Bandeira
Os mentirosos fazem terrorismo com a bandeira do oponente, que ameaça seus planos de poder. A falsa identidade em nome da destruição da identidade do outro.
RIO MORTO
(Parodiando Manuel Bandeira)
Onde as águas puras do passado
Produziam vida em abundância
Contemplo agora a realidade
Do presente, degradado, poluído,
Onde escorre, na areia, o rio morto.
Rio morto, rio morto, rio morto.
Águas de paisagem cristalina
Que abasteciam os ribeirinhos!
Águas, potáveis águas,
Para bebermos jamais.
Se perderam com o rio morto.
Rio morto, rio morto, rio morto.
Rio morto, rio injustiçado
Rio violentamente, rio
Morto, sem motivo algum,
Razão nenhuma. O que foi
Ficou no passado.
Agora é apenas um rio morto
Rio morto, rio morto, rio morto.
A Bandeira do Brasil usada e usurpada por psicopatas anti-patriotas, milicianos e afins... é uma verdadeira profanação de um dos mais valiosos símbolos da Nossa Pátria.
A meu ver toda mulher é rainha e porta-bandeira; homem que preza trata ela todo dia como seu mestre-sala, acima de alas e blocos.
Quando criança me ensinaram
E aprendi vários valores;
Uns deles foram:
Perante a Bandeira do Brasil impor respeito.
E, o crucial, não usar o nome de Deus em vão.
Hoje em dia, a bandeira do Brasil é pisada,
E o nome de Deus virou marketing.
Portanto! Aprendi no decorrer...
Os valores; os quais carrego comigo.
E o tempo me ensinou o principal
De todos aqui na Terra...
O Valor da Vida.
A paz que eu vejo no teu olho
Me habita
E toda vez que eu duvido, o coração agita
Uma bandeira em teu nome
Constelação, passa bonita e logo some
Na imensidão
Eu sou o mastro da bandeira da revolução
Os restos do cavalo de Napoleão
Eu sou a brasa que matou Joana d’Arc
As 5 balas de John Lennon, reles cidadão
O lixo humano, escória da sociedade
Sou o que como e quem eu deixo de comer
Nasci do limbo e bailei pra essa cidade
Sou quem dá vida aos monstros que eu quero ter
Existe um povo que a BANDEIRA empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa FESTA
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que BANDEIRA é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! .. (
. AURIVERDE PENDÃO de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança..
. Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha
, Que servires a um povo de mortalha!...
trecho de Navio Negreiro
MEU SANGUE COLORIDO
Nossa bandeira é carregada de cores, pois nosso respeito é estendido.
Somos muitas formas de amor, pregamos equidade e não partido.
Nosso corpo é expressão, é mais um grito do que um gemido.
A gente ama declarado, a gente ama escondido.
Não é pecado, não é errado e que fique entendido.
Enquanto roubamos corações você apoia outro tipo de bandido.
Carrego a bandeira da ética e da diplomacia, mas senti na pele que a bondade em excesso é ingenuidade, e que a verdade absoluta pode ser devastadora.
TERRA DE MANUEL BANDEIRA
Também eu quisera ir-me embora
pra Pasárgada,
também eu quisera libertar-me
e viver essa vida gostosa
que se vive lá em Pasárgada
(E como seria bom, Manuel Bandeira,
fugir duma vez pra Pasárgada!).
Entanto, tudo me prende aqui
a este lugar desta cidade provinciana.
Como deixar ao abandono o olhar
luminoso dessa mulher que eu amo?
Quem responderá às inquietas
perguntas de minha filha pequena
(cabelo curto, olhos de sonho)?
Quem, no sereno da noite, para as beijar
com ternura e nos braços acalentar?
E esta vida, este sítio,
e estes homens e estes objectos?
E as coisas que amei e as que esqueci?
E os meus mortos e as doces recordações,
as conversas de café e os passeios no
entardecer fusco da cidade?
E o cinema todos os sábados, segurando
com força a mão de minha mulher?
Eles nem são amigos do rei
e a entrada lá é limitada.
Por isso é que eu não fujo
duma vez, pra Pasárgada.
O Sossego do Pirata
É seguro o que se espera
De uma bandeira no horizonte
Não se sabe o tratamento
Que se deve a quem se esconde
Se teus olhos não o creem
Caça forte a sotavento
Pois a alma ludibria
O corsário sem desdém
Cala fundo a sentença
Num suspiro de arrepio
Que com um tiro anuncio
O contar de "déiz" vintém
Sem tesouro o pirata
Singra mar e aflição
Mal sabe-se lá ele
O valor da tentação
Se seria afortunado
O sujeito desalmado
Perde todo o seu silêncio
Numa prosa desonrada
A vontade que te cerca
Qual donzela afeminada
Te seduz em boa espera
No "sem tempo" acalorado
Sabe-se pouco das histórias
De um louco arrupiado
Ao pirata só lhe resta
O sossego à mão lavada
Quando o fascismo chegar à América, vai estar enrolado na bandeira.
Obliteração
A bandeira já foi levada.
A Declaração já foi selada.
Armas já foram miradas
Para dar um ponto final.
muitos levantam a bandeira da igualdade
Mais a cada segundo um de nós é morto
Por facadas no peito e por ódio do povo
Gritamos por misericórdia
Gritamos por piedade
Só queremos o amor da sociedade
E não essa grande maldade
Não precisamos
De aceitação
Só precisamos de respeito
E compaixão
As cores da minha bandeira
As vezes paro para olhar minha bandeira,
E cada cor dela me trás uma emoção,
Paixão por ela, por muitos, é verdadeira,
Alguns, nela, nem prestam atenção.
As suas cores são do tempo de um império,
Que se expandiu e formou essa grande nação,
Onde brancos e negros por algum mistério,
Enfim se uniram para derrotar a escravidão.
Não sou jovem como um dia já fui,
Eu sou do tempo da liberdade de expressão,
Que havia respeito pelo o que da alma flui,
Respeito por toda e qualquer opinião.
Do tempo em que todos se lembravam,
Daqueles que diziam ter razão,
E como a liberdade eles amavam,
Lutaram contra campos de concentração.
É muito triste ver o jovem achar normal,
Censurando a ignorância humana,
Pior ainda, com o apoio do jornal,
Se acha que luta, pela paz, se engana.
É bem difícil algo me fazer chorar,
Como no dia em que uma triste cena vi na rua,
Com o filho nos braços, uma mãe gritar,
E ele em silêncio sangrando a luz da lua.
Por que ele foi baleado em um assalto,
Por uma criança que roubava para droga comprar,
A vida dele acabou por conta de um valor tão alto,
Valeu exatamente o preço de um celular.
O choro dela ao ver o seu filho partir,
De meus pensamentos tento esquecer,
Como podemos isso ver e não agir,
Tem algo errado, fechamos os olhos pra não ver?
As cores da bandeira me trazem as recordações ,
De tudo que aprendi e já vivi nessa grande nação,
Espero que para outro homem no futuro as emoções,
Sejam felizes, não esse drama, essa lamentação.
As togas dos ministros da suprema corte brasileira deveriam ser verde bandeira. Para que cada um sentisse humildemente nos ombros responsáveis, todo o peso das decisões que tomam por justiça e respeito ao povo brasileiro.