Carta para a Pessoa Amada

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Sinto-me a pior pessoa do mundo, indesejada e burra. ⁠Algo em mim faz as pessoas me odiarem mesmo que eu fique calada. Não consigo entender as pessoas ao meu redor, elas se sentem mais que a vontade para desabafar seus problemas comigo e me perguntam o tempo todo como estou me sentindo, mas ficam irritadas e me evitam quando digo que estou mal. Sinto que elas querem que eu minta sobre meus sentimentos o tempo todo. Cheguei ao ponto que me sinto ansiosa perto de pessoas conhecidas e desconhecidas, eu tenho uma ceise de ansiedade toda vez que ouço "oi, como vai!?" Eu fico frenética pensando "diga que está bem, não fala nada, só minta... essa pessoa não quer saber da sua vida, ela só fez a pergunta por educação".
Mas sabe o que é pior de tudo isso!? Eu gostaria muito de poder conversar com alguém sobre tudo isso que eu sinto. Da mesma forma que eu paro para ouvir as pessoas. Eu faço o possível para ser gentil com todos, porque acredito que jogando essa energia para o universo ela vai retornar para mim. Mas o que percebo de fato é que as pessoas me tratam como alguém inferior, insuportável e sonsa. Isso tudo faz eu ter medo de conversar com as pessoas. Porque acredito que ao se aproximarem de mim, elas vão se irritar e começar a me tratar mal.

Inserida por PersonaNonGrata

⁠Temos tanto em comum,
conversamos sobre
diversos assuntos
alguns sérios
e bem aprofundandos,
e outros bem humorados,
do Cortella à besteiras,
do Bessa e suas poesias,
de filosofia à comédia,
ou seja, temos nossos
momentos de seriedade
e os nossos momentos
pra rirmos com vontade,
partilhamos de uma mesma fé,
de uma forma parecida
de enxergar a vida,
um incentivando o outro
pra não deixar esmorecer,
cada superação, uma conquista divida,
muito difícil de não perceber,
ela tem seu lado dramático,
eu meu lado prolixo,
cada um com sua personalidade,
defeitos e qualidades, claro, faz parte,
entre nós, é livre a sinceridade,
não precisamos de fingimentos,
já aprendemos a lidar
com o jeito um do outro,
sinto que, pra mim,
ela é a pessoa certa,
infelizmente, ela não pensa o mesmo,
algo difícil de aceitar, todavia,
não fico mais surpreso,
não é primeira que o meu coração
consegue me enganar.

Inserida por jefferson_freitas_1

Vento que sopra desorientado
Fostes tu assim?
Tão inimigo de mim?
Trás para perto aquele espinho

E levas para longe minha flor ?
Flor de perfume que não senti
Levas tu para outro jardim
Para longe de mim

Vento amigo do tempo e inimigo de mim
Provocastes tu em mim imenso arranhão
Não no corpo, mas no coração
Poque sopra tais ventos em mim?

Sopras tu para eu sentir...
Percebo que não és tu meu inimigo
És tu meu melhor e verdadeiro amigo
Em momentos és vendaval com espinhos

Em outros és brisa e carinho
Fostes tu semeador de jardins
E apreciador do tempo
És vento em dia e noite

Pois não fostes de momentos
Podes tu ser relento ou intenso
És meu ontem, meu hoje, meu amanhã!
Relento de mim.........
Ou intenso de mim....

Explorador dessas ventanias
Descubro que não és vento só para mim
És vento de mim
E desorientado de mim quando não deixo-o soprar

Pois vendaval ou brisa
Sopras tu para mim
São flores ou espinhos
Diferença não faz sem jardim

Vento que não toco, mas sinto
Vento hora amigo hora "inimigo"
Não fostes seu nome vento
Mas sim o "doce esperar do destino"

Destino meu...e merecedor de mim.....

Inserida por luisrtr

⁠Pessoa Especial
A paz que eu sempre procurei
Foi em você que eu encontrei
Alguém que jamais esquecerei
Pois foi a pessoa que eu mais me importei
As vezes você distante
Não muito falante
Sempre me lembrarei
De tudo aquilo que eu conversei
Pois sempre me fez me sentir especial
Aonde sua ausência dói fora do normal
As vezes uma dor aperta no peito
E lágrimas ecoam direto
Pois eu sinto saudade
De forma sincera e de verdade
Mas sei que você sempre se esforça
E logo retorna
Fico aqui sempre a esperar
A hora que minha amiga possa voltar
E se um dia de vez se afastar
E não mais voltar
Ainda peço a Deus a te guiar
E quem sabe um dia você volte a me procurar
Pois eu sempre irei te amar
Não importa o que o tempo revelar

Inserida por JoseAugustoSant

⁠Tem uma grande diferença entre a pessoa que você conhece quando está no seu melhor momento, e aquela que está ao seu lado quando você não tem nada e nem esperança.
A diferença é que quando chega a tempestade, apenas quem viu o pior de você e mesmo assim permaneceu estará ao seu lado, enquanto as outras abandonam o barco na primeira chuvinha de verão.

Mas ele não estava pronto para essa conversa...

Inserida por AnabelSouto

⁠A placidez do teu semblante
na graça do teu rosto
mostra a liberdade do teu espírito,
que a tua veemência está em constante atividade
como se tivesse vindo de um paraíso
ou fosse na verdade um ser celestial, em todo caso, és uma pessoa incrível que faz desprezar aquilo que é banal.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠O Peso Maior –

São tempos de abandonos:
alguns cruéis, outros
necessários.
Alguns outros cruéis e
necessários.

É um mundo dividido
entre os que ferem e
os que são
feridos.

Entre os que ferem,
há também
feridos.
Entre os feridos,
muitos que
ferem.

Não está fácil para
ninguém, mas os bons
— sobretudo os bons —
carregam o peso maior
da vida.

Inserida por SilvioFagno

⁠Tão Pouco e Tanto —

Vivo preso, totalmente preso ao
que sinto.
Sou escravo devoto dos que têm os meus
sentimentos. — minh’alma.
De algumas histórias sem começo
e outras sem fim.

Trago, desde sempre, um sentimentalismo escancarado, muitas vezes vergonhoso, desmedido, desamparado. — quase infantil.

Dói: ninguém acerta-me! — tenho um
coração invisível e gasto.

E desejo tão pouco e tanto...

Inserida por SilvioFagno

⁠Julgar

Ouvir em silêncio, se colocar no lugar do outro, Compreender;
Ouvir em silêncio, aplicar seus ideais, julgar;

É difícil, para nós, sabermos oque é certo, e o que é errado;
É difícil, como pessoa, se colocar no lugar do outro e continuar acreditando ser bom;
Ser bom é o que importa?;

Falar é difícil;
Falar é fácil;
Não falar é difícil.

Inserida por AnaClaraAngel

⁠O Peso das Coisas que Escrevo -

É sempre um alívio concluir
alguma coisa:
um pensamento, uma canção,
um poema.
Ainda que o processo de fazê-los,
algumas vezes,
seja torturante, carregado,
penoso.
Mas vê-los alí, prontos,
de certa forma
alivia-me.

Mas concluí-los não é encerrá-los,
e eu preciso conviver com o peso
das coisas que penso, que faço,
que escrevo:
As canções e seus motivos; os poemas
e seus motivos; os motivos
e o pensamento.

Quando escrevo, escrevo por
alguma necessidade urgente:
às vezes algo;
às vezes alguma coisa;
às vezes alguém.

Mas as coisas e causas mudam,
passam.
As coisas e pessoas mudam,
rapidamente mudam,
se vão.

Mas os poemas e pensamentos não.
Eu os fiz nascer e preciso dar conta
deles agora, não posso
abandoná-los.

Eu senti as canções chegando, nascendo,
ganhando forma, alma, intimidade.
É preciso, vez ou outra, cantá-las.
Sim, cantá-las ainda que sangrando;
Cantá-las ainda que sussurrando;
Cantá-las ainda que emudecendo...
em silêncio.

Aquilo que escrevo tem o peso
daquilo que sou.
E ninguém, ninguém mais, além de mim mesmo,
precisa carregar isso.

Inserida por SilvioFagno

⁠Beberei Sozinho —

"O que acontece com os sentimentos reprimidos?" — pensava eu enquanto colocava na cesta do supermercado (ainda meio indeciso), algumas bolachas, biscoitos, iogurtes, chocolates, sabonetes e duas sardinhas com molho, não sem antes,
reparar bem a validade de
cada coisa ali.

Já no caixa, no momento de passar
o cartão e honrar os meus avós e todos
os outros que vieram depois deles
(como eles),
eu pedi ao rapaz que acrescentasse uma garrafa de vinho tinto suave que,
às pressas, fui buscar.

No trajeto de volta pra casa, revisitando sensações e memórias em cada
pedaço de rua,
eu havia me decidido:
"Desta vez, beberei sozinho! — assim o fim é menos doloroso."

Afinal,
depois que a última taça for esvaziada,
e a inevitável e desanimadora realidade
cair sobre minh'alma tosca e indefesa,
eu não precisarei ver ninguém
indo embora.

Inserida por SilvioFagno

⁠Admiração –

Comprei umas coisas e, enfim, elas chegaram.
Olhei-as e gostei.

Mas sempre sinto que me falta alguma
outra coisa (maior),
e então entendi que tudo que tenho (possuo),
não me tem. — pessoas e bichos
me têm;
Sentimentos e dúvidas me têm;
Sensações e sentidos.

Sou do tipo — raro — de gente que "costuma
usar coisas e amar pessoas".
(Acho que ouvi alguém dizer isso
por aí).

Gosto de gente interessada, admirada,
intensa, sincera.
Se quer algo frio e últil: compra
uma geladeira.

Amor é devoção, entrega — admiração.

Inserida por SilvioFagno

⁠Tal Como É –

Olha só que céu
lindo! — eu disse-lhe.

Mas não está um pouco
nublado? — questionou-me.

Sim, sim. — eu outra vez.
Mas ainda assim,
tão belo quanto ontem ou
há sete dias.

Na verdade,
o encanto, a beleza, a graça das coisas
se perdem somente nas pessoas.
A coisa ainda tá lá,
tal como é.

E,
no fundo,
quase todo problema
é gente.

Inserida por SilvioFagno

⁠Há um momento muito raro,
peloo qual esperamos bastante,
quando pela primeira vez,
percebemosque graças a Deus,
as renúncias, todo o nosso esforço
e as mudanças valeram à pena,
tu por exemplo não és a mesma pessoa de alguns anos,
teus risos ganharam outras razões,
teus chorossão por outros conflitos
ou até mesmo por alguns contentamentos,
a vida é uma constância de transformações,
para cada um de nós num ritmo específico,
uma inquietação constante que nos moves,
que traz conforto, que dá sentindo
a nossas lutas,
a propósito, haverá outros momentos desta percepção durante cada ciclo,
mas é imprescindível termos
o sentimento de gratidão,
assim, vivemos, inspiramos e seguimos.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Primeiros Versos —

Nestas simples e assustadas linhas,
em que eu, em memórias contínuas, irrequietas, enraizadas
(por não saber como deixá-las),
quase toco as longínquas tardezinhas
de outrora, ofereço-lhe os
primeiros versos.

O imoral e súbito espanto de
reconhecê-la na beleza de
um grande sonho — perdido —
não despertou-me. — ainda que
apavorado: eu quero
o sonho!

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠⁠Naquela Manhã —

Sol feito sol de quase meio-dia.
Meus olhos falhos — confusos na luz,
na distância — mal-entendiam.
Então, de repente, desdobrou-se à minha frente e,
surpreendentemente eu vi...
era ela:
Camiseta branca (colegial), saia
justa — um pouco acima
dos joelhos;
Cabelos de mechas em tons
avermelhados, soltos à
sorte, à luz, ao vento,
e um grande sorriso juvenil (um
tanto quanto desalinhado),
no rosto (de menina),
enquanto meu tosco coração
(coitado),
eternamente preso, observava
comovido (de longe), naquela manhã,
o sonho — adolescente — passar.

De quem era aquela manhã?

Inserida por SilvioFagno

⁠16/12 -

Ora,
por que haveria de ser
diferente?
Apenas deite
e durma.

Amanhã será só mais um dia
a menos como todos
os outros.

O sol nascerá a leste;
A vista da janela
ainda será a
mesma;
O tempo se desenrolará
na mesma velocidade
de todos os outros
dias.

Então,
arrumarei a cama e
os cabelos como
em todos os
outros;
Escovarei os dentes
e mijarei como em
todos os outros;
Prepararei o café e os
ovos e os pães (se houver
pão), como em todos
os outros dias.

Ao fim da tarde
sentirei fome e sede
e saudade como
em todos os
outros.

Ao fim do dia
estarei aqui sozinho,
assim, como estou:
no escuro do quarto,
deitado na cama,
como há sete dias,
como ontem,
como agora e em
todos os outros.

Vamos,
apenas deite e
durma. — amanhã será só
mais um hoje a
menos.

Inserida por SilvioFagno

⁠Golpe Baixo –

E de repente você pensa
em quantas coisas conseguiu fazer
esta semana:
De quantos oportunistas conseguiu desvencilhar-se;
Quanta gente idiota, mesquinha
e mau-caráter conseguiu
evitar, entre ir ao supermercado pela
manhã e tentar entender o porquê
de tanta coragem antes de
dormir à noite.
E, naturalmente, há algo
a ser comemorado.

De certo modo, você tem
sido forte:
tem conseguido controlar alguns
desejos impulsivos, algumas paranóias,
alguns medos.
E tudo isso, por enquanto, tem segurado-o.
E isso é bom, ainda que passe. — e passa.

Mas quando você acha que,
finalmente, está começando a dominar
o adversário, a luta — o jogo —
de repente, num simples descuido,
acontece o golpe fatal.
E lá está você, outra vez, nocauteado, dominado, vencido.

Golpe baixo, às vezes,
é algo te fazer lembrar
dois belos olhos castanhos
e uma boca carnuda
mordendo você.

Inserida por SilvioFagno

⁠Por Eles -

⁠Eu sempre vou amar os jovens,
os adolescentes.
Claro,
falo do verdadeiro espírito
dessa fase da vida — a liberdade,
a espontaneidade, os sonhos,
a urgência.
Alguns traços de rebeldia,
a malícia com um certo ar de ingenuidade,
a vivacidade, tudo isso que (por muitas vezes,
em conjunto ou não), extrapolam alguns limites, mas, ainda assim (envolto de algum traço de poesia), é uma necessidade
à alma — à vida.

Naturalmente, hora ou
outra,
também vou odiá-los,
mas,
logo em seguida,
perdoá-los.

Eles estão no lugar onde a vida mais entorta,
mais destoa, mais balança.
Ainda que, sob a benção da distração, não percebam a real de tudo isso.

Eles não sabem bem o que são,
nem mesmo sabem o porquê
de não saber o que são.
Mas eles precisam saber, urgentemente precisam saber e ser o que ainda desconhecem.
A vida cobra decisões de gente grande,
e eles ainda não o são.

Ser criança ou ser adulto é, de certo
modo, mais confortável:
Ou se vive num sonho
fantasioso, relativamente
ainda seguro,
ou numa realidade
palpável. — se não a ideal,
o mais próximo da
mais provável.

Ser jovem, adolescente
é viver tudo ao mesmo
tempo.
Uma mistura — agredoce — uma doce maldição poética,
e sem tempo (ainda que
tenham tanto), para maiores entendimentos.
E isso confunde, sufoca,
dá medo.
(E digo jovem, adolescente,
não somente falando
de idade).
Algumas adolescências
beiram os trinta, os quarenta anos...

Mas penso que todo ser
humano com alguma coisa
especial,
independentemente
da idade,
carrega algo jovem, algo adolescente
no espírito.

Acho que é, também,
por eles e por isso
que eu escrevo.

Inserida por SilvioFagno

⁠Sigo —

Sigo com uma enorme angústia em
formade mágoas e decepções.
Mas sigo.

E sigo,
simplesmente
porque é o que me resta.

Não direi-lhe mais nada, nem cobrarei nada.
Nem a deixarei mais me ver chorar.
Apenas seguirei... como um rio
calmo e esquecido que aparenta estar secando, mas ainda em fluxo.
Ainda.

E espero que um dia melhore;
Espero que um dia aceite;
Espero que um dia passe.

Espero... mas, por ora, não a
espero mais.

Inserida por SilvioFagno