Jean la bruyère
O que não vale a pena, deixemos para lá. Só devemos nos ocupar daquilo e daqueles que são luz para nosso caminho...
A PROCURA DA FELICIDADE
Felicidade, onde encontrá-la? Não é fácil dizer o que é, nem onde encontrar a felicidade, porque às vezes ela está tão perto que não podemos percebê-la. Mas, afinal de contas, o que é a felicidade? "Felicidade é a realização do ser consigo mesmo". Ou seja, ela está dentro de cada um de nós! O problema é que uns permitem que ela se manifeste e outros não. Convido você, de uma vez por todas, a ser feliz! Se aceitar, o segredo é: reconheça o que você é, o que tem, e o que você faz. Você - uma jóia raríssima, única em um universo de 7,8 biliões de pessoas. O que você faz? O que você faz determinara o seu futuro. E o que você tem? Você tem a oportunidade de, quem sabe, recomeçar tudo de novo. Só que agora o seu diferencial será a felicidade com o que você é, com o que tem, e com o que faz.
Permita-se ser feliz!
EI, ACORDA
Ei, acorda veja o dia lindo que esta lá fora, veja o sol nascendo derretendo o orvalho da flora e os pássaros cantando louvando a quem tudo isso controla.
Abra os olhos com esperança, pois mais um dia amanheceu, agradeça pela bonança e por tudo que Deus te deu, pois debaixo desse teto que você descansa um anjo te protegeu.
Sinta o vento que sopra o ar, agradeça que você possa respirar, corra não se limite a andar, não tenha medo do futuro que vai chegar, pois os sábios estarão nele e também os que tem fé pra acreditar.
Sinta a vida que corre no seu ser, essa energia que te rodeia, isso se chama viver, nesse universo somos grãos de areia e mesmo com o inimigo que nos odeia há um Deus que ama você.
23/06/2020
La fora que nos deparamos com as nossas vontades.
Na “caverna” é sombrio, há medo e frio.
Respirar o ar de fora é libertador, amadurecer nossas “(in)verdades”.
Às vezes “lá dentro”, nos prendemos por algo que há muito tempo já não é nem mais nosso.
Enquanto a vida chama, lá fora, por novas conquistas, sonhos, e batalhas para serem travadas, e quem sabe até vencidas.
Sei que não é fácil sair “de dentro”, pois, cada um tem seu tempo de recompor-se, e o de parecer que permanecer ali, quieto, imerso em pensamentos, será melhor, pois, traz uma falsa sensação de paz. Amigo(a), eu já estive lá, e, no fundo, eu sabia que precisava sair quanto antes. Enquanto ainda restassem sonhos dentro de mim.
Acabei de sair da “caverna” das minhas dores, ainda não sei nem ao certo para aonde ir, porém, só a possibilidade de sentir algo, que nem ao menos percebo o que é, já é libertador…
Porque o sentir é tudo! É quando saímos da prisão de nossos medos, frustrações e derrotas e finalmente conseguimos entrar de nós mesmo, para viver o que ainda está lá, latente.
Manter a calma quando a paz reina é sinônimo de fluidez da normalidade. Mantê-la em meio às adversidades é contrariar o óbvio, é permitir-se utilizar do psicológico de maneira exclusiva, de enconcontrar equilíbrio emocional em sua fonte original, é otimizar a capacidade de resolução das aflições.
A Taça
Lá bem longe, onde o horizonte descansa e o vento faz a curva e a vista nunca alcança e imaginação descreve, tem uma cidade e no seio dela há um mercado que vende todas as intenções.
Há cheiros saborosos, paladares indescritíveis e ideias nunca despidas e negócios sem questão de pendências.
As portas se abriam ao último vento frio das madrugadas e se encerravam ao findar e ao tremular a última questão.
Junto ao burburinho ela adentrou a procurar algo mais que o destino guardara e o desejo não lhe proporcionara. Revirou não encontrou e na saída viu uma velha maltrapilha com uma taça cravejada de pedras preciosas, bordada com filigranas de ouro.
Teve piedade e se condoeu por ela, velha, sozinha e na sua bagagem somente a taça.
Foi depositar uma moeda em seu xale esparramado pelo chão e a velha sussurrou.
— Não preciso de esmola.
— Então me vende esta taça quanto custa? Quero ajudá-la.
— Quero uma morte digna, um teto cheio de palavras amorosas, ouvidos curiosos para que eu possa contar minha viagem e mentes sem julgamento para desdobrar minha bagagem.
— Mas o que esta taça guarda em segredo para que eu possa levá-la e a você em minha história?
— Se beber o que ela contém, terá a solução de todas as suas perguntas.
Respostas que nunca achará em livros e a inteligência de ninguém vai verbalizar para acalmar seu coração.
— Vou pensar, consultar as entrelinhas, volto logo.
— Estarei aqui, pode ir à diversidade desse mercado que não vai preencher seu coração.
Caminhou lentamente de coração vazio entre as sedas macias e esvoaçantes do mercado. Não se encantou com as suas cores alucinantes.
Colocou nos dedos anéis fabulosos de pedras facetadas e lapidadas mas que não contornavam nem de longe as curvas de sua insatisfação.
Observou os mágicos, mas sabia de todos os seus truques. Comeu quando o estômago desejou, mas não houve surpresa no seu paladar.
Sentiu o perfume absorvido de toda a ciência e alquimia, mas seus cheiros não descortinam nenhuma lembrança.
Ficou cansada, tinha que voltar, sua ausência estava expirando, voltou à velha:
— Eu compro esta questão.
E foram para casa e a viagem apenas começou.
Todas as manhãs, em sua cama profundamente macia em sua tenda com tudo o que era sua conquista, abarrotada de troféus dependurados e perfumados e os dedos cheios de anéis diplomados, bebia da taça e sua mente se abria, clareava e tinha a solução de todas as questões.
Mas o tempo soprou e as dunas mudavam de paisagem e o que era ontem, hoje tinha outra face e o que era absoluto ontem, hoje de nada valia e as questões iam e vinham, passavam mas não encontravam repouso, resolução não terminavam, caiam feito goteiras, cada dia em lugar diferente.
Ela se irritou; tudo tinha que acabar. Queria um mundo soprando fresco em sua face, absoluto, sem discussão de nada.
Foi à velha reclamar.
— Bebo da taça velha, todos os dias e quanto mais bebo mais goteiras perturbam minha calma, você iludiu meus pensamentos e minhas melhores intenções, onde mora a solução finita de todas as minhas angústias?
— Você tem que beber da outra taça.
— Onde está a outra taça?
— Eu bebi tudo o que nela continha e a manuseei tanto que ficou gasta, fina, transparente, trincou as bordas e a haste
esfarelou e virou areia que o vento do deserto sopra.
— Velha você me enganou e me vendeu ilusão. Qual a verdade que mora nesta taça ou vai me vender à prestações? Vá ao deserto agora e diga ao vento para juntar todos os fragmentos e monte outra taça porque eu quero beber dela.
— Isto é impossível! Não posso recolher palavras de uma vida, não posso relembrar de todos detalhes. Na verdade tudo que bebi habita comigo, me escute.
— Não tenho tempo.
— Então não tem sabedoria, "o saber” leva tempo saber: é uma consulta longa e o diagnóstico, a conclusão, é sem tempo exato.
— E o que faço com a senhora, a jogo nas esquinas?
— Eu sou taça, a sabedoria que você tanto procura não vai acalmar suas decisões e não vai ser taça se não me escutar. Vai ser areia triturada do deserto e nem vai saber onde ficar quando envelhecer: vai vagar, perambulando, rodopiando feito areia sem dar a ninguém o seu recado.
Tem que reescrever e solucionar todos os dias. Todas as horas. E o mundo vem, pisa em cima de suas intenções e você novamente reescreve. Deixa seu rastro. Sua Verdade. Sua Sabedoria. Sua persistência.
Por que quem vive muito, rejuvenesce nos ouvidos de quem escuta.
E o ou vinte amadurece.
Alcança cheiros, sabores, paladares indescritíveis, amadurece na procura e aprende que além dessa taça existe outra e esta não está à venda mas dela todos podem beber se você tiver fé na sua sabedoria.
Dentro dela há a esperança que encurta todos os caminhos.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
A sala de aula é um lugar mágico! Lá conhecemos pessoas que podem marcar nossa adolescência, juventude ou até a vida inteira! Lá vivemos momentos únicos, aquele dia, aquelas pessoas, com aquele assunto discutido pela primeira vez, nunca, nunca, nunca mais se repetirá!
Para a grama verde lá fora
Virei cenário
Agora é ela que me observa
Presa aqui, na moldura da janela
A consequência de viver abaixando a cabeça pra tudo, é não saber levanta-lá quando for preciso; e de certo será, pois na vida Deus ajuda, mas além dele a caminhada é sua, a guerra é sua! Cada respiro, lágrima vem de você então não desista.
Com o tempo aprendi a não me apegar
Aprendi a deixar pra lá e aprendi que querer é uma droga...
Tal como a busca de ser desejada em si...
mas foi tarde que descobri que ambas viciam...
e que uma vez viciada, difícil desapegar! Difícil não desejar!
MERDA
(in Quando tu te foste)
-Como esquecer alguém que não sai da sua cabeça?
-Não sei, sei lá. Talvez não esqueça, nunca esqueça, só tem que se acostumar com a ausência.
Não busque lá fora o que está dentro de você, pois a mente só acredita naquilo que seus olhos podem ver. José Meireles
Pé de Caiçara
Descalço, pulando de pedra
em pedra, lá vai o Pé de Caiçara.
Febril, repleto de espinhos
do ouriço, lá vai o Pé de Caiçara.
Cortado, das cracas nas pilastras,
lá vai o Pé de Caiçara.
Queimado, no soldado, da areia
quente de um dia ensolarado,
lá vai o Pé de Caiçara.
Batendo na natação, saltando
no pontão, girando na capoeira,
marcado com os calos da chuteira.
Lá vai o Pé de Caiçara
com suas Havaianas nas mãos.
Trepando na goiabeira,
na mangueira, no coqueiro,
no pé de jambolão,
lá vai o Pé de Caiçara.
Sujo, quebrado, torcido, com bicho
geográfico, unha encravada
e frieira, lá vai o Pé de Caiçara.
Lá vai o Pé de Caiçara correndo.
Lá vai o Pé de Caiçara tropeçando.
Lá vai o Pé de Caiçara
para mais um escorregão.
Lá vai o Pé de Caiçara,
de novo de pé, amigo do chão.
Educado no sapato,
livre tocando o mar.
Lá vai o Pé de Caiçara, pisando
em lugares que a Mente de Caiçara
nunca pôde imaginar.