Poems de natal

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Não há prazer em possuir algo sem companhia.

A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário.

Geometria dos ventos

Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.

(Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco)

Quem julga pelo que ouve e não pelo que entende, é orelha e não juiz.

Temos na filosofia uma medicina muito agradável, pois, nas outras, sentimos o bem-estar apenas depois da cura; esta faz bem e cura ao mesmo tempo.

Os superiores nunca perdoam aos inferiores que ostentam a aparência da sua grandeza.

Contra o calar não há castigo nem resposta.

Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso valor.

Muitos homens têm um orgulho que os leva a ocultar os seus combates e apenas a mostrarem-se vitoriosos.

Muito se perde por falta de inteligência, porém muito mais por preguiça e aversão ao trabalho.

É o desejo que cria o desejável e o projeto que lhe põe fim.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. The Ethics of Ambiguity,1947

As desgraças buscam o desgraçado mesmo que ele se esconda nos cantos mais remotos da terra.

A beleza na mulher honesta é como o fogo afastado ou a espada de ponta, que nem ele queima nem ela corta a quem deles se aproxima.

Quando não podemos gozar a satisfação da vingança, perdoamos as ofensas para merecer ao menos os louvores da virtude.

O infortúnio é um degrau para o gênio, uma piscina para o cristão, um tesouro para o homem hábil e um abismo para o fraco.

Nunca devemos dizer tudo, pois seria tolice; mas é indispensável que aquilo que se diz corresponda ao nosso pensamento; de contrário, é maldade.

O pobre lastima-se de querer e não poder, o avarento ufana-se de que pode, mas não quer.

A glória é um veneno que se deve tomar em pequenas doses.

Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.

A paixão da leitura é a mais inocente, aprazível e a menos dispendiosa.