"A troca da Roda" Bertolt Brecht
Nada pode ser obtido sem uma espécie de sacrifício. É preciso oferecer algo em troca de valor equivalente
Um excelente profissional ama o que faz e serve sem esperar algo em troca. Seus ganhos sempre serão duradouros.
Somente um tolo busca garantias no amor. O amor demanda tanto de nós que, em troca, tentamos garantir que dure.
Aprendi, que nao posso exigir muito das pessoas e nem tampouco esperar nada em troca do bem que eu fizer, porque cada, um oferece extamente aquilo que tem...
O homem troca a natureza por dinheiro e quando ela se revolta contra os atos do ser humano ainda dizem que é culpa do próprio planeta...
Pra ser amor deve haver reciprocidade, troca , interação, vontade de estar junto, que amor sempre envolverá dois corações, e não uma alma solitária.
As vezes damos tanto amor e carinho à alguém do qual amamos tanto,mas em troca disso recebemos apenas o despreso.
Quando nós estamos apaixonados
podemos fazer muitos sacrifícios sem
esperar nada em troca, além da
felicidade de quem a gente ama.
Mas é legal se perguntar se essa
outra pessoa também seria capaz de
fazer isso e abandonar tudo pela
gente?
Porque se não for assim, vale a pena
continuar amando?
O mais assustador é que contra toda
a lógica a resposta poderia ser SIM
Ajudar alguém é uma forma legítima de superioridade. Não exigir nada em troca é uma forma de superação.
O que está acontecendo?
Vejo a diversão de uns em troca do sofrimento de outros...
Vejo a paranóia da modelagem...
Vejo a era do imediatismo...
Do conformismo...
Do consumismo...
Do coitadismo...
Vejo bonecos de ventríloquos serem reconhecidos como heróis...
Vejo o tempo fracionado, às vezes com lágrimas, outras vezes como um mar vermelho de montanhas brancas...
Vejo que o escuro mostra claramente o que o claro esconde as escuras...
Posso ver uma lua minguante no rosto dos passantes...
Posso ouvir as imagens...
Enxergar os sons...
Posso sentir o sangue frio e assustado saltitar em minhas veias...
Me contorço! chego a ter taquicardia com o som ensurdecedor dos meus pensamentos...
Sinto o vento deslizar desesperado sobre a minha pele...
Fugindo?
Fugindo da ignorância!
Vejo pessoas sendo domadas por máquinas...
Vejo máquinas montadas sobre pessoas...
Foram criadas por nós...
Estamos a ser substituídos por elas...
Olhe para os pássaros!
Ouça seus cantos!
Não são mais os mesmos, pedem socorro através deles...
Onde estão as peripécias?
Você as viu por aí?
Vejo células cancerígenas contaminarem sutilmente as partituras...
Observo o mar lacrimejar silenciosamente às escondidas...
Assisto ao sol proclamar para a lua que não a empresta mais o seu brilho...
Vejo as nuvens se recusarem a decorar o céu...
Vejo seres pensantes sendo asfixiados com seus próprios pensamentos...
Vejo a espécie humana distinguindo-se em várias outras...
Vejo um simples papel sentar-se no trono como o deus das nações e para adorá-lo noto uma corrida de velocidade em que no final da prova completa-se com um salto em profundidade...
Vejo o motor do orgulho, auto-suficiência ser ativado pelas engrenagens do ódio, individualismo, preguiça, ambição, inveja e sendo movido com o combustível da competição...
Posso ver crianças, jovens e adultos, idosos se lambuzarem com o prazer imediato e envenenando-se com a cicuta da infelicidade...
Vejo muitos rodeados por multidões, mas sozinhos, isolados e abandonados dentro de si mesmos...
Ouço a arte gemer de dor...
Assisto as drogas cantarem alegremente...
Vejo grupos se digladiando por almas...
Vejo a música sendo afogada...
Vejo olhos vomitando lágrimas...
Vejo lágrimas vomitando olhos...
Vejo a separação...
Exclusão...
Eliminação...
Insatisfação...
Sinto medo de chegar em casa, de tocar as portas, paredes, janelas, os retratos entreolham-se sufocando-me...o silêncio é ensurdecedor, apavorante e golpeia-me com suas vibrações...
Vejo palavras vazias...
Sorrisos programados...
Atos ensaiados...
Mentes ajustáveis...
Vejo o capitalismo da mentira...
Milhares moram em palácios, porém habitam o anonimato...
Vejo o ser mutilado!
O ter exaltado...
Vejo a humildade esquartejada!
A arrogância endeusada...
Vejo a simplicidade amordaçada!
Os disfarces adorados...
Vejo a alegria sendo sepultada!
A falsidade almejada...
Bebemos e degustamos aos poucos do líquido da morte!