Sombra de remagem sobre prata do açude, trêmula de frio.
A pedra nada pergunta ao rio sobre água e tempo.
A jabuticabeira. Através de líquida cortina olhos negros espiam.
O coração da aranha se desfaz em geometria de seda e mandala.
De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua.
Neblina sobre o rio, poeira de água sobre água.
Sol. E nas asas do pássaro morto, secreta noite.
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.