Carta a uma Senhora
DE JOELHOS MINHA MÃE
Ajoelho-me e peço-te perdão
Minha querida e doce mãe
Pelo amor que mora no meu peito
E pelo amor que me tens
Prostrada na minha humildade
Rezo a ti minha mãe
Pela desumanidade, pela maldade
Pela injustiça, pelo egoísmo
Ajoelhada te peço perdão
Por todo o mal que te fazem mãe
Perdoa-lhes, que eles não sabem o que fazem
Estão tão cercados de coisas inúteis
Que nem sabem amar, perdoar, rezar
De joelhos minha doce mãe
Espero que aos teus pés
Floresçam flores
Em todas as nossas madrugadas
Amém.
HABITAS
Imagino em meu pensamento, uma visão
a de que uma mulher a um baile vai.
E assim, tu logo vens a minha idéia.
vestido longo, cabelos compridos, soltos.
Desfilas.
Te vejo contente.
Com um sorriso a todos saúdas.
Tua postura de senhora a todos cativa.
Senhora de formosura tanta, vem ver-me
de modo pessoal, sai do meu sonho.
Em meu coração resides .
Liga-te a mim fica próxima, deixa que eu te
de os carinhos, que em sonhos te dou.
Se presente, circula essa beleza com quem
ao teu lado quer ficar eternamente,e sempre
o desejou.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Linda.
És uma poesia, própria de quem
sabe que musa és.
Quando hoje temos os que amam
sem sentir, e os que sentem, sem
nada dizer, digo que és o amor que
eu quero ter, pelos dias afora, vives
em meu pensamento.
Senhora que eu amo tanto, és um
amor, sempre a florescer.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. ACLAC, Cabo Frio- RJ
Membro Honorário da A.L.B/ São José do Rio Preto- SP
Membro Honorário da A.L.B/ Votuporanga – SP
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Solidária Santa Peregrina (02/05/2022).
Pelejando deserto vagueia
Doce alma coberta de fogo,
Ventos guiam em completo agouro,
Senso perdido na imensidão de areia
Peregrina sufocante chora e devaneia.
Quimeras e assombro decorrente,
Puro veneno de perigosa serpente,
Olhar vazio, rubro e descontente,
Ilusão forte, coração doente,
Infame solidão, pesada e quente.
Súplica divina beata esperança,
Surge pequeno oásis augusto,
Fértil sentimento, fresco arbusto,
Suave sombra de bela segurança,
Sonho repleto, cativa aventurança.
Desperta coragem, volta caminhar,
Pequena luz sente-se domar,
Pretérita solidão lançada ao mar,
Amor e fé eis de aconchegar,
Materna mão deixa-se pegar,
Divina mãe, Aparecida e reluzente,
Grande presença no longo andar,
Divino presságio, excelso amparar;
Espírito peregrino afortunado sente,
Nossa Senhora adormeceu a serpente.
REI, DONZELA E CAVALEIRO
Nos salmos do Davi do tempo antigo,
naquelas confirmadas profecias
de todos os profetas, te anuncias,
meu Rei, mas bem honrar-te não consigo.
A débil caravela em que me abrigo,
temendo o mar gentio, bastante adia
subidos ideais que na euforia
naufragam pelos dardos do inimigo.
E quem os vem salvar é uma donzela
que, por seu cavaleiro naufragado,
se lança em belonave na procela.
Assim, a Santa Virgem tem buscado
por mim que naufraguei na caravela
do eufórico ideal desintegrado...
Como eu sou capaz de te escrever coisas bonitas pra você entender seu valor, e mal consigo me valorizar?
Ensinamentos que eu ouvi e não entendi, te expliquei na íntegra de um jeito meu e só você entendeu.
Eu até entendo com desenhos, mais não sei desenhar, memorizar está difícil, eu já vivo no piloto automático e mesmo com backup nas nuvens estou sempre com a memória corrompida, e não tenho nem 40 ainda, falta +5, eu não gosto de matemática, como boa perfeccionista que sou na verdade falta 4+09 meses +10 dias e algumas horas, eu até sei quantas faltam + como disse; eu não gosto de matemática.
E assim em silencio nos meus dedos de auto falantes e compartilho o testemunho da revolta de uma senhora estudante e pensante.
Quem me dera ter aprendido antes, e hoje atuar palestrante pra outros estudantes como eu.
Romaria: caminho da devoção
Era um caminho que começava nas dores. Peregrinos da esperança atravessavam promessas em silêncios agradecidos. As pessoas vinham como quem busca um colo, mas um colo que não se vê, apenas se sente. Cada devoto carrega um desejo particular. Os passos lentos, as preces silenciosas e os olhos que pedem. É fácil reconhecer quem anda com um pedido no peito, quem se carrega em busca de um milagre. Não falam alto, mas as pernas denunciam suas urgências.
A Basílica de Aparecida sempre esteve lá, como um ventre aberto, acolhendo cada alma que chegava. Não importa a distância, não importa o fardo. A fé nunca precisou de mapa; ela reconhece o chão onde deve se ajoelhar. Nas paredes da Basílica, a devoção: cada vela acesa é um pedaço da dor que se desprende, que arde e se transforma em chama de esperança.
As promessas são sussurros invisíveis, e cada um que entra, sem perceber, escreve ali, entre os azulejos, uma parte de si. Mães carregam filhos; filhos carregam mães. Não importa a ordem dos papéis; todos se rendem ao mesmo pedido de alívio, proteção e paz.
Os romeiros e devotos possuem uma fé que não é espetacular, que não faz alarde. É a fé que aparece no ordinário: na vela que queima devagar, no suor que escorre pelo rosto do peregrino, na lágrima que ninguém percebe cair. É no silêncio de um rosário que Nossa Senhora escuta, entende e responde.
Ali, na simplicidade de cada prece, Aparecida surge como uma resposta silenciosa, uma verdadeira mãe brasileira que tem nosso tom de pele e nossas urgências de alma. A santa não fala, mas, na humildade de sua imagem, diz. Não anda, mas abraça.
Enquanto a fé se ajoelha na presença de Nossa Senhora Aparecida, recordamos que, assim como crianças, também celebramos o seu dia. Somente uma mãe se desdobra assim e, mesmo no seu dia, se reparte com seus filhos. Todos buscamos colo, conforto e a certeza de que a Mãe Celestial, de tantos títulos e nomes, abraça os sonhos e os pedidos com a delicadeza que só ela possui, ouvindo nossos segredos e anseios de sermos, a cada dia, melhores para podermos nos perceber, enfim, mais parecidos com um de seus filhos. Amém!
Á Virgem Santíssima
A teus pés, tal fé de incerteza,
O coração cheio de inquietude.
Posto o meu olhar de solicitude,
No teu doce alento de pureza...
Mais que piedade, é plenitude,
Que nem sei se há mais riqueza.
Tal o amor, tal luz, tal grandeza,
Que ao nosso clamor, servitude...
No rosário, desfio minha rudeza.
Mãe feita de perdão, pura beleza,
Cheia de graças, a reza primeira...
Da paz, divina piedosa dolorosa,
Silenciosa, fita-me assim chorosa...
Auxílio em nossa hora derradeira.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONETO DE JOELHOS
Bendita, Maria, mãe do Cristo Jesus
Bendito o Teu ceio que o fez nascer
Mãe de todos, da fé que nos conduz
Rainha dos céus e da terra, és haver
Bendito aquele que crê na Vossa luz
No Teu amor... trilha com o seu viver
Confia e reza à Teu Filho no enaltecer
Bendita Senhora, doce mãe, alvorecer
Bendito sejam todos que a Te clamarem
E diante de Teu Filho crentes ajoelharem
No ato de convicção, uma grande paixão
Se, um dia, for fraco e na fé pouco refém
Oh Redentora, de Tuas mãos que caem
Graças, abrase meu coração... (com Deus!)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
SONETO A MARIA
Ó Mãe de candor e esplendor em lume
O amparo no rosário a quem lhe desfiar
Porque és, Maria, Mãe, afeto implume
Razão e fé, do amor que ensina a amar
Tua presença é a sede na vida incólume
Ouvir o Teu Nome é um santo comungar
Quando os Céus a assenta em alto cume
De joelhos os teus filhos se põem a rezar
És Maria, Bendita Mãe de nós pecadores
Bendito fruto entre as mulheres, amém!
A bem aventurada, encimada de flores
Imaculada, Senhora, excelsa Virgem Maria
A constelação que do ceio o bem, provem
És a nossa esperança tão cheia de quantia
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/08/2021, 18’00” – Araguari, MG
A poesia da gente nordestina
Lá de Simão Dias
Declamada em oração.
Rezou o terço
Para Nossa Senhora de Sant'Anna
Durante a procissão
Com todo amor e devoção.
A poesia da gente brasileira
Lá de Simão Dias
Tocou o meu coração.
Sou sulista e nordestina
Escrevo em linhas com paixão
Poesia brasileira
Em todos os ritmos do coração.
Do Sul até o Nordeste
A minha fé celeste
Não abandona a oração.
Peço a Nossa Senhora Sant'Anna
Que coloque o seu manto
Sobre o Brasil
Colocando-nos sob sua proteção.
- Acho, senhora, que pela primeira vez na vida Artur foi golpeado por uma loucura que ele não pode contrololar.
- O Amor?
Olhei-a e disse a mim mesmo que não estava apaixonado por ela, e que seu broche era um talismã apanhado aleatoriamente. Disse a mim mesmo que ela era uma princesa e eu no filho de uma escrava.
- Sim, senhora.
- Você entende essa loucura?
Eu não tinha consciência de coisa alguma na sala, exceto Ceinwyn. A princesa Helledd, o príncipe adormecido, Galahad, as tias, a harpista, nenhum deles existia pra mim, assim como os tecidos pendurados nas paredes ou os suportes de bronze das lamparinas. Só tinha consciência dos olhos grandes e tristes de Ceinwyn e de meu coração batendo.
- Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém - ouvi-me dizer - e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz dessa pessoa pode fazer seu coração falhar e que a compania dela é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará seua alma solitária, desolada e perdida.
[...]
- Isso já lhe aconteceu, Lorde Derfel?
(As Crônicas de Artur)
A vida é uma eterna senhora de oitenta e poucos anos, sentada á porta de casa, num banquinho de tábuas mal pregadas e maltratadas pelo sol e pela chuva, com um punhado de linha e uma agulha de tricotar nas mãos enrugadas. Todas as manhãs e fins de tarde se distrai a observar sua platéia que faminta pelo prazer e pela necessidade infindável do “ter” transita em suas vistas, sem muitas vezes notá-la ali presente todos os dias.
Nossa Senhora Aparecida, hoje venho lhe externar todo o meu agradecimento porque a Senhora sempre cuidou de mim e daqueles que eu mais amo. Como sei que nenhum encontro na vida é por acaso, a Senhora é a grande responsável por colocar tantas pessoas abençoadas nos meus caminho e tantas bençãos em minha vida, não me importo se o seu nome é Maria ou Aparecida ou Oxum para mim o importante é a sua energia de mãe bondosa que sempre vela por todos nós independente da crença de cada ser. A Senhora sempre será meu exemplo de amor, de fé cuidado e misericórdia nesta vida e na outra Amém.
Num avião ano passado o avião deu uma tremida, e uma senhora gritou: "minha senhora Aparecida"! Eu disse: "olha nossa senhora da aviação é a nossa senhora de Loreto, não reze para a entidade errada, você vai pedir para nossa senhora Aparecida e não é o departamento dela, daí o avião cai.
Todas as manhãs na ida ao trabalho observo uma senhora linda de cabelo grisalho no canteiro da avenida regando dezenas de plantas bem pequenas. Ela não rega apenas com água, é tanto amor, cuidado, tempo doado... Pelo seu olhar atento suspeito que ela mesma plantou todas, pois age como conhecesse uma por uma. Por sua idade, ela jamais sentará na sombra das plantas, nem comerá dos frutos. E é isso que me encanta. É isso que me faz sorrir todas as vezes que passo por lá. É bonito, a coletividade é uma das coisas mais linda desse mundo. Nesses tempos estranhos, onde as pessoas ditas de bem vomitam discurso de ódio, e defendem fascista e racista pela moral e bons costumes. Nesses tempos onde as pessoas ditas de bem lutam pelos seus sonhos individuais, passando por cima dos negros, índios, pobres, essa senhora tem sido minha mantra para suportar as histórias, os relatos de mulheres e famílias que seguem lutando pelo direito de viver, pelo direito de existir, pelo direito de não ver seus filhos entrando para as tristes estatitiscas. Essa senhora e tantas outras mulheres que encontro diariamente pelo caminho me fazem continuar acreditando que apesar de tudo, ainda é possível se encantar com o regar das plantas, sim, é possível ter esperança que dias melhores virão. Plantaremos vidas, regaremos vidas e cuidaremos umas das outras, porque cada vida, nossas vidas importam. Vidas importam!
A velha senhora continua em sua redoma de areia. Aproxima a data de seu natalício de quase um Século e ela ainda crê piamente que é uma baronesa. E que se danem as rainhas e princesas, pois com incomparável arrogância é bem recebida até por aqueles que teriam todos os motivos para colocarem uma dose generosa de cicuta em seus alimentos, mas acha que educação é subserviência e não a mais expressiva demonstração de nobreza.
Toda minha rebeldia começou a alguns anos atrás quando eu disse a senhora minha mãe que eu não precisa de um livro de auto ajuda, e sim de ajuda, e logo em seguida ela estava lá mesmo não sendo tão religiosa retrucando, procura Deus, mais eu nunca quis preocupá-lo com meus pequenos distúrbios mentais, então nesse mesmo dia eu orei a ele, pedindo que ajudasse todas as crianças que passam fome na África e o agradeci por mais um dia.
Lá fora a noite de luto e a lua senhora do silêncio vejo a verdade oculta, da clara mentira do dia. Vejo sorrisos falsos por baixo de um rostinho lindo, e olhos caídos por trás de uma falsa felicidade Vejo que talvez, tudo o que eu desejo, simplesmente não faz a menor diferença para quem eu queria que realmente se importasse, e que por mais que eu continue mal, ainda não fará a diferença . A fonte secou... A força cessou... E assim surgiu a ferida incurável. Acostumar meu coração e adaptá-lo pra determinadas situações é desconfortante. Sorrir estando triste, poço ser até forte, sendo que a alma se desaba a cada instante. Porem as melhores lembranças essas irão me acompanhar mostrando-me que posso ser melhor do que ontem .boa noite
O brasileiro precisa se atualizar! Ajudar a senhora que mora no beco, na rua, no mato, andarilha ou mendiga. Ajudar a entender a situação do país, essa ajuda exige paciência, conhecimento e vontade. Somente assim! o mal ensino no país irá partir, a falta de entendimento desta senhora se acabará e com isso haverá necessidade de mão de obra para produzir. Com excelentes gestores para mostrar nossa honra para fora sem que aja esse furto qualificado da moral e ética do brasileiro que no fim apenas prejudica o Brasil. E a senhora? O nome dela é "ignorância" com essa ajuda ela vai trocar seu nome que será "sabedoria" que fará o que sempre fez quando era ignorante andar pelos cantos do país em todos os buracos, mas depois disso transformará o que fazia por, agora, saber! ela formará uma família chamada pátria e por todos será amada.