Boi
A vida possui uma metade de couro para dar àqueles que desprezam os pais,
eles que deram a saúde ou a própria vida para criar seus filhos.
Dizem que:
Não podemos comer aves no Réveillon, porque elas ciscam para trás.
Com essa lógica, na virada:
Não podemos comer churrasco, porque bois têm chifres.
Não podemos comer porco, porque porcos são sujos e preguiçosos.
Não podemos comer peixe, porque peixes são burros o suficiente para morder uma isca que claramente está presa no anzol.
A PAREDE é uma adolescente ingrata, malcriada e semi surda, com uma imaginação maldosa que faz com que ela escute um "oi" e espalhe que do outro lado tem um boi.
Hoje tive aquele tipo sonho que quando acordamos não lembramos de nada. Porém eu tenho certeza que sonhei que era um vaqueiro e eu caia do boi, o boi me pisava, dava vários coices, pisava novamente, se jogava em cima de mim, dava chifrada e cabeçada. Pois, pense num dia que me levantei quebrado e estraçalhado.
A jornada da vida é como uma trilha sinuosa, cheia de desafios e surpresas. O segredo está em apreciar cada curva, aprender com cada pedra no caminho e encontrar beleza nas paisagens que se revelam diante de nós.
BOIS DE CANGA
Semelhantes ao bois nas cangas
Aprisionados pelos canzis
Ajojados pelas guampas
Regidos por causas vis
Lacranando suas estampas
Em nome de uns imbecis.
Começou a batucada
da Marujada de Guerra,
o Levantador de Toadas
cantou para a galera:
- O Brasil está vivo
dentro de mim!
O Boi Caprichoso chegou
para trazer paz e amor
para a nossa terra,
mal sabem eles que
o Boi também é poeta.
O Amo do Boi vestido
com as cores das Naiás,
não sabia quem escolher,
entre a Sinhazinha
ou a Cunhaporanga,
ele estava cheio de manha.
O Boi Caprichoso não
estava se importando
com o contrário,
estava é se exibindo
galante no arraial,
porque ser gentil é
sempre fundamental.
E o Boi Caprichoso
esperando a tribo
para a festejar
a Estrela Azul nova
na testa que acabou
de ganhar e com fé
que a vitória irá reinar!
Não tem Boi mais lindo
que o meu Boi Caprichoso
neste curral amoroso,
Viver para cuidar deste Boi
é sempre maravilhoso.
A tribo acabou de chegar,
o Pajé se pôs a abençoar,
a festa agora é que vai começar,
e ninguém mais daqui
para frente vai nos segurar.
O meu Boi Caprichoso
e galante, feito diamante
negro e todo enfeitado
branquinho como o manto
lindo da Nossa Senhora,
está escrita para ti
a vitória e nada esta
noite irá atrapalhar.
A tribo começou a dançar,
o Pajé se pôs a acompanhar,
a festa no Bumbódromo
pôs todo mundo para requebrar
sem parar até o dia raiar.
O meu nome há de ser a sua
música favorita quando menos esperar vai se pegar cantando
porque sei que o seu coração
está todos os dias embalando.
Entre Enfeitados e Mascarados
dançando com o Boi Calemba,
Sou eu a dama deste folguedo
vestida com este gentil poema.
Quando este folguedo for findado
a Lua estiver bem posta,
e sem precisar de aposta:
não me negue a serenata
amorosa de cavalheiro apaixonado.
O Menino de Belém
O meu coração pulsa
ao som eterno do Catumbi,
a minha pluma é a lança
de vários Guerreiros,
O meu giro acompanha
o Bumba-meu-boi
e de todas as Pastorinhas
sempre sou a cigana.
Não posso me esquecer
jamais da delicadeza
e da coragem que foi escrita
a "Morte e vida severina",
O meu coração sempre
ofertei durante a Lapinha.
No Reisado sempre tive
o meu destino e sempre
honro cada um de nossos
folguedos e autos natalinos.
Nos poéticos Pastoris,
nas Cavalhadas,
na Queimação de Palhinhas,
nas Caretas e nas Folias de Reis,
Lembro do Menino de Belém
que criou a mais simples das leis.