Caatinga

Cerca de 38 frases e pensamentos: Caatinga

Caatinga espinhenta
Que arrebata o obstinado espírito
Do vaqueiro empinado de olhar empírito
Aboiando triste o magrelo barbatão

Caatinga malvada
Que açoita o espinhaço calejado
Do caboclo obstinado
Em morrer pelo seu mórbido sertão

Caatinga bravia
Que o tempo e a vida desafia
Impávida de decadente e ousada teimosia
Que não morre pela falta d'água fria
E nem se entrega ao sol ardente do meio dia

Caatinga sem noção
Que fura o olho do desavisado
E enlaça o valente de coração apaixonado
Com tamanho luar que atenua a valentia sem razão

Caatinga desalmada
Que abriga a alma perdida na desolação
E oculta o mistério do espectro fujão
Extinto da incrédula civilização

Caatinga estranha
De morredouro existir
Que ora parece deixar de viver
E de súbito volta a reluzir

Bonito mesmo é ver os galhos secos da caatinga ganharem contraste em meio ao céu negro iluminado pela veracidade de um raio.Bonito mesmo é sentir o cheiro de terra molhada, ver a casa cheia de sujeira que cai das telhas de cerâmica, ouvir meu avô tocar violão depois de tanto tempo, isso indica a alegria dele, bem sabe que diminui a preocupação dele.Isso me anima, isso anima qualquer nordestino. É o sinal que a chuva deve estar no local que a muito não visitava... E que a seca vá para o mesmo local que é mandada a escuridão na presença de luz

Eu sou da caatinga do sertão do nordeste, sou da garoa do sudeste, sou do cerrado do centro oeste, sou dos pampas do sul, sou da selva do norte, eu sou BRASILEIRO

Inserida por Araujo2013

CAATINGA

Há um tempo.
Em que o tempo.
Não ajuda.
A chuva não pinga.
As nuvens não carregam.
E também secam.
Seco é o ar.
Céu parado.
Acabaram as farturas.
Semear o que,
Se o tempo já se fez.
Nada que vai nascer.
Terra que vai padecer.
Esperança de um tempo.
De uma renovada vegetação.
Para a vida no sertão.

Inserida por GermanoGoncalves5

• Eles chegaram verdes, numa luz esverdeada, esverdeando a caatinga; reverenciaram o rio numa espécie de dança; a noite ficou tão fria ou uma febre aqueceu meu corpo de sustos e ansiedade. Choviam pedaços de luzes de todas as tonalidades e só caiam no leito do rio, a noite estava fantasmagórica alem da assustadora presença de Jupira num longo branco sob o cajueiro centenário: "as mentirinhas morrem afogadas no estio, as verdades florescem as margens do rio..." era uma espécie de ciranda que parecia envolver os invasores; atrás de uma pedra eu observava todo sibilar da nave que derramava luzes a um raio de trinta metros. Nuvens cobriram a lua e as estrelas e começou uma neblina; arrastei-me entre as vegetações até uma cabana próxima onde eu estava enquanto a chuva se tornava mais densa; percebi na cabana Jupira sob a chuva entre os extraterrestres, percebi que ela passava por uma verdadeira metamorfose e também ia ficando esverdeada, os traços do seu rosto, sua pele... jupira dançava com os verdes enquanto uma mangueira com um ruído diferente provavelmente abastecia a nave com a água do rio. Comunicavam-se de uma forma que eu não entendia. mas dava pra perceber: Jupira era um deles, eu só a reconhecia porque ainda estava sob o longo branco . cessou o ritual de dança, cessou também a chuva e o vento; os verdes adentraram a nave enquanto jupira se afastava ouvi então um zumbido ensurdecedor que me obrigou a tapar os ouvidos com os indicadores, por alguns instantes me afastei da porta e quando voltei percebi apenas jupira com o seu longo branco, sob o cajueiro com a sua ciranda esquisita:

• "as mentirinhas morrem afogadas no estio
• as verdades florescem às margens do rio..."

Inserida por tadeumemoria

O bando de Lampião, quando progredia pela caatinga sem demonstrar preocupações em ficar ocultos das volantes, objetivava, algumas vezes, atrair perseguidores para uma área onde fosse possível promover uma emboscada.

Inserida por historiasolidaria

Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca;

Inserida por AlvesMilena

A caatinga é uma bela dormecida.
Na seca dorme profundamente.
No inverno acorda para revelar toda sua beleza cênica.

Inserida por Rossangell

Na caatinga, o homem bicho bate em retirada, carregando apenas trapos, cambaleia. Cai.

Inserida por prifarias

Com avencas na caatinga,
Alecrins no canavial,
Licores na moringa:
Um vinho tropical.
E a linda mulata
Com rendas do alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo...
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal:
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

Inserida por cristosa

Brasilidade

Pendurei um pomar nas várzeas do meu sertão
Não uxicuruá ou paxiúba
Minha caatinga, meu vau
Que de raiz à raiz molha a laranjeira
Aqui não há tucunaré ou guanumbi
Só semente da terra que seca em meus pés descalçados

Nem o moço tupi me perdoa
Que terra seca, que olhos pálidos
Oxalá! Dita o negro surrado
“Não te preocupe, fí de Deus, terra há de se tornar teu berço!Oxalá!”.
Pois sim
Lá está um fruto graúdo do meu pomar
Felicidade do meu Brasil!

Inserida por SantosVasconcelos

Caatinga

A oiticica produz óleo
A imburana, com flores rosas
e a sempre-presente carnaúba apresentam-se como pontos num emaranhado de folhagens e arbustos espinhosos.
Há também o cróton ou caatingueira, o marmeleiro e a aroeira, bromeliáceas com folhas espinhosas e flores em densas espigas
resistentes e coloridas na estação chuvosa,
Suportar qualquer seca durante meses a fio.
Perdem todas as suas folhas e parecem mortas
Logo que começa a estação chuvosa
Revivem num arco-íris de cores tropicais.
Árvores e arbustos não são, as únicas coisas vivas
Uma variedade de animais selvagens lhe dá vida e variedade.
A astuta raposa e a furtiva onça
O tejuaçu, lagarto de dois metros, bem como tatus, preás
Lá no alto circula o carcará, gavião muito temido
e próximo ao solo abundam os pombos-selvagens.
As chuvas que caem de janeiro a março não bastam
Apenas consentem que surjam cactos e ervas espinhentas
que logo são consumidos,
em parte pelo gado faminto e em parte pelo sol inclemente.

Inserida por Lailin

Na caatinga, rimas de despedidas
feridas abertas
É minha sina
Penso que sou poeta...

Inserida por tadeumemoria

A CAATINGA AMANHECEU EM FLOR

Você falou que iria voltar, para mim.
Você saiu e levou o sol.
Você guardou as estrelas, para se lembrar.
Quando eu fui tua mulher


Aqui nunca mais há luz
Aqui nunca mais foi dia
Ninguém veio terminar
O que na noite enfureceu

Você sumiu
E, a lua foi visitar o sol.
E deste amor veio o arrepio

Você me amou na cama
no nosso altar
E levou a menina, que vivia em mim.

Você brincou com meu coração
Me aprisionou na sua história
Cansada de esperar:
Morri para mim.

E de tanto chorar dissolvi em lágrimas o meu sofrer
Umedeci rio, alimentei a dor.
Transformei a caatinga em flor

Matei a sede
Da minha alma
E, a caatinga amanheceu em flor.

Meu mar invadiu o sertão
Deu cheia no rio
Meu mar invadiu o sertão


Umedeci rio, extravasei a dor.
Transformei a caatinga em flor

Inserida por AngelicaRizzipoeta

COISAS INGÊNUAS
O que fizemos ontem
O céu azul, o vinho, o blue e a caatinga
A arder a seca, a derramar carências
Santa demência,
Poeira branca do que foi o Jaguaribe
Deus me livre daquele olhar
A inquirir os meus desejos
Chama ardente a queimar na alma
Que quanto mais olhava mais incendiava o meu olhar
Sempre acreditei no amor das coisas ingenuas
Sempre declamei a grandeza das coisas pequenas
Mas se desvirtuei foi por paixão,
Foi por paixão que derramei o meu querer
Foi por querer que perfurei seu coração
O que fizemos ontem nunca mais se fez
A caatinga ainda rasteja, arde esparsa
Parca, incendeia, mas se chove, floresce e viceja
Porque vicejar é da flor...

Inserida por tadeumemoria

A CAATINGA

Caatinga,
Sol 40º,
Pegadas secas,
Nos rios secos.
Mandacarú,
Flores alvas,
Alimento,
Carcaça de bois,
Como troféus abandonados,
Fazendo cemitério...

Caatinga,
Pobre mendigo,
Desamparado,
No nordeste,
Que nem o céu,
Não mais ouve,
O grito agreste
De suas dores!

Inserida por toshiakisaito

Caatinga
~ Conjuntura Ambiental ~


A Mata Branca…
À sombra da mais rubra flor amarela em brilho
Emana-se em vida ao proferir da época
Porquanto se quiseras verde estiveras cinza
De quando se fizeras cinza estiveras verde
Por consequente for do tempo estar
Revelando-se em essência o colorir em traço
À bruta pedra a se brotar em seiva
Implodindo em cores a ascender ao tom
Entoada na macambira, no umbuzeiro, no mulungu,
Na umburana, na catingueira, na faveleira, no umburuçu, na flor roseira do mandacaru,
Na carreira ligeira da cobra corredeira, do tatu, do teiú, do calango, do preá, do caititu, no voo rasante da coruja buraqueira, do carcará do nambu…
Do bem-te-vi,
Quem bem te quis te ver por lá…
Na caatinga a se pronunciar…
Bem-te-vi feliz por estar
Emoldurada num cenário de riqueza, força, vivacidade e beleza…!

Inserida por ManolloFerreira

CAATINGA

Não tente criar raízes na caatinga!
Procure por lugares mais prósperos e recíprocos à sua natureza.

Inserida por Bacic

Nordeste, meu País onde o Rei usa chapéu de couro e gibão, corre por entre a caatinga na pega de boi, brinca vaquejada, come carne de sol com farinha, lugar onde nasceu o carnaval e a micareta, terra de Armandinho, Dodô e Osmar, Nordeste meu Nordeste, porque o destino reservou tantas alegrias? Tantos filhos ilustres? É para amenizar o sofrimento provocado pelo sol que assola nossa terra? Se for obrigado meu Deus por ter feito um povo forte para uma terra abençoada.

Inserida por ReinaldoVasconcelos

⁠MONTE DAS CRUZES

A Caatinga imponente e valente.
Reina no sertão nordestino.
Ajoelha e reverência,
Aquele que ela endeusa.

Vencida pela força da ondas.
Nesta infinita peleja.
Onde o Sertão encontra o Mar
Profetizando a Mãe Natureza.

Inserida por Negreiros