Carta de Despedida
O poeta, de tanto escrever agora está morto em sua própria ilusão. E calou-se a poesia diante dos próprios versos que ao poeta matou. E o que restou foi só mais uma poesia quase apagada em uma folha jogada à beira da estrada... Que o vento levou sem direção. - Um triste poema que ninguém viu, nem declamou! Um pensamento que o tempo levou! Um Pensamento igual folhas ao vento que ao alto voou e depois caiu ao chão. Na embriaguez mais forte da dor e da saudade o poeta viu a perfumada morte... Rompeu-se em mil versos o coração... E dançou rodopiando no ar a folha poética querendo roçar o infinito. Aflito, morreu o poeta num soluço e num grito... de tanto amar!... - Deixando os seus cortantes versos escritos em uma poesia flutuante ao vento em uma tarde cheia de monotonia, pálida, silenciosa e fria ... O poeta enfim, pôde descansar!
Que até logo é este... assim, tão demorado!? Por que você não volta logo e não fica ao meu lado? Será que o teu até logo não era apenas um adeus disfarçado!? Que até logo é este que deixou o meu mundo calado, tudo parado, como se fora um sonho despedaçado... Parece que o teu até logo ficou perdido no tempo na busca de um momento e tornou-se eternizado!... Que até logo é este... Assim, tão demorado!?Por que você não volta logo? O que há de errado? Não me deixe aqui preocupado! Que até logo é este... assim, tão demorado?!
Você chegou de mansinho, me mostrou músicas novas, fez festa para as minhas chegadas e se entristeceu com a minha partida. Eu acho que não preciso de mais nada além disso, sabe. O que eu sinto por você é tão bom que eu não queria partir. Mas não tem como saber o final dessa história e eu torço para que ela seja bem feliz enquanto durar. O final não precisa ser feliz, mas deve ser maduro e consciente. Eu não sei se isso faz muito sentido pra você que chegou bem quietinho e foi se encaixando na minha vida.