Wyrgho
"Quando você não aceita o destino, ele te dá um tranco mais forte lá na frente só pra ver se você aprende."
Um dia entendemos que não importa o quão bom a gente seja ou pretenda ser, pode não ser nada do que o outro queira. Aí entendemos o significado da humildade.
O amor é um inquilino atrevido e folgado.
Chega sem avisar, se instala sem pedir licença,
Fica pelo tempo que quer
E vai embora sem pedir permissão.
Pouco adianta tentar retê-lo.
Ele tem vontade própria. É livre.
Desapego
Chega uma hora em que aprendemos que é inútil carregar pesos mortos como saudades bobas, esperanças vãs, sonhos impossíveis, planos inexequíveis e relações estéreis de mão única. No final descobriremos como é libertador nos livrarmos dessas cargas inúteis.
"Ninguém conhece mais suas necessidades que você mesmo, portanto jamais espere que elas sejam compreendidas e muito menos atendidas".
“Desconfie de quem só te elogia ou só te critica e recrimina. Os dois podem ter um fundo de razão, mas com certeza estão errados".
Dominação
Infelizmente saímos de um período em que se tentava construir a ideia de uma sociedade pluralitária e igualitária. Pregava-se aos quatro ventos a ideia de que todos deveriam ser considerados iguais não só perante Deus, mas também perante as leis dos homens.
Mas enquanto se tentava estabelecer essa máxima nem todos aceitavam e repudiavam a ideia de serem iguais aos considerados diferentes aos olhos deles.
E assim, para manterem sua aparente diferença e dominação, manipularam a mídia, concentraram as riquezas, corromperam os dirigentes, seduziram os julgadores e mantiveram as massas na escuridão da ignorância.
Enfim, aqueles que no exercício da democracia deveriam ser os julgadores implacáveis dos falsos condutores da nação se tornaram cúmplices conscientes e voluntários (ou não) dos projetos escravizadores daqueles que deveriam lhes dar a liberdade e independência, no mínimo de pensamento.
“Há governos que tratam a pobreza e as favelas como causa dos problemas nacionais quando na verdade são consequências".
Então pra que ficar pensando?
A gente não precisa fazer planos
Basta seguir sem vergonha e sem juízo
Sem ter medo de prejuízo!
Você alargou meu horizonte
Quando me levou ao cume do monte
Você mudou minha visão
No momento em que segurou minha mão
Fez-me descobrir que eu tinha um coração.
Depois de andar por vales e desertos
Depois de vagar pelo caminho incerto
O destino te trouxe pra perto
Foi como nascer uma flor no meio do concreto.
Viver
E quando parecer nada mais restar
Ainda restarão as certezas do que foi
A decepção pelo que não pode ser
A gratidão pelos momentos intensos vividos.
Ainda restarão poeiras das coisas sentidas
Das fases floridas ou das crateras doloridas
E as certezas das promessas cumpridas.
Nunca é tudo, jamais restará nada
Sempre ficarão as lembranças da jornada.
À minha volta
Talvez eu tenha passado muito tempo olhando à distância, sonhando com o horizonte e tenha me esquecido de observar os milagres que ocorriam ao meu redor e as pequenas grandes maravilhas que me cercavam.
Quando voltei os olhos para meu redor, descobri que olhar para os pequenos não me apequena, não atrofia minha visão, nem anestesia minha sensibilidade.
Desde então, descobri o valor dos detalhes e que são eles que tornam o universo maravilhoso e que fazem a vida valer a pena.
A Era do medo
Vivemos, com certeza na era do medo apesar de tanto desenvolvimento e tanto conhecimento.
Temos medo do outro, temos medo de nós e do que se esconde no nosso íntimo.
Vasculhamos os detalhes da matéria, os confins do universo, estudamos o passado, tentamos predizer o futuro, mas relutamos em desvendar os mistérios da nossa alma e o que carregamos no coração.
Temos medo do futuro e nunca estamos seguros para caminhar no escuro.
Temos medo dos vizinhos, dos desconhecidos, de pisar na rua, de nos abrir ao mundo e de revelar nossas fraquezas.
Temos medo de amar e estamos perdendo o costume de sermos amados. Temos medo de dar valor aos outros e não sermos valorizados. Temos medo de nos doar e não termos o mesmo retorno. Preferimos a angústia de nos fazermos de fortes enquanto intimamente trememos de medo.
Hoje em dia estamos rodeados de informações, sabemos sobre tudo, mas aprendemos pouco. Temos mais conhecimento e menos sabedoria.
Quanto mais descobrimos sobre o universo que nos cerca e sobre o futuro que nos espera, mais medo temos. O conhecimento não nos traz segurança e confiança.
Quanto mais conquistamos, mais evoluímos tecnologicamente, mais nos perdemos de nós mesmos e se enfraquecem os elos que nos mantém humanos. Perdemos nossa inocência e nos aproximamos das cismas que nos levam à insegurança e ao pavor.
Em menos de um século perdemos muitos valores que se construíram em toda a existência da humanidade.
Parece que passamos muito tempo dissociados do nosso íntimo. Urge a hora de voltarmos para casa e redescobrirmos a humanidade que perdemos.