Candura
O poeta é candura no olhar
Um presságio de amor eterno
Um mágico sem cartola
Alegria sem folia
Choro sem lágrimas
Seja de noite ou de dia...
Existem tons de cinza que reflectem a silhueta de uma mulher ... a majestade e a candura da mais bela arte Divina que é a nossa mulher e parceira da vida e para vida.
Uma linda imagem de brandura pode adoçar o dia
com suas cores, contornos
e candura,
assim, facilmente traz alegria para os olhos
e na mente faz moradia
com um sentimento doce e satisfatório.
LUAR DE ABRIL
Na imensidão do céu, eis o luar
Cá no planalto, alvo de candura
Atraente, seduz o amor a trovar
Toando o negror da noite escura
Oh lua clara que surge em prece
Dando ao sertão diáfana tintura
Divinal tom, que o encanto tece
Ao sentido esplendida candura
Cor caiada, etérea luz, especial
Traçando no espaço sensação
Cintilando florescência no vazio
Luz densa de um leitoso cristal
Reina rútilo, insuflando emoção
No cerrado regalado luar de abril.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 abril, 2024, 19’57” – Araguari, MG
“Fog” no cerrado
A neblina guarda
a fria madrugada
e o cerrado se enfarda
em candura delicada
Ela vem de tão distante
sobre os galhos tortos
vibrante,
pensamentos absortos
e vai adiante...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 04’50” – Araguari, MG
O cerrado é um gole d'água na secura
Amargo, após saciado, vê-se o cerrado
Em sua candura árida, em sua ventura
Melancolicamente torto e cascalhado
Horizonte do por do sol que se agiganta
Um poema desigual, igual ser amado
Cerrado, gole na admiração que encanta
nega
não apresso mais
arriei a armadura
cansei do jamais
d’alma em candura
paz...
tudo vai à frente
a sorte lá traz
o silêncio presente
e o tempo voraz!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano
Menestrel do Mucuri
No berço febril de uma terra encantada,
O verbo floresce em candura e luz.
Nas trovas ardentes de alma inspirada,
O bardo se eleva, qual astro que reluz.
Perfume que dança no vento sereno,
Na rosa que exala ternura e paixão,
Rastro de estrelas num céu tão ameno,
Beleza que acende do peito a emoção.
No manto da noite, segredos se entregam,
Nos versos sublimes de amor sem igual.
Saudade e desejo, em sonhos navegam,
No barco singelo de um bem imortal.
Arrebol que brilha nas pedras douradas,
Tesouros que ecoam em Teófilo Otoni,
Dos montes altivos às luas prateadas,
A lira do poeta jamais se abandona.
No alto do Iracema, esplêndido brilho,
Resgata a essência da vida febril.
No peito do homem, em verso intranquilo,
Canta o Menestrel do vale sutil
A tua vida nunca mais será a mesma, Você está apaixonado pela minha alma que é vereda, candura e liberdade...
Pobre Alma
Almas empobrecidas
Por faltas de candura,
Alarvadas por carência de doçura,
Em estado dilacerado,
Coração desvenerado,
Lágrimas deixados tantos,
Sofreguidas de encanto,
Antes fosse comovente,
Pungente soubesse amar
Deixar de ser carente
E a alma se salvar.
Pintei num quadro
um bouquet de flores,
para dar-lhe com candura.
Adicionei ao fundo teu sorriso,
e agora resplandece em
Formosura.
Sol ,ilumina meu dia
Aqueça meu coração
Clareia meus pensamentos
Que tua luz prevaleça
diante do meu olhar
Para que eu possa
enxergar a vida
através da candura
e da mansidão.
10/9/15
Que o Sol
com sua imensa luz
ilumine minha vida,
Clareie meus pensamentos
e que essa luz prevaleça em mim.
Não permita
que se aproxime
quem me deseja a escuridão.
Que eu consiga sentir
apenas a mansidão.
Não acham que a prática de eleger um diamante é, ora bem, um pouco ridícula? Uma mulher não deveria ser valorizada por muito mais que sua aptidão na dança ou seu comportamento? Não deveríamos valorizar uma mulher por sua candura, seu caráter, suas verdadeiras proezas?
Vida e esperança
Sigo...
Em cada passo, meu próprio eu persigo...
Juntando pedaço por pedaço, meu caminho faço...
Pego carona nos meus sentimentos – não importa se alegrias ou tormentos...
Refugio-me nos cantos da vida... nos becos sem saída.
Aninho-me em meus próprios braços... me abraço.
Me amoldo a cada espaço.
Adormeço e sonho:
Abalizo um enredo.
Sigo-o sem medo...
certezas ou incertezas – não importa.
Vida leve ou de uma imensa aspereza,
brandura ou austeridade – não importa.
Sorrio...
Na vida há de ser ter eterna paciência... discernir quando parar... quando continuar.
Abro a janela... sorvo lentamente o ar que faz tão doce e leve meu levantar e respirar...
Na vida há de se ter doçura...
Na vida, como criança, um passo, outro passo... com pitadas de candura
... sigo
sigo sem nunca desesperançar.