Caminhando Sozinho
Caminhando sozinho tudo é sempre assim, os pensamentos se perdem no vento, e a inspiração nunca tem fim...
Não posso parar
Caminhando sozinho
Por escorregadios caminhos
Trilho o meu dever de seguir
Pois não posso deixar-me parar
Chuvas descem, ventos sopram
Mas não posso parar
Caminharei por caminhos
Talvez não desejados
Com a certeza de que
Não posso parar
Ainda que me perca
Ainda que nunca me encontre
Não, não me encontre
Ainda assim não posso parar
Pois onde eu paro
Não é o meu fim
Nem o começo
Parar não vem de mim
Nem eu mereço
Mesmo que ainda há um recomeço
Não posso parar.
Caminhando pela rua
Achei uma pedra no meu caminho
Mas eu sei,
Sei que não estou sozinho.
Estou com uma multidão,
Multidão de pessoas
Que tentam se manifestar em solidão.
Vejo a alma corrompida,
A alma que sangra, que grita
Uma alma que por mais que se tentem
Sempre tem uma ferida.
Onde estão os sentimentos?
Se foram aos ventos,
Vejo pessoas pedindo socorro
Em pleno afogamento.
Caminhando sozinho.
Noite fria na estação verão. Pontes iluminadas à luz da lua, sozinho, pensativo, cansado, sapatos nas mãos ele vem, desfrutando em silêncio a solidão, desejada, do abandono da noite, ele vem, e sabe que vai chegar, por umas das pontes que lhe serve de caminho, ele vem, no seu deslocar do lugar incerto contemplado de circunstâncias voluptuosamente atraentes e traidoras, para o lugar certo, onde ele, que vem, ansiosamente, descansará sem nada a questionar.
Apoio
Será que a minha vida ainda tem sentido?
Acho que não!
Sempre sozinho caminhando por aí
Sem carinho
Sem atenção
E as vezes me pergunto
O que eu fiz de errado?
Ouço o tique-taque do relógio e penso na vida
Preso em círculos
Confusões não são nada de novo
Recordações de noites, quase esquecidas
Como uma mala de lembranças
Hora após hora
Se você estiver perdido você pode procurar
E vai me encontrar, hora após hora
Se você cair, eu vou te segurar
Estarei esperando, amigo e pra essas coisas
escuridão virou cinza
Observando abaixo da sua cama
Está pensando se você está bem
Segredos roubados de lá do fundo
Cada momento ao seu lado e muito precioso para alguém como eu
Noite e dia ao seu lado, não há nada melhor
Mais todo mundo tem sonhos e claro você tem os seus
Não posso te forçar a desistir dos seus sonhos
Mais vejo que isso só te machuca mais e mais
Mas e a sua felicidade
Vivo ou morto
Pode contar comigo
Hora após hora
Em toda parte
No quadro, no quarto, a mesa ou caminhando sozinho, lá esta você com o sorriso mais bonito que já vi,
deixastes pra trás teu perfume, algumas fotos nossas e aquela mensagem,
me visitas no trabalho, senta-se comigo na calçada a noite, escuto tua voz nos sonhos e tudo isso parece tão real.
Volte logo! Preciso continuar escrevendo a nossa história.
Sem você eu não seria nada,
Só seria um pobre rapaz caminhando sozinho na estrada,
Sem você eu não seria ninguém,
Só seria um pobre homem procurando por alguém,
Por alguém que me fizesse feliz,
Que sempre me desse amor,
Que sempre me completasse nas horas que eu tivesse dor.
Sei o que pretendo . Sei o que não quero.
E caminhando sozinho ,descobrirei o caminho.
Doctorstrangelove
Coral Da Madrugada
Caminhando sozinho altas horas da noite que horas são? Apertando o passo para chegar mais rapido é o que quero então
E nesse caminho tudo parece um pouco assustador, o vento fino faz o clima ter um pouco de pavor
Na árvore tinha uma coruja e eu pensei não cante faz favor
Olhando para o lado vejo um gato miando e um grilo cantando com isso eles fazem o coral da madrugada
Caminhar sozinho essa hora é difícil ainda mais quando a luz do poste está apagada
De onde estou vindo? Não me lembro, só sei que amanhã um sermão vou estar ouvindo
Mas agora quero chegar em casa custe o que custar, se for possível vou correr até ficar sem respirar
O silêncio da madrugada vem com um ar de mistério, pensei nisso quando passei perto daquele cemitério
Oque será que pode ser perigoso agora? Fantasma? Monstros? , seja qual for eu saio fora
Passo perto de um andarilho e paro pra conversar, coloco a mão no bolso com dinheiro quero o ajudar
Fiquei ali uns minutos ouvindo ele suas histórias contar
Estou caminhando só, mesmo assim não sou digno de dó
Oque pode ser tão assustador que você não possa enfrentar? Enfrente a escuridão para o caminho encontrar e assim seu medo libertar.
Caminhando sozinho, olhos lindos me olharam com carinho, foi a mocinha mais bela do que uma flor, uma princesinha com amor e atenção que mudou a minha direção; me colocando em rota de colisão com o amor e a paixão.
Naquela noite turva, sem o seu carinho, numa curva do caminho, caminhando sozinho, com o meu orgulho ferido, me sentindo como um passarinho perdido, procurando o seu ninho.
Caminhando ao luar, sozinho a pensar no meu benzinho, a lua me fez carinho. a iluminar o meu caminho.
Estou no cume da solidão, no ápice da carência, como um boemio insone caminhando sozinho pelas vielas frias, e sombrias da madrugada, com seu nome valsando, no cabaré dos meus sentidos.
A forma de se reconhecer um líder, é quando vendo ele caminhando sozinho ou quando com boas pessoas ao seu redor.
Sendo portanto vistos como lídereres, saberão porque esses estarão a seu lado.
Não estás sozinho nessa guerra interna que estás enfrentando, Deus está caminhando ao seu lado, te levantando, enxugando cada lágrima que do seu rosto escorre. A caminhada te deixa mais forte, não pense que Deus te abandonou, olhe para trás, verás tuas pegadas que deixasse quando seus dias eram bons, nos dias difíceis, não se vê suas pegadas, pois Deus te carregou no colo.
A sensação que me dá é que, nas minhas costas carrego todo o peso da alma, caminhando sozinho, meus pensamentos se perdiam no ar.
Não preciso seguir o caminho
de ninguém. Pois sempre segui
sozinho e hoje continuo sozinho
na fé com Deus.
Maior Abandonado
Ele, agora crescido, caminha pelas ruas da vida com uma sensação estranha de vazio. As ruas, como ele, são lugares onde tudo se perde, a começar pela inocência. Quando era pequeno, falavam do "menor abandonado", aquele que, por falta de cuidados e afeto, era deixado à margem da vida. Mas, e o maior? O maior abandonado? Pensando na canção Maior Abandonado, de Cazuza, ele se vê refletido em suas palavras.
Este adulto, invisível em sua dor, carrega o peso da ausência e do silêncio. Não há mais mãos estendidas com a frequência de outrora para aquele que, supostamente, aprendeu a caminhar sozinho. O mundo acredita que ele já esteja forte, que o coração, endurecido pelo tempo, saiba resistir aos ventos gélidos da solidão. Mas quem cuida de quem já não sabe pedir? Quem estende os braços àquele que, por costume, esconde as lágrimas sob sorrisos apagados? Ele caminha, solitário, nas ruas largas, onde ninguém se enxerga. Tal como na canção, busca restos e fragmentos de ilusões. E o que passou, talvez, só ele saiba.
O maior abandonado não grita por socorro. Não em voz alta. Ele anseia por mentiras sinceras, por gestos que, mesmo que breves, o façam esquecer a solidão. Sentado à mesa dos encontros, ele ri das piadas, compartilha olhares, mas, quando as luzes se apagam, sente o eco de uma ausência profunda. Não há mais braços que o envolvam com o calor de antes. Não há olhos que vejam além das máscaras que ele se habituou a usar. E, por vezes, aceita a presença de um corpo, com ou sem amor, apenas para não ficar só. Como migalhas dormidas do pão de outrora. Sua alma clama em silêncio, mas o mundo parece ocupado demais para ouvir.
E assim, ele segue sua caminhada solitária. Pergunta-se, sem respostas, quando foi que deixou de ser digno de cuidado. Em que instante a vida lhe impôs o fardo de carregar sozinho dores que nunca cederam ao tempo? Ele percorre os próprios desertos e, a cada passo, seus ecos se apagam, deixando apenas o silêncio como companhia.
Talvez, no entanto, o maior abandonado não seja ignorado pelos outros. Talvez tenha sido ele quem, ao crescer, aprendeu a se esconder. Talvez a maior solidão não seja a imposta pelo mundo, mas a que ele mesmo construiu, ao deixar de acreditar que também merece colo, afeto e mãos estendidas. E talvez, no fundo, ele reze para que o sagrado o proteja de si mesmo — desse vazio que, por medo ou acomodação, continua a alimentar.
Leonardo R. Pessoa