Carne
A terra consome a carne,mas os ossos ficam. A carne apodrece e os ossos permanecem,na frieza da pele o íntimo aquece. O que amedronta os mortais se não somente a morte? É o medo de enfraquecer, de ficar sem sustento, de se ver sem movimento. Existem ossos muitos fracos, aqueles que se quebram facilmente, mas isto por não terem a rigidez que merecem. Neste vale de ossos secos a mediocridade permanece, fazendo juz a insanidade que poucos desconhecem.Meus ossos me seguram quando meu corpo padece, na ilusão de uma morte eles não enfraquecem. É o esqueleto que dá forma, não o exterior que deforma. Quão a força que me segura sobre esse corpo inseguro. Tão uniforme a forma que me dar forma, tão sublime o ato que se tornou fato. Qual a palavra se não osso? Tão forte e seguro, tão imortal que só morre ao fogo, ao extremo não se vai , ao limite se constrói. Esses ossos
que me sustentam são os que me alimentam,tão completo e e incompleto, tão repleto de gestos.Tão sutil a palavra que o faz e tão forte a segurança q o traz.
Das Sete Canções de Declíno
Um frenesi
hialino arrepiou
Pra sempre a minha carne e a minha vida.
Foi um barco de vela que parou
Em súbita baía adormecida...
Baía embandeirada de miragem,
Dormente de ópio, de cristal e anil.
Na ideia de um país de gaze e Abril,
Em duvidosa e tremulante imagem...
Parou ali a barca – e, ou fosse encanto,
Ou preguiça, ou delírio, ou esquecimento,
Não mais aparelhou... – ou fosse o vento
Propício que faltasse: ágil e santo...
...Frente ao porto esboçara-se a cidade,
Descendo enlanguescida e preciosa:
As cúpulas de sombra cor de rosa
As torres de platina e de saudade.
Avenidas de seda deslizando,
Praças de honra libertas sobre o mar...
Jardins onde as flores fossem luar;
Lagos – carícias de âmbar flutuando...
Os palácios a rendas e escumalha,
De filigrana e cinza as catedrais –
Sobre a cidade a luz – esquiva poalha
Tingindo-se através longos vitrais...
Vitrais de sonho a debruá-la em volta,
A isolá-la em lenda marchetada:
Uma Veneza de capricho – solta,
Instável, dúbia, pressentida, alada...
Exílio branco – a sua atmosfera,
Murmúrio de aplausos – seu brou-há-há...
E na Praça mais larga, em frágil cera,
Eu – a estátua que nunca tombará...
Embriaguez del desierto
poema de Oscar Portela
Carne desocultada y amanecida siempre.
Carne refugio del áspid y la alucema.
Carne donde despierta el sol y se posan
Las sombras sobre el día anterior al día
En que el desierto vio por vez primera
Sin nostalgia ninguna rodar sobre el cilicio
La negra sombra del insecto primero.
Carne portadora de la carta robada.
Carne sin destinatario ni remitos del cielo.
Carne sin húmeros ni nombres.
Solo cilicio dorado sobre la ardida piel y
El escozor del sol, “la sed”, “la sed”, que se
Exalta en la primér pulsión que conduce
Hacia el dátil y el oasis tan solitario como
Esta carne sin nombre y sin origen, aún sin
Cuerpo y órganos donde posar mirada, buscar
Refugio, ser colonia portadora de territorios
Que pidan ser colonizados por los gérmenes
Portadores de vida - el rayo- los elementos todos
Que ahora vienen hacia el dominio de la nada
Y hacen aquí su labrantío.
¡Oh carne, tierra sin nombre, desierto sin posada!
Inocencia de lo que no tiene antes ni después
Y eternamente se repite en la palabra
Que tú pones en mí, siembras en mí, oh principio
Generador de vida, belleza y fuerza,
Sin otra esfera rotatoria que hacerme tuyo
Y como el sol antes del sol y hacernos mutuamente
Desde un principio sin principio
Destinados al goce y la locura,
Destrozándonos en la afirmación
De la eterna metamorfosis de lo mismo.
Mis cenizas serán el alimento de los cuerpos
Que nuevas carnes roten y vida y muerte
Serán las aleteias del instante perfecto
Sin nostalgias de purezas profanas.
Tu piel cubierta de cilicio y de oro, tu misma
Piel dorada es la del dios que muere y solo indica
El camino de la vuelta a la gracia de la inocencia
Del devenir que fluye como fluyo desde tus brazos
Hacia el cenit de destilada sangre.
Y olvidado de todo en la anamnesis
De saberme escandido hago de toda carne
Hoja donde grabar los éxtasis de un Eterno
Retorno pues que soy el trabajo de tus días
Nícholas Lemons alabanza de lo que no
Será perdido y dios humanizado por las gracias
Que presiden los ciclos y gestaciones todas
Del juego del azar que recomienza
Cuando tú me devuelves el Ápeirón que estalla
En el cincel de oro que buriló tu cuerpo
Para hacer de mi carne un Jardín de Delicias,
Y ver crecer un niño solar del torso en el cual
Duerme ciego al horror de todo
La inocencia del mundo que tú llevas contigo.
Oscar Portela
Corrientes- Argentina
AMOR SUBLIME
Águas que diluem o sal,
Afaste da carne o mal,
Brota em coração o amor,
Levando contigo a dor.
Só quero ao sol expor,
Cicatrizes que o vento leva,
Iluminando coração em trevas,
Na sublimação do amor.
EDUARDO ARAGÃO NETO.
EL VERBO Y LA CARNE
POEMA DE OSCAR PORTELA
A BRUNO SANTOS
De que luz primigenia. De que aurora
Nacida al amparo de vulneradas muertes.
De que amarillas lunas ahogadas por el agua
De lagos primordiales como los elementos.
De que silbidos áureos que presagian
El transito del caos a la armonía cósmica
El alfarero inaugural hizo tu cuerpo de la arcilla
Más pura desta tierra, oh Bruno, a torbellino y
Magia condenado.Tú eres la tierra adolecida
De toda la inocencia de un devenir sin deudas
Y el milagroso azar que nos corona con recia
Aristocracia del más audaz deseo de la especie.
¿Que alfarero y chaman mojo sus dedos en las
Dolientes viseras de un pájaro para
Amasar tus labios, ánforas que contienen toda
Las endechas del mundo? ¿Que coreutas osados cantaron
El nacimiento de tus formas cinceladas en ébano
Cubiertas por tu carne trabajada en arcilla
Santificada por la aurora de América?
¿Que chaman te bautizo en la cuna de verde césped
Humedecido por el rocío del alba primigenia?
¿Que sinuosos ríos de montaña dibujaron tus caderas
Que huyen de las manos del hombre y de todo poema?.
Y tus desnudos muslos que envidian las efigies
Y se rompen los harapos de humanas vestiduras
Para surgir desnudos y perfectos como la melodía
Que los vientos ponen en las florestas para que todo
Asombro bañe la hermosura de un Dios que esperara
La hora de bendecir el suelo que nos toma y tomara
Nuestros deseos todos para quemarlos en la hoguera
Del amor deseado y devolverlos a la tierra fértil
A la que pertenecemos los mortales y dioses
Que embellecen las horas de los días terrestres?
No hay templos para ti oh Bruno, ni poemas que no se rompan
Por que eres mas bello que el verbo convertido en palabra?
Pero tú justificas todo el dolor del mundo.
Tu belleza es el premio y la eternidad del oro.
El dolor dice pasa pero el goce quiere contemplar tus fulgores
La eternidad efímera del búcaro que no puede morir
Y vuelve eternamente como los dioses de la tierra que son
El salmo de la tierra misma y tu su encarnación oh Bruno Santos.
Oscar Portela
A PROCURA
Há que ser
Do meu pensar
A dor
Que aflora
Da carne pútrida
A Morte
Os vermes inumanos
Vorazes cumprem
A sina prescrita
Por poderoso Senhor...
Alegra-me saber que o invólucro
Abrigo de meu Espírito
É embalagem descartável
Veículo de interação
Aqui na Terra
E que a ela
Tornará em pó
Enquanto a Alma voará
Espaços livres
Eternamente
Buscando nova morada
Reencarnando aqui
E acolá
Vivenciando a dádiva divina
Do existir perene
Driblando a Dor
Senhora dos Males
Buscando o Amor
Pelo Infinito...
NELSON VITOR PEREIRA
Publicado no Recanto das Letras em 16/04/2007
Você é carne da minha carne, sangue do meu sangue, pele da minha pele.
Você á alma de minha alma, os pés dos meus passos a visão do meu olhar.
Resumindo, como posso então eu viver sem ti, se eu nasci no momento em que te conheci.
Só (DEUS) sabe o quanto eu amo você.
Eis que o demonio morde a tenra carne do covarde. Vem, prova desta iguaria e deleita-se desse espetaculo, garanto, tu sorriras lagrimas de contentamento.
Não penses que se oculta, seu rosto lhe denuncia em cada olhar, num vulto de tristeza ou de solidão.
"A Carne é Fraca e o Coração é Vagabundo",
Mas Quem Sabe Um Dia:
A Carne Num Fica Forte,
O Coração Arruma Um Emprego,
"Eu "Tomo Uma" Grande E Te Esqueço!!!" ;)
"(KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)"
Sua atitude me atingiu como um tiro de grosso calibre...Infelizmente minha carne continua intacta, pois a unica vitima foi minha alma que se encontra em pedaços graças a tamanha covardia.
Tenho pena daqueles que só querem amar a carne, pois é dentro dos impercebíveis que terá as mais belas frases numa noite de amor!
O verdadeiro gênesis foi mostrado por homens de carne e ossos, que através da observação e experimentação, e um compromisso com a verdade, foram contra a opinião de sua época desmistificaram crenças e lendas, trazendo a luz a cegueira da ignorância.
Mata-me com teu amor
Mata a fome da minha carne com os teus beijos,
Mata a tranqüilidade da minha alma com tuas caricias e suspiros,
Mata pouco a pouco meus movimentos com o teu andar,
Mata a tristeza e o desespero de um amor sofrido,
Mata os animais com teu perfume,
Mata a alma dos inescrupulosos e impiedosos,
Morrerei de paixão em meio às larvas da perdição,
Vingarei meu passado de pecados e castigos,
Terminarei o que comecei em um passado distante,
Irei atrás de arcanjos no céu para espalhar sinfonia do amor,
Tocarei flautas e gaitas para retornar ao teu tempo,
Julga os meus pegados e controla minhas sínteses,
Epicamente ficarei ao teu lado no coração das larvas,
Em meio às estrelas cadentes,
Se for para morrer, morrerei ao teu lado,
Se for para viajar, viajarei para o infinito dos teus olhos,
Apaixonei-me logo quanto a vi,
Uma flor delicada descreve seu charme e sua beleza.
Se for pra matar mata-me com teu amor.
Não sei se cresci, ou se foi a carne dura que aumentou aqui sobre mim. Não precisa me jogar dentro de uma das suas receitas, não há motivos pra tentar me cozinhar, amolecer as partes em tempero forte, melhorar o meu sabor, é sério, estou bem, sei que falando assim, sei que eu lendo o que estou escrevendo aqui não me soaria tão bem assim, equilibrada, feliz, aqueles estados de espírito esperados pela nossa facha, mas me desculpe, infelizmente estou bem.
Estou pedindo desculpas por que as vezes não me parece certo estar bem, não parece certo fugir daquilo que eu achava correto anos atrás, não me pareço com o que pensei.