Cantiga de Escárnio
Quando em meio ao vale de dor, de sofrimento e escárnio, Jó ora e intercede a Deus pelos seus "amigos", dentro os quais os que o acusavam de cometer pecado grave, naquele instante Deus vira o seu cativeiro. Interessante notar que em meio a pobreza, doença e dificuldades probatórias, o coração daquele homem revela a riqueza da sua alma, preenchida pelo amor verdadeiro a Deus. Como Jesus afirmou: Porque a boca fala o que transborda o coração!
Um novo tempo se aproxima; a esperança há de vencer o escárnio; o sistema jurídico, destruído, ressurgirá das cinzas; o fisiologismo político cederá lugar ao tecnicismo; um dia nossa utopia se tornará realidade; anseia-se por viver num país da concretude, da justiça e do amor; propugna-se por viver num ambiente melhor para se viver; a máscara haverá de cair; a maquiagem se desmanchará diante das chuvas; o espetáculo circense chegará ao fim; o narcisismo se afogará nas águas da Lagoa do Marajoara; a trairagem ignóbil e abjeto deixará de existir; o mau-caráter sairá de cena; e o mundo dos sonhos chegará pelas frestas da janela dos céus, na madrugada de um domingo, chuvoso e frio; decerto, grande parte das pessoas, adormecida, acordará de manhã, surpreso, com as boas novas, sem leis, regras e sem mandamentos. E o mundo será tomado de AMOR E FRATERNIDADE.
Estamos diante de um jogo de escárnio homiziado num conceito amplo de democracia. Uma indústria do ódio e da mentira, com desvirtuamento da concepção de política, que deve ser entendida unicamente como instrumento nobre de proteção social e porta de entrada para implementação de políticas públicas de inserção e jamais um mecanismo posto à disposição de grupos para satisfação de interesses privados.
Cúmplice de um resgate
Hoje é dia de glória e festa
O amor venceu o escárnio
A paz voltou a reinar
No âmago dilacerado
As incongruências ficaram
Lá atrás, bem distantes
O risco de visitas indesejáveis
Não existem mais
A segregação não existe mais
O aviltamento está sepultado
Novas ondas renovatórias
Apareceram no novo cenário
Manhã de colorido transparente
Como aurora cósmica
Novos tempos, novos rumos
A arrogância ficou nas trincheiras
Do descaso e no berço
Do desdém
Os olhos não enxergam mais
Hipocrisia e arrogância
Cilada desprezível
Tudo agora se traduz como
Néctar de prazeres
O cabotinismo ficou estancado
Nas mazelas do passado
Outrora de percalços e indiferença
Um novo dia se irradia
Com bons fluídos e bons sonhos
Novas estradas, novos caminhos
Novas veredas se apresentam
Na autoestrada dos valores
Da solidariedade e do amor
Único e verdadeiro
Podações que emergem do ego
Ferido e ameaçado
Libertação da opressão
Dos dissabores diários
Teófilo Otoni de encantos mil
A princesa do Vale do Mucuri
Razão de minha existência
Vida de história abundante
Liberdade com ideais revolucionários
Retorno da paz ao coração
De um cúmplice
De um resgate
Jamais alguém me matará por escárnio ou indiferença.
A presa, tem armas mais poderosas que o caçador e no final vence a verdade.
#ESCÁRNIO
Alguns casebres remendados...
Alguns casarões iluminados...
Resididos por fantasmas assombrados...
Entre os becos, mentirosos estúpidos...
Ratos gordos, bem vestidos...
Porcos bem criados...
Galos fanfarrões dopados...
Damas e cavalheiros de sapatos feios...
Pisando torto...
Joanetes inflamados...
O religioso embriagado...
A linguaruda cuidando dos desavisados...
Promíscuos...
Proxetas...
Muitos incubados...
Alcoólatras pederastas...
Afoitos pelos meninos...
Velhas carcumidas...
Sem noção, sem sentidos...
Mocinhas oferecidas...
Muitas delas apenas meninas...
Mancebo sem dinheiro...
De belo topete...
Pouco estudo...
Por pouco se vende...
Apenas um pó...
Um baseado...
Obesas matronas todas suadas...
Com piadas sem graça...
Rastejando pesadas pelas calçadas...
Outras tão magras e secas...
Passam fome com certeza...
A carne está tostada...
Cheira bem mal...
Comida mau temperada e cara...
Causa ventosidade o feijão queimado...
E pela cidade no circo armado...
A mocidade...
Consome drogas em liberdade...
Todo mundo quer ser o patrão...
Fumando bosta...
De pé no chão...
O pouco que ganha...
Gasta em uma hora...
E na cabeça com o pó Royal...
Fica gabola...
Sem saber o tanto que lhe faz mal...
Em cada canto...
Surge um querendo governar o mundo inteiro...
Em cada porta um orgulhoso...
Achando-se portentoso...
Na confusão do mais horrendo dia...
Essa estranha freguesia...
Mascara-se, quem diria...
Afinal a festa está pronta...
A lua no céu nos vigia...
E em grande euforia...
Todos fingem alegrias...
E eu...
Encorbeto ignorante...
Muitas vezes me calo...
Estamos condenados a falar o que se sente?
Tal qual palhaço me visto...
Antes rir da desgraça...
Do que chorar pela vida sem sentido...
De nada mais me assombro...
Esse lugar é bizarro...
Resta-me apenas o escárnio...
Cumprindo esse fado, sorrindo na dor...
Calado...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
.
Prefiro sofrer o escárnio e a indiferença, mas não dobro meus pés para deixar de imprimir a verdade nas mentes e nos corações de quem me ouve.
Falar em moral
nessas eleições
é escárnio,
onde reinou
a mentira
não abro
concessões,
foram tão ruins
comigo que estou
em plena exaustão,
é possível que ainda
eu declare voto,
mas depois de tudo
creio que não.
Votar sob pressão
é melhor anular,
votar sem pensar
não faço questão,
voto para ter
qualidade deve
ser estudado
para ser votado
com o coração.
A covardia foi
além dos limites
para ocultar
a manipulação
mascarada
de apoio alcançou
notoriamente
o subsolo da moral,
e virou noticiário
internacional:
porque jogou
população
contra população
para obter voto
sob pressão,
está explícito
que é tática
de repressão,
se a moral humana
melhorasse iríamos
dar outra condução.
Um dia eu vou te levar para as mais estranhas terras
Do desabrochar das flores-de-onze horas
Das cobras, obras e vacas- leiteiras
Sou Código de barras, Pitágoras
sem perder as estribeiras.
Livre, videira e sorrateira
Caga regras atrás de palmeiras já vistosas.
Amor das onze horas finda boas maneiras,
Gemidos de prazer caem bem na quinta feira
Deleitosa senhora, tu soluças tão vistosa!
Será minha visão defeituosa?
Ou será doença passageira?
Soluças que cabe que um dia o mundo acabe
Ilusao passageira
Óh minha senhora. Tu ja foras mais vistosa
Tu nao vales nem um paletó de madeira
Sabe senhora.Filha de chocadeira
Teu soluço me nina, teu soluço me fascina.
Teu soluço é uma asneira
Senti hoje o peso da indiferença. Ela pesa o mesmo que o esforço feito para ficar naquele lugar de escárnio, que é o lugar comum.
Cantiga de uma excepcional
Primaveras?
Não as tive. O sol brilhou e as flores floresceram
E não pude vê-las.
Estava estática dentro da jaula
Fria da alma filha da tristeza.
Belezas?
Quais?
Jamais tive a chance de ganhar
Sequer a esperança de ser
Igual
Gente como tantas
No mundo cheio e plural.
Não me percebem
Fico à mercê da minha necessidade
De mostrar que posso mais.
Do que me conferem
As mesquinhas parcelas dos que crêem
Que são mais que eu.
Enganam-se por que
Eu sou capaz.
Apostem em mim
E vão perceber que posso amar
E que no meu universo cabem
Sentimentos e idéias
Dos seres ditos normais.
A Manutenção do Amor
Você cantou um cantiga da amor
E provocou um chororô em mim
E com minhas visitas trêmulas eu vi
Que a canção que tu cantastes
Comovera a todos aqui
A cantiga que tu escrevestes
Foi inspirada em mim
Sua voz suave, afinada
Seus olhos em lágrimas
Eu não estava enganada
Você tentava disfarçar
Mas meu coração
Com toda convicção
Se perguntava
Por que não assumir
Quem tanto a gente ama
Amor não esconde
Amar não foi feito pra disfarçar
E quanto o amor é de verdade
O mundo nos mostra felicidade
O amor
Nos dar prazer
E nos quer bem
O amor
Nos faz bem
Vamos aprender
Em nunca querer
Esconder o amor
O nosso amor é como parafuso de rosca sem fim
Porém ele pode se quebrar
Não esqueça que essa rosca se desgasta
E pode acontecer de aluir
Tem que haver lubrificação
Manutenção
Tem que ter cuidado
Por ti
Por mim
Deixemos o amor nos invadir
E quando ele quer ele não pedi
Então vamos nos permitir
Vem pra mim
Vem pra mim
E me invadi até o fim
De nossas vidas
Ah eu só quero ouvir coisas boas vindas de você
Meu grande amor
16 de março de 2016.
Mostrou-me a face.
Olhos sombreados , mas olhar inocente.
Lábios coloridos , fala como cantiga.
Passos firmes , sonhos sem limites.
Aquela menina cresceu em vida ,
virando mulher , mas carrega em si o
doce amanhecer. Tem o antídoto
para o veneno e a saída para a morte.
Feliz se fazem os dias que são compostos
por seu sorriso , seus olhares e suas falas.
São os rios de amor , aromas de paixão.
Essência da mulher , com alma plena de menina.
Saudade é a ressonância, de uma cantiga sentida, que, embalando a nossa infância, nos segue por toda a vida!
E uma saudade começou a me agoniar.
E como agonia uma saudade!
Como dói!
DATAS QUERIDAS!
“Parabéns pra você
Nesta data querida...”
Assim se ouve
Na singela cantiga
Que em poesia aprouve
Torná-la em eterna melodia!
Mas “querida” por quê
Se nunca quis nascer?!
Nem lembro-me desse dia
E nem de muitos outros que gostaria
Não que os rejeite
Ou que não os aceite
Ou que os tenha por insignificantes
Pois certamente foram importantes
Mas simplesmente não lembro
Ficaram no esquecimento
Ocultados em alguma sala no Tempo!
Mas algumas perguntas tenho a fazer:
“Quando realmente eu nasci?!”
Há alguém que possa responder?
Seria quando do ventre eu saí
Quando as palavras aprendi
Quando nas muitas vezes que caí
Ou quando a falta eu senti?
“Quando eu nasci?!”
Haveria apenas uma data
Para fazer a natalidade comemorada?
O Universo não sabe o dia do seu aniversário
Ou do seu primeiro nascimento
Talvez porque são vários
Os eventos que lhe trazem o surgimento!
E eu?! Também não sei o meu!
Pois ainda estou nascendo!
E ao mesmo tempo que nascendo
Prossigo envelhecendo
Lentamente morrendo!
E ao mesmo instante que apareço
Caminho ao desaparecimento!
Oh datas queridas!
Que fazem a Vida nascida
Ou seria desnascida?!
Seja como for
Esta é a Vida que nos foi concedida
Para ser vivida
Sentida
Aprendida
Sofrida
E tantas outras “idas”
Pois a VIDA
É um caminho só de ida!
E quem sabe, por isso
Aquela data
A qual chamam de início
Não se faz na memória lembrada
Não que o denominado princípio
Esteja na condição de frívolo
Mas em algum lugar fica esquecido!
Para nos lembrar que ao contrário de um livro
A Vida não tem um exato prefácio
É escrita como um diário
Podendo cada dia ser um aniversário!
Mas se nesta data específica
Na qual se canta a cantiga
Os convidados me perguntarem:
“Quantos anos você tem?”
Responderei:
“Anos de vida?
Não sei!
Pois os anos que passaram
Já não os tenho mais
Passaram pelo meu corpo
E não voltarão jamais!
Ah este dia que me presenteia Àgosto!
Dia em que lembro que morro
Pelas marcas no meu rosto
Mas que também creio, sinto e vejo
A Vida que me abraça com muito gosto
Conduzindo-me com extremo desejo
Aos anos que ainda não tenho no corpo!
E não sei se me terão
Pois é um caminho misterioso
Não me atrevo a tal afirmação
Apenas acredito
No que pode ser possível!”
Cantiga de Amigo
Vem, amado meu,
Amante amantíssimo.
Seja como a brisa,
Acaricie o meu rosto.
Envolva o meu corpo
E afaga minha alma.
Não precisa falar nada.
Como um artista apaixonado
Pode ir modelando o meu corpo
Como se fosse a última escultura
De mulher a ser esculpida na terra.
Comece pelos meus olhos
Transformando-os como desejar.
Minha boca poderá ser como uma flor,
Ou um cálice, onde provará o meu mel.
Com essas mesmas mãos de artista.
Suavemente, em círculos crescentes,
Modele os meus seios
Até que estejam como os imaginou.
Continue esse trabalho,
Agora, ao compasso da música
Que meu corpo orquestra.
Sinta perfumes de jambos, rosas e maçãs,
Em manhãs ardentes de verão.
As minhas coxas, brancas e firmes,
Como colunas de alabastro
Sejam o pórtico de um palácio
Onde só você será rei.
Abner
MK 2000
DESABAFO DE UM OPERÁRIO
Nós somos a voz que grita, sem ser ouvida.
Fomos a cantiga em choros, sem ser sentida.
Nós temos sido os mais miseráveis nesta vida,
Os mais tristes, encovados, e mais despresíveis.
Tu e eu somos pedaços partidos,
Nós somos um verso quebrado.
Míseros e não escrítos, encanecidos
No abismo de um papel esquecido.
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