Textos sobre cansaço para demonstrar sua exaustão
Seja forte, mas não se esqueça que todo mundo se esgota. De vez em quando precisamos debruçar no colo de Deus pedindo forças, e isso não é covardia, é confiança.
— Jucelya McAllister
Os pássaros cantam eufóricos lá fora.
Alguém discute irritadíssimo na cozinha.
Aqui, o silêncio dos meus sonhos.
E um dueto entre meus nervos tensionados, e o teclado do computador.
Minha rotina é uma orquestra cada vez mais desafinada.
Tem dia que pareci que nao vou mais aguentar....
To cansada.
To cansada de mim mesma
To cansada da mesmíssi
Cansada de cuidar de todo mundo
To cansada se me preocupar com tudo e com todos
Eu so queria ficar só
So queria parar ee pensar em tudo
Eu queria cuidar de mim ms nao tenho forças pra isso.
Queria fazer varias coisas e nao consigo fazer nada.
Nao passa de uma vontade que me sufoca por nao consigui fazer nada.
Nos nossos relacionamentos passamos anos investindo, nos dedicando, deixando por menos,.. E Esperando, esperando que as coisas, as atitudes, as Pessoas mudem. Cansados, um dia a gente muda. E conclui que nada mais precisa mudar..........
Já não posso ficar de pé.
Sinto o peso do mundo caído sobre as minhas costas.
Já não abro os meus olhos
A pouca serenidade cegou a minha alma
Já nem oiço, tapei os meus ouvidos
E não com as mãos, mas com a alma
Porque cansei de tanto ouvir ruídos
Que já não me falam de bem de amor
Que já não me guiam e levam tudo para o rancor
Já não ando, para não cair nos buracos que eu cavei
Por agora acendo o cigarro, porque sei que não irá virar-se contra mim para queimar.
E isso, só imaginei.
Estou cansada: "da muita gente" "de conversa chata" "oi, tudo bem sem graça? " "abraços vazios" etc... essas coisas não faziam parte da minha essência, e corresponde-las também não deveriam, mas eu acabei correspondendo e estou de saco cheio com isso. Chega, a essência nunca precisou de muitos, mas é o suficiente. Eu tenho nojo do mundo lá fora.
O corpo cansou
A mente o carregou
Mas ela se esgotou, não consegue carregar nem a si mesma.
Perdi a Guerra que muitas batalhas venci.
Uma hora a gente cansa,
Talvez, cansar faça parte do processo de amadurecimento,
Um cansar que traz paz! Quase uma desistência....
A gente desiste de criar tantas expectativas, desiste de sofrer por qualquer coisa, desiste de querer ser o que não é! Simplesmente desiste!
Passa a deixar as coisas acontecerem, seguir o seu percurso!
Porque uma hora a gente aprende que certas coisas não dependem do nosso esforço, daí a gente cansa, desiste, amadurece!
Ando cansado, já não sou mais o mesmo, o meu vigor se desfaz como o gelo dias quentes, estou como um líquido a ponto de evaporar, estou como o vapor em meio ao espaço a se dispersar...
Tem horas que é melhor se calar, ficar em silêncio, ouvir o nosso “eu” e aquietar a alma...
Tem horas que discutir não leva a lugar algum, que a melhor saída é concordar e deixar pra lá...
Mas chega uma hora que isso machuca e aperta o peito, que acho que vou explodir e não aguentar...
Tem horas que o coração sofre e chora aqui dentro, ferido e cansado de se maltratar...
Tem horas que perco o rumo e minha direção, que choro escondida, calada, guardando a mágoa pra não brigar em vão...
Tem horas que sinto que estou bem perdida, que meu peito dói e me sinto sem chão...
Tem horas que quero sumir, desaparecer, ir pra qualquer lugar bem longe ou quiçá morrer.😥
Caso essa seja a nossa última vez
O último beijo
O último olhar
Saiba que foi mais que suficiente
Que o amor é real
E viver é amar
Você me iluminou
Me encorajou
Me deu forças
A cada nova chance
Certo dia, cansei-me.
Cansei-me das máscaras e do fingimento
Cansei-me da incapacidade de alcançar a paz
Cansei-me de quem não cresceu ou amadureceu
Cansei-me da mentira e da falta de empatia
Cansei-me do não Ser e do não Melhor
Ah! Como me cansei do não saber!
Então, parti de mim.
Parti para me reencontrar longe de mim
Parti para saber outros caminhos
Parti para acolher um outro fim
Parti para longe, bem longe do julgar
Parti sem culpa ou vergonha
Parti para regressar ao Hoje
Este hoje que sou
E para onde vou.
2019, José Paulo Santos
*Poeta e Autor de Aldeias em Mim
CNV — Comunicação Não Violenta
As vezes precisamos largar tudo e todos para que saibamos aonde nos perdemos durante nossa trajetória por ajudar tanto as pessoas... E assim com certeza entenderemos quem de melhor irá nos valorizar ou seja ... Nós mesmos !
Amanheceu
Nada pesquei
Parecia ser apenas mais um dia como qualquer outro
Estava cansado
Sem forças, desanimado
Decidido a largar tudo e parar
Esse é o meu mal: não viver, só sobreviver. Esse é o mal desse século, temos tempo para tudo, menos para VIVER
Hoje acordei e durante quase duas horas, fiquei olhando para o teto branco do meu quarto, e não era um olhar de admiração, não era. Era um olhar para o nada ou para tudo. Faltava-me força para levantar. As dores eram horríveis. Não sentia firmeza nas pernas, meu coração batia descompassado e num ritmo tal qual a bateria da Mocidade Independente. Meus olhos ardiam. Calafrios sequenciais. Sentia minha boca seca e meu corpo queimando em brasas. Resolvi consultar um médico, e lá fui eu sentar em frente ao computador, porque, afinal de contas, quem tem Google, não precisa de um médico real, ou precisa? Então, sentada com meu “médico”, disparei as pesquisas na página de busca, coloquei todos os sintomas, e ele, o Google, ou meu doutor, em segundos me deu inúmeras possibilidades: Chikungunya, dengue, zika, malária, pneumonia e tantas outras. Acreditei ser meu fim. Voltei para a cama e achei que chamar um padre para a extrema-unção seria o melhor a fazer, não custa nada estar preparada, mas, não o fiz. Por alguns instantes parei para pensar na vida, na minha vida, vida essa que não me deixa viver. Que me faz refém da rotina que eu mesma criei. Rotina essa que me consome dia após dia; falta de tempo ou de uma organização que não me deixe tempo hábil para fazer coisas prazerosas das quais preciso tanto: dançar, ir ao parque, cinema, teatro, rever amigos. Coisas que, por conta da correria, acabo deixando para depois, só que esse depois nunca se torna agora. Após essa breve análise, descobri que não tinha doença nenhuma para aquela imensa fadiga, desânimo, dores da alma. Realmente não era nenhuma patologia. Eu não estava doente: o que eu tinha era vida. Ou não tinha! Esse é o meu mal: não viver, só sobreviver. Esse é o mal desse século, temos tempo para tudo, menos para VIVER
A madrugada me desperta com seus dedos frios,
súbito me arrancando do lugar dos sonhos e maçãs.
Estive lá, amigos, em suores, tremores, elisões,
um país habitado por labaredas azuis, tão longe de tudo
e tão perto que meus olhos cansados me descreem,
desacostumados a olor de terra, a negras melenas.
Mas estive lá, amigos, os sulcos na pele testemunham,
estes espelhos nativos atestam, minhas mãos caladas certificam.