Yalis Martini
IRA
Estranho talvez seja,
quem mesmo esbraveja,
voltará atrás um dia, quem sabe?
Só assim voltará a ter alegria.
Querendo sempre quis,
apenas não esmorece.
Que tão duro seja, que a crueldade,
esteja a acima da humildade.
Talvez siga reluzente, ou imortal,
doce ilusão, não passará por cima do coração, que rodeia, mas segue apertado sem piedade.
Querendo escapar da maldade, que nem sempre foi.
Seguindo em frente, cabeça erguida, mas o coração aos pedaços.
Juntando os pedaços, que no dia
Imperfeito,
ficou deste jeito, aguardando o perdão.
Dos que acham ter razão,
sem nem mesmo saber tantos motivos, que
levaram a ira da criatura.
MANIPULANDO
Porque não questionar?
O que a mídia insiste em empurrar,
As vezes mudando o foco,
Que leva a distorção e ilusão!
Nem sempre representa,
A sociedade que finge, mas não contenta,
Que parece, mas não aguenta,
Querendo a revolução.
Despida de toda atenção,
Daqueles que quer ter razão,
Que espera e se nutrem,
Como se fossem um abutre.
Lambuzada de injustiça,
Vem saboreando a carniça,
Desprezada pela sociedade,
Que procura um pouco de dignidade!
NO DESCOMPASSO
No descompasso!
A mente, menti,
o coração sente,
implorando um abraço!
As vezes clama,
não faz drama,
até ignora,
no fundo chora!
Um corte profundo,
dilacerando o mundo,
que grita de dor,
será que é amor?
Muda tudo,
muda todos,
sem rebeldia,
amanhã outro dia!
SEGUNDA EDIÇÃO
Acordando sem brilho talvez,
venho sonhando iluminar-me de vez,
deixando para trás o escurecer,
e contemplando o sútil do amanhecer!
Vou forçando mudar a página,
que já está perpetuada na minha rotina.
Exigindo de mim o amadurecer,
e não o querer te esquecer!
Quase sem forças para relutar,
vou teimando e tentando me amar,
na esperança do amor chamar,
e apagar o escrito que me veio a deixar.
Nesse livro não tem final feliz,
isso é o que o coração diz.
As vezes quem sabe uma segunda edição,
Para confortar esse nobre coração.
ME REINVENTANDO
Não imaginei que sentiria tanta dor,
muito menos que seria tanto amor;
cultivei um passado que continuo revivendo,
sem saber até quando continuarei remoendo.
Mudando a rotina, vou me reinventando,
e da cena vou me retirando,
me levando pra outro mundo essa situação,
mostrando que a vida não era só perfeição.
Vivo procurando um novo sentido,
seria bem mais fácil, se o coração tivesse me ouvido;
A cabeça segue inconsciente,
tentando rebater o bobo inconveniente.
Basta, amanhã começo de novo!
Me esquecendo que o bobo não é novo;
Achei que tudo seria restaurado um dia,
Mas por enquanto, não encontrei essa funilaria!
A PROCURA DO PARAÍSO
A procura do paraíso vamos,
vivendo como se não tivéssemos juízo,
será que estamos vivendo em vão,
tentando achar um sentido nesse mundo cão!
Como se fosse ternura,
acho que vinte sete é a idade da loucura,
sobrevivendo tentado evoluir,
mas ao mesmo tempo, sem saber pra onde ir!
Resgatando a dignidade,
que parece que deixou saudade,
um futuro cheio de incertezas,
acreditando faltar alguma coisa na mesa.
Vem aquele aperto, vai faltando ar,
será que é agora, posso falar?
A única certeza é que vou partir,
mesmo não sabendo pra onde ir.