Borboleta e o Casulo
SAINDO DO CASULO...
Agora, sou apenas um casulo de mim mesma onde borboletas se debatem querendo voar, e quem sabe nesse desencontro entre atalhos e reversos eu possa me encontrar.
Costumo dizer que as pessoas quando morrem, saem do casulo, viram borboletas, e voam por esse mundo a fora, procurando por uma flor para pousar e descansar da sua longa trajetória vivida.
“ Sou como uma borboleta na crisálida em constante metamorfose.
As transformações são doloridas, pois nos tira da zona de conforto para nos conduzir para o novo. O desconhecido é assustador, porém necessário, afinal chega um momento da vida em que não nos cabe mais as mesmas roupas, os velhos hábitos.
A transformação, ainda que dolorosa, é uma possibilidade de preservação da vida. Entre dores e anseios vivo o silêncio na expectativa pelo grito de liberdade. Já sinto minhas asas se formarem não importa o tempo e nem as adversidades, pois a minha essência é a mudança e o meu destino é o voo.”
Viviane Andrade
Minha alma é um casulo universal no exercício constante do seu ofício que é libertar as borboletas do meu pensar rumo à direção da luz das palavras.
Como borboletas, que seguem em direção à luz, que cada uma de nós saiba abandonar os antigos casulos e voar em direção à luz, desse dia, que está trazendo o novo, a mudança, a alegria, em direção ao brilho da vida, que está no dia, que acabara de nascer, com o sol maravilhoso e o céu azul a nos encantar
O inverno é tal como o casulo de uma borboleta, é a época das metamorfoses da vida. A primavera, diferentemente, é a época da conclusão, libertação, é o momento de, finalmente, mostrar ao mundo as suas novas asas.
Fico a imaginar o processo que a borboleta ela ha de passar...
no momento do casulo a esperança dela ha de falhar, mais conforme o tempo a luz a de enxergar, quando em fim do casulo sair, além de uma bela luz ver, consegue voar e chegar nos lugares mais lindo que no mundo existir.
A lição é : Não importa se o casulo fechou ou se a esperança por triste acabou, a luz a de brilhar e te mostrar que mesmo que falha a sua esperança o novo dia chegará .
Tenho alma de borboleta
querendo brincar
de esconde esconde
no meu casulo .
Talvez voar ...
Seja mesmo a melhor versão
que tenha de mim.
Fiz-me casulo para esperar o lindo dia que você
Iria fazer me tornar uma linda borboleta.
Foram meses, dias, noites, a cada sol uma esperança
Acordei em uma escuridão, sem luz, sentindo frio...
A solidão dói.
O inverno trás um frio lá dentro,
Que me faz sofrer, por não te ter.
Lá fora, uma chuva fina, contínua
Competindo com meus olhos,
Que verte lágrimas de saudade.
Em vez de uma linda borboleta
Estava me transformando em um corpo vazio,
Sem amor, sem cor, sem vida...
Foi difícil abrir mão, de ser você a fazer me voar
Das tuas mãos sentir o brilho no olhar.
Saí do casulo em tempo de me salvar e ser uma linda,
Borboleta!
Muitos anseiam pela liberdade das borboletas, porém poucos escolhem tecer seu próprio casulo e permanecer firme até que a metamorfose acabe.
De um casulo esquisito pode sair uma linda borboleta. Porém, não sendo ela de agradável aparência, ainda assim pode voar.
A igreja está para a nova humanidade o que o casulo está para a borboleta. Já não somos a lagarta (velho homem), mas ainda não alcançamos a perfeita humanidade. Estamos em plena metamorfose.