Bailar
Poema: Adeus e Esperança
Em cada canto, teu reflexo
Em cada canto, teu reflexo a bailar,
Em cada brisa, teu cheiro a me embalar.
Mas a doença, cruel e implacável,
Nos separa, amor, em um adeus inacabável.
Nosso refúgio, onde a felicidade reinou,
Agora ecoa um silêncio profundo e embargado.
Em cada esquina, uma lembrança que nos envolveu,
Em cada beijo, um sonho que se desvaneceu.
Minha amada, em ti encontrei meu porto seguro,
Minha razão de viver, meu eterno tesouro.
Mas a vida, injusta, nos coloca à prova,
E a dor me consome, como um rio em desova.
Que encontres um novo amor, tão puro e intenso,
Que te faça sorrir e te tire da tristeza.
Que a vida te presenteie com uma nova canção,
E que a felicidade te envolva, em cada estação.
Eu te amarei por toda a eternidade,
E em meu coração, teu nome estará gravado.
Que Deus te abençoe e te proteja, minha amada,
E que a vida te traga tudo aquilo que desejas.
Noite bordô
Na noite, mistério de encanto sutil,
Fulgor ardente, suor na pele a bailar,
Teu toque é doce e selvagem,
como um passeio na trilha misteriosa,
Euforia fenomenal, vício a se amar.
Teu olhar, poesia que o coração recita,
Timbre de sotaque, melodia celestial,
Desejo intenso, formas que a alma habita,
Três invernos esperei, um amor especial.
O que me inspira...
O céu azul e as nuvens brancas por ele a bailar,
As águas cristalinas das fontes, com peixinhos a nadar,
Aves, pelas belas matas felizes a cantar,
O azul profundo do mar,
O som de paz das ondas nas praias a quebrar,
A melodia harmônica dos grandes mestres a tocar,
A criança, com toda sua ingenuidade, alegre a brincar,
O idoso, mesmo que seja devagar, pelas ruas a andar,
A mulher grávida, que traz em seu ventre um novo ser para mais uma vida começar,
Belos corais, com vozes afinadas, o ambiente harmonizar,
O espaço sideral, com toda sua infinita beleza que nos faz pensar,
Uma bela noite de estrelas a brilhar,
Um dia de sol, mas, também, um dia de chuva para as plantas germinarem.
E você, o que te inspira??
A. Cardoso
Ela é tipo Nelore, imponente no olhar,
Cabelão preto que ao vento faz bailar.
Na calmaria, uma força oculta brilha,
Com pisada firme, marca sua trilha.
Cresce como o campo, vasto e sereno,
Sem pressa, mas com destino pleno.
O cabelo escuro, como a noite sem fim,
Guarda segredos de um coração em motim.
Ela é raça, ela é vida, força bruta,
Sabe ser doce, mas jamais absoluta.
É a alma livre que o tempo não prende,
Ela é tipo Nelore, selvagem e independente.
A bailarina
Seu corpinho frágil
Quer bailar e cantar
Brilha o tule
Roda sapatilha
Como pétalas de rosas no ar
Caindo
len
ta
men
te
Vai
sorrindo feliz
E piscando os grandes cílios
Rodopia sem parar
Seus pulinhos delicados
encantando e espalhando brilhos
Parece que vai voa
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o farfalhar das folhas, o doce e sereno bailar das árvores.
Odeio o bafejar do vento, que me assopra a face.
Odeio o pôr do Sol, cuja beleza sublime me remete a ela, minha beldade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o cantarolar dos pássaros e a balbúrdia da cidade.
Odeio tantas coisas, mas eu odeio mesmo é essa distância, nossa saudade.
Odeio a mentira, mas, por tantas vezes, também odiei a verdade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio ter que me reencontrar todas as vezes em que me perco no castanho dos seus olhos, meu mar de serenidade.
Odeio sua boca, pois, mesmo estando tão perto da minha, a distância que as separa vai daqui até Marte.
Às vezes, odeio amar-te.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio meu corpo, pois quando está deslizando sobre o seu, me queima a pele e an alma arde.
Odeio toda religião, pois fiz somente de ti minha divindade.
Odeio as estrelas e a Lua, porque o brilho e a palidez me lembram suas fases.
E por lembrar-me amiúde de ti, amada minha, é que eu amo o fim de tarde…
Não me importo qual traje você escolhe para bailar. . .
No baile da vida quero ser seu par. . .
Que passe todas as estações do ano. . .
Não se esqueça que no inverno quero te aquecer. . .
Quando o verão chegar. . .
A sua procura vou estar. . .
Buscando tedescobrir.
Se eu não estivesse aqui
As árvores continuariam a bailar
Sob o som e os encantos dos vendavais
Sob as janelas e os coloridos vitrais
O pássaro voaria, de qualquer modo
Ignorando que eu nunca existi
As flores desafiariam a terra dura
E nasceriam mesmo assim.
Minh'alma é poema
Ela valsa com cada palavra
que queira bailar
Enlaça cada momento, não o deixa escapar
Se o sol teimar em ir embora
Faz da despedida o seu maior espetáculo
Canta amores
Rima com flores...
Dança como criança
Não cansa
E não se impressione
Se de repente ela encontrar
Um poema em cada olhar...
O espirito de um colorista segue com amor o bailar de um pequeno beija-flor, indo de lugar a lugar, em todos os momentos da vida, levando cores. Por mais que em nossa inquieta trajetória, muitas vezes entre medos, dores e perdas, acinzentem nossa estada, é com as cores vivas e fortes, que reinventamos nosso paraíso de ir além, bem. Coloridamente bem. A arte de colorir está impregnada, naturalmente na alma da gente.
Pétalas de Piruxinga
soltas pelo ar
são a própria poesia
suavemente a bailar
Com a minha atenção
de filha dessa Primavera
interior que não passa
e vive maravilhada
Com todo esse cortejo
vou pelo caminho
encontrar um jeitinho
De a cada dia encontrar
com a certeza da gente
se ver a qualquer dia.
A natureza é esplêndida, principalmente se soubermos aproveitar a beleza das flores e o bailar dos colibris
Fazes-me bailar
na noite de cristal,
Sou o teu beijo imortal,
a tua poesia,
Talvez a mais fatal:
a tua profecia.
Harpa celestial
afinada na tua mão,
A mulher nascida
para viver de paixão.
Uma crônica, um verso,
um soneto total,
Nascidos em uma noite
de cristal,
Escritos nos passos
da cortesã,
Típicos do baixo
meretrício,
Ufano-me disto
e daquilo sensual...
Oculta, louca e
indescritível fantasia
Que galopa
cuidadosamente...,
Toco sem perdão,
em carinhos
- repletos e libertos
Além de morar no coração,
Ocupei toda a tua mente,
inteiramente.
Doçura, leveza
e espiritual alegria
Que canta
simplesmente...,
A canção que sai
da mente
Para os lábios
docemente,
E que encanta
o meu coração
Pela sinceridade
evidente.
No bailar
do tempo,
completam
nove meses,
disseram
até absurdos
e que os
bombardeiros
já se foram,
é fato que
muitos são
os receios
que ficaram.
Nem o direito
de se cuidar
e o acesso
para a
inocência
comprovar,
não foram
cumpridos,
e não se
fala em
outra coisa:
que os abusos
contra ele seguem
consecutivos.
É inegável que
se trata de um
pesadelo sem
data e hora
certos para
terminar,
as perguntas
continuam
sem respostas,
o General foi
preso sem provas.
Cana Verde
Alegria de bailar
a Cana Verde
na sua companhia,
Não há nada que
chegue perto
desta nossa alegria,
No final vou pedir
o teu lenço gaúcho
de lembrancinha,
Porque quero recordar
essa nossa magia.
Rancheira
O paraíso você vai
encontrar quando
bailar comigo a Rancheira,
De outro alguém
você não vai querer ser o bem
mesmo que você não me queira,
Porque mesmo sem me querer
vai acabar me querendo inteira.