Jean la bruyère
“Não saber a verdade ou conhecê-la e não aceitá-la é passível ao ser humano !
Tentar negar os fatos, verdades, porque não coadunam com o seu paradigma, se não for uma patologia ou imaturidade, é de fato, lamentavelmente, falta de caráter”
Ney Batista
Jan/09/2021
“Fé é a força motriz de nossa vida que nos leva onde queremos chegar. Não tê-la é como se estar num barco à deriva, não escolhemos para onde ir, apenas somos levados”
Ney P. Batista
Apr/07/2021
Escolhas não descartam perdas, portanto ser seletivo não é lá grande coisa num mundo onde, quando da morte, tudo acaba. Principalmente quando essas escolhas, são voltadas à satisfação do próprio ego.
Ney Paula B.
“Não busques a felicidade, será difícil achá-la. Procures obter e viver o dom da paz que Cristo nos deixou como dádiva e então saberás o que é ser feliz.”
Ney Paula B.
Clara nasceu numa aldeia onde o céu era sempre azul. Lá, o vento soprava suave, a chuva caía mansa, e nunca se ouviu o eco de um trovão. O frio não cortava, os relâmpagos não riscavam o firmamento, e a noite chegava sempre tranquila, sem ameaças.
Por isso, quando visitou um vilarejo distante e viu o céu escurecer pela primeira vez, sentiu o coração apertar. Os primeiros estrondos pareciam rugidos de feras invisíveis, e os relâmpagos arriscavam o horizonte como garras luminosas. Enquanto todos ao redor admiravam a dança dos relâmpagos, Clara se encolhia, aterrorizada.
Até que, um dia, uma tempestade a surpreendeu longe de casa. Sem refúgio, sem o céu azul de sua aldeia para observar-la, ela decidiu enfrentar o medo. Com a voz trêmula, os olhos às nuvens e singularmente: "Por que me perseguem?"
Para sua surpresa, os trovões responderam, não com um rugido ameaçador, mas com uma voz grave e antiga: "Não temas nossa voz, pequena. Somos mensageiros, não inimigos."
Intrigada, Clara começou a escutar. Descobriu que os trovões não eram ameaças, mas avisos. Aprendeu a decifrar seus sinais: um trovão breve fez calmaria, três seguidos anunciaram tempestades. O que antes era apenas medo de se transformar em compreensão.
Quando voltou para casa, Clara trouxe consigo um novo conhecimento. Sua aldeia, acostumada ao eterno azul do céu, passou a ouvir histórias sobre as tempestades. E, quando um dia as nuvens escuras finalmente chegaram à terra, Clara se apresentou diante delas e sugeriu uma canção suave. Os trovões, confirmando sua coragem, ecoaram em toneladas mais brandas, anunciando a chegada da chuva sem medo, apenas respeito.
Desde então, sua aldeia não teme os trovões — escuta. E Clara, a menina que veio do céu sempre azul, tornou-se guardiã entre a terra e o céu, lembrando a todos que o desconhecido, quando compreendido, transforma-se em poder.
O Tempo que Não Volta
Eu sou a memória que dança no vento,
um eco de risos, um doce lamento.
Sou a criança que correu no quintal,
com os pés descalços, num mundo imortal.
Eu vi nos olhos dos homens de bem,
a força do caráter, o amor que se tem.
Vi nas virtudes, tão simples e puras,
a luz que curava as dores mais duras.
Eu brinquei com o tempo, sem medo de errar,
construí castelos que o vento levou.
Pulei amarelinha, subi em árvores altas,
e nas noites de lua, contei tantas estrelas.
Eu sou a alegria que não se repete,
o abraço apertado, o doce biscoito.
Sou a inocência que o tempo levou,
mas que em meu peito ainda vive, ainda dói.
Eu vejo agora, com olhos de gente,
que o tempo não volta, que o tempo não mente.
Mas guardo comigo, no fundo do ser,
os valores que ensinam a gente a viver.
Eu sou a criança, o adulto, o passado,
o futuro que espera, o sonho guardado.
E mesmo que o tempo não queira voltar,
Guardo minhas virtudes, pra nunca parar.
Nao se conhece uma mulher pelo seu exterior, ela mostra o que quer, para conhecê-la, necessita mergulhar profundamente em sua Alma.
É preciso ler seus silêncios, compreender seu olhar e principalmente ouvir o que diz as batidas do seu coração.
Para conhecer uma mulher, é preciso viajar em seus sentidos, observar sua alma selvagem e não teme-la, pois se de verdade a conhecer, então entenderás que quando ela escolher ser sua, não será de mais ninguém.
Portanto, olhe-a com os olhos da alma, receba-a pelas portas do coração!
A felicidade não é algo que se encontre,
por isso não faz sentido procurá-la,
temos que agir em prol de ações pessoais
que possam contribuir para a sua
constante construção,
pois ela é passageira
como todo o resto.
O maior mal que o neoliberalismo fez à escola, foi torná-la em um ambiente de
de profissionais na arte de auto-negar a sua capacidade de educar.
A vida é uma passagem,
por isso, quem busca entendê-la, utilizando de
todos os seus esforços,
perde a oportunidade de viver as experiências
que ela tem a oferecer.
A felicidade é algo que não podemos dizer como alcançá-la,
não podemos traçar modelos para que outros a alcance,
porque ela é relativa, pelo fato de ser pessoal, logo,
o caminho que pode me conduzir a um estar feliz,
pode não ter o mesmo destino que outros possa encontrar.
A felicidade não é algo que se possa adquirir,
ou de buscar para encontrá-la,
porque ela não é um objeto de posse.
A mesma é um sentimento momentâneo,
porque somos inconstantes e estamos
sempre sendo influenciado por ações
que são externas ao nosso ser.
Que sentido podendo atribuir à vida, se não conseguimos enxergar a importância de vivê-la harmoniosamente? Portanto, os conflitos são sinônimos de nossas intolerâncias que se traduzem na insignificância do viver de forma bela.
A dor, como tudo na vida, é passageira. O que dificulta superá-la, às vezes, é o fato de não enxergarmos que para tudo existe uma solução e o que estava nos afligindo não é merecedor da atenção que estávamos dando, por isso, somente o tempo é capaz de nos ajudar a percebermos o quão poderíamos ter sofrido menos.