Embora os homens se gabem dos seus grandes feitos, estes, muitas vezes, são consequência, não de um forte desígnio, mas do acaso.
Não damos nada tão generosamente como os conselhos.
Por mais que falem bem de nós, não nos ensinam nada de novo.
Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.
A verdade não faz tanto bem neste mundo como as suas aparências fazem mal.
Os vícios entram tanto na composição das virtudes como os venenos na dos remédios.
Nunca haveria prazer se nunca nos pudéssemos gabar.
Perdoamos com facilidade àqueles que nos aborrecem, mas não conseguimos perdoar àqueles a quem aborrecemos.
O homem existe apenas no combate, o homem vive apenas se arrisca a vida.
Não devemos julgar os méritos de um homem pelas suas boas qualidades, e sim pelo uso que delas faz.
O maior milagre do amor é o de curar da galantaria.
O espírito é sempre vítima dos enganos do coração.
Todo o bem que dizem de nós não nos diz nada de novo.
A graça é para o corpo o que o bom senso é para a mente.
Aqueles que se aplicam muito minuciosamente a coisas pequenas, frequentemente tornam-se incapazes de coisas grandes.
A nossa desconfiança justifica o engano alheio.
Confusa época em que os museus se transformam em igrejas e igrejas em museus.
A coragem é ser ao mesmo tempo, e qualquer que seja o ofício, um prático e um filósofo.
Um belo livro é aquele que semeia em redor os pontos de interrogação.
A moda morre nova. É isso que torna grave a sua leviandade.