de alheios
pensamentos,
colabora para na própria
companhia
buscar alento.
7/9/15
"Quem te conhece bem; sabe até a diferença de um "BOM DIA", um sorriso seu quando é sincero e um "adeus" quando não se consegue derramar uma lágrima, mais que doí até a alma está tristeza de uma despedida, a quem tanto queremos que permaneça por perto."
—By Coelhinha
Quando chega sua hora você sente, eu me acalmo, fico em silêncio e se for preciso...me retiro.
Já saí da vida de muita gente, e pra algumas eu não dei uma boa explicação, talvez eu não seja muito boa nisso, ou talvez, nem fosse preciso, mas espero que cada um tenha entendido o momento, não é a falta de afeto por parte delas é a necessidade por minha parte.
E sabe o silêncio? Ele faz de você uma pessoa melhor em muitos momentos, é fato que as palavras são fundamentais, mas é no silêncio que você se conhece.
E falando em despedidas, por mais que eu tenha me afastado de algumas pessoas, elas tiveram o poder de permanecer até hoje em mim.
As joias do Rei
Quando tudo ainda for dor, que seja o amor...
Remédio
Quando tudo for alegria, que não seja a nostalgia
O medo que te impede
Quando tudo for sorriso, que seja o abraço
Abrigo...
Quando for saudade, que seja a chegada
Felicidade…
Quando for despedida,,que seja a partida
A mais breve possível
Quando já não existir mais tempo, que sejam os amanheceres, os melhores momentos...
Quando o beijo for mais curto, que seja tão bom
Quase um absurdo...
Quando tudo for só medo que te resta, seja coragem...A decisão mais certa
E se o percurso for longo, que sejam os amigos
A melhor Companhia
Nessa jornada, de tantos, e todos os dias
Pra que ninguém siga sozinho.
Quando a esperança já estiver acabado
Sejam os teus passos, os que não te abandonam
Porque nunca é fácil.
Quando as lágrimas caírem
Sendo descompreendido, que nunca lhe falte amparo, e tempestades que passam
Sejam os dias, os melhores vividos.
Reginaldo Reis Naves
Sobre encerrar ciclos
É ser verdadeiro com sua essência, com seus seus sentimentos e ideais. Substituir o amor pela dor, momentânea, mas se deixar levar.
É aprofundar na imensidão e voltar com mais certeza, evolução e mais amor por si mesmo.
Não importa o tempo que dure, mas que seja verdadeiro, cheio de essência e flores por onde passar.
Encerrar ciclos também dói. É preciso coragem pra dizer adeus. E hoje sei entender todos os erros que me fizeram do avesso nesse processo longo e solitário. Injusto seria navegar em mares escuros, cheios de perigos por toda parte, sem saber o que encontrar ou encontrar fantasmas que estão abaixo do que acreditamos.
As pessoas andam cegas e com memória muito curta para a realidade. Faz mal ser metade, é triste, mas é verdade.
Tem hora que o coração fala, pede socorro e, incapazes de ouvir, nos calamos e somos levados pela paixão, aquela que muito vezes é imaginária. Amamos a cena e não o que verdadeiramente é. E o que é real é viver a cena, com pés no chão ou apoiado pra não cair.
E assim o recomeço vem. E vem com força, vontade e totalmente livre de culpas e desculpas para não ser inteiro. Amo a maneira como evoluir é natural e me orgulho cada vez mais da forma como acontece.
Amo meu agora e amo cada pedacinho que Deus constrói pra mim.
Essa carta é para alguém do futuro e pra quando precisar rever tudo. Pra quando a dor me pegar, eu saber sair e ter a certeza de que tudo passa. Tudo! Tudo passa.
Obrigada, tempo.
Ele se calou por não compreender a dor...
Por não decifrar as sílabas que saiam toscas daquela armadura.
Foi preciso uma pausa para entender aquele momento de desespero descompassado.
Foi preciso mentir a si mesmo para não sucumbir em partes despedaçadas de sofrimento.
Era noite e o dia não mais chegaria em cores ..
Seria tudo em preto e branco para sempre!
Tudo tem um tempo
Tudo tem um tempo
Até mesmo o próprio tempo
Tudo tem uma razão de ser
A dor... ao amor...
O teimoso sobreviver.
Tudo é cíclico...
E este mesmo fugaz tempo
Implacável emudece corações
Estende a lona do vazio
Mostra a estrada escura
Por onde se deve seguir
Sem medo ou qualquer recuo.
Tudo tem um tempo
A esperança, os sonhos, o amor
E as pessoas sem perceber
Se sentem como náufragos
Despidos da esperança
D encanto
Da chama do amor
Dos sonhos...
Da razão do perene existir.
Tudo tem um tempo...
Para a vida se mover
Alheia às nossas vontades
As chegadas, as partidas,
As adiadas despedidas.
Gotas que caem
Uma chuva que cai
gotas deslizam pelas folhas verdes
brincam rumo ao chão
uma após outra molha a terra.
Um vento que sopra
faz dançar os galhos
as gotas teimosas, temerosas, escorregam e se empoçam.
Mas eu, daqui da minha janela,
fitava apenas uma gota
que sem demora
brincou na folha e foi-se embora.
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