Wilton Lazarotto
Devemos ser capazes de compreender que tudo o que é preciso e necessário para sermos felizes resume-se em uma viagem, a viagem para o nosso interior, as montanhas das respostas que desvendarão a sua vida se encontram lá.
O grande segredo da vitória em uma batalha é conhecer o seu inimigo, para vencer no amor o segredo é conhecer a quem deseja amar.
Nada lhe posso dar ou ensinar se isso já não esteja dentro de você, não tenho a capacidade de abrir um novo mundo, todas as coisas que precisará estão nos únicos dois mundos que precisa conhecer: a sua alma e o seu coração.
Erre, erre de novo se for preciso, mas nunca deixe de tentar, você é o único capaz de escrever o seu futuro e colocar nele qualquer coisa que sonhar, com os erros ganhe experiência, sem medo de sofrer, quando tudo parecer perdido volte a ser criança e sonhe tudo novamente.
Enquanto eles desistem eu sigo em frente, enquanto eles dormem eu me esforço mais, enquanto fazem pouco das minhas batalhas eu mostro que consigo e quando chegar ao fim realizarei todos os meus sonhos.
Um homem apaixonado entrou em um jardim
Procurou pela mais linda das flores
Encontrou-a sobre a mão da mais linda das mulheres
A mais encantadora e mais misteriosa
E marcados pelas horas da noite
A promessa de nos encontrarmos
Para todo o sempre.
Todo verão enxugarei seu suor,
Todo inverno protegê-la-ei do frio,
Todo outono colherei as folhas que cobrirão o jardim ao seu lado
E toda primavera observarei o jardim florido envolvido em seus braços...
Esta noite não foi como uma noite qualquer, foi uma linda e bem desenhada vírgula nas páginas do livro do amor.
Enquanto na vida conheci pessoas que faziam do sol apenas uma mancha amarelo no céu, vi outras que faziam de uma mancha amarela o seu próprio sol, por isso as coisas possuem a proporção que damos a elas e se tornam inesquecíveis no tempo pela intensidade com que acontecem. Destas pessoas que compreendo que há momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas imcompáraveis.
Se você está abatido, deprimido ou até mesmo desanimado porque perdeu o seu amor, não se preocupe, lembre-se daquele que nunca teve um amor para perder. O nosso coração é repleto de portas, sempre haverá uma porta que não foi aberta e será por ela que um novo amor irá entrar. A nossa existência na terra é o caminho para o retorno ao nosso eterno lar, o que você faz aqui, ecoa pela eternidade, por isso, comece a viver para aquilo que você morreria. Faça da sua vida grandes desenganos seja corajoso mesmo que não viva para sempre e não seja tão cauteloso a não saber viver plenamente, isso é o caminho para ganhar experiência.
Quando o sol se por e não banhar mais os seus lindos lábios cor de maçã, o orvalho pousará sobre as flores, o silêncio nosso cúmplice sentado dentre os canteiros escora-se no jardim como sentinela. O vento que não foi capaz de vivificar meu rosto, lampejo no céu marca a chuva prestes a chegar, nuvens cinza-escuro entristeciam meu olhar vagando pelo céu. Do ancoradouro amargo que vivi tantos anos, a felicidade foi aportar em outro lugar, eis que descobri, ela ancorou aqui!
Uma trovoada rompeu o silêncio e a sua concentração, trancou a janela olhando vagamente pelo vidro embaçado uma mulher correndo pela rua, fechou a cortina e no intimo do seu quarto, como se atravessasse um deserto buscando encontrar um oásis no recôndito das palavras pôs-se novamente a escrever:
Partindo do marco dominante eterno, o amor que encara a tempestade com bravura como uma estrela cintilante lá do alto norteia-se errante na eternidade. Reguei com lágrimas minha sabedoria e com derrotas o meu sorriso, aprendi que no céu sempre haverá uma tempestade e no caminho um tropeço para alertar que minha missão ainda não terminou. Por mais que a vida vede o meu falar ou estanque o meu ver, por você eu sussurro “Eu amo você”. Por mais que a sua ausência trescale em meu coração a sensação da dor mais intensão, que o machucado mais profundo impeça o meu deslocar, sentirei meu último frêmito quando o vento levemente tocar os teus cabelos.
Finalizando o seu âmago poético dobrou o pequeno rascunho, na incerteza de renúncias e na possível loucura, colocou no bolso de trás de sua calça jeans-clara buscando coragem e a certeza para que ela soubesse que dentro dele habita o amor.
O verdadeiro homem descobriu que o amor não é algo apenas bonito que você compra na floricultura é um pequeno gesto nobre que você faz no caminho colhendo o que o seu coração desejar, assim vai dar a ela também um pouquinho de si mesmo.
Pensar já é motivo de tê-la em minha mente, às vezes como uma brisa fresca e tímida na manhã, outras vezes no esteio do poema me inspirando a sorrir, havendo ainda momentos que emana um furacão de sensações transformando meu coração em um vulcão de erupções. Tens em meu existir depois do respirar meu primeiro pensamento nas manhãs, no meu adormecer é o meu motivo de sonhar. Perdi o apresso da mágica do por do sol se não for tê-lo ao seu lado, não vejo mais o brilho das estrelas em minhas noites, como se elas brilhassem apenas em homenagem a ti, tornei-me um refém inocente, que em meu sangue o amor ferve, tirando a lucidez da minha realidade. Mesmo no silêncio eu ouço a sua voz, em meio à madrugada recordo do seu perfume, nos meus sonhos sinto a macies dos seus lábios e sonho em poder te reencontrar.
Enquanto o seu lado racional pedia mais tempo o seu coração estava apressado, o tempo que passava ao seu lado parecia um sonho e como todo sonho por mais agradável que fosse, chega ao fim, decidiu eternizar os momentos ao seu lado.
Amordaçando o meu coração calou em mim uma palavra capaz de reverberar o amor mais legítimo que fez morada em meu coração. Uma palavra que redefiniria tudo o que conheço algo que descreveria tudo o que sinto uma singela palavra capaz de calar-te no mais estridente dos gritos, ou mesmo, desatina a mais secreta e profunda lágrima. Quando no universo infinito tornar-se uma vaga lembrança, algo que talvez não sejas nem mesmo por merecer uma memória sussurrarei ao destino o seu nome. Para a eternidade tornar-te-ei uma daquelas lembranças que sussurramos do passado enquanto sorrindo vivemo-las nos sonhos do presente, trazendo as lembranças surreais que vivemos juntos. Das lembranças mais ardentes, as crises que surgiram, uma palavra que fará passageiro o nosso desatino, algo que reescreve a existência algo capaz de dizer tudo o que és para mim. Algo que eterniza por entre a cumplicidade do coração ao cume da montanha, algo que ecoa pelo abismo e sobrevoa os céus, algo que estende do seu sorriso ao meu olhar, algo que só senti ao conhecer você. Não aprendi a te compreender, não quis te questionar, não preciso te procurar, no entanto, aprendi apenas a te amar, admirar os teus mistérios e não lhe procuro, pois sua morada é fixa em meu coração.
Trancado no quarto, sentia o sol chamando-me pela janela, seus raios incessantemente tentavam adentrar pela cortina, levantei e descancarei a cortina. O sol entrou no quarto trazendo consigo sua claridade ofuscante. Que dia espetacular... Estendi meu olhar para o céu e o vi tão límpido quanto a mais pura gota de orvalho madrugadeira em meio ao campo, senti-me homenageado pela natureza por tão maravilhoso dia que estenderá para mim, no entanto, egoísta, trancafiei-me nos estudos e esqueci que a vida corria lá fora. Que a noite traga-me a companhia das estrelas e que a princesa das madrugadas que vaga sozinha no infinito do existir, faça-me companhia enquanto procuro o motivo para o meu existir.
As vezes me parece tudo dar errado, até mesmo o calor da tarde me incomoda, e então surge inusitada uma noticia que muda tudo, tornando o prolixo majestoso, provando-me que isso tudo jamais teria acontecido se as coisas tivessem dado tudo certo no passado. Ali, sentado diante do destino, o observava tecendo a vida. As agulhas corriam com a linha sobre o tecido branco, pálido sem vida, no entanto a cada novo ponto que marcava sobre o tecido um pedaço da minha história se compunha. Foi naquele instante que vi pessoas maravilhosas que partiram para longe, tornando-se apenas uma lembrança, vi também pessoas sem escrúpulos que me magoaram e lá estavam lembradas, ao lado do momento da vida em que fiquei mais forte. Um tecido que se estendia ao infinito, tentei regressar encontrar lembranças que se disseminaram de meus pensamentos, mas o destino segurou-me pelo braço e apontando para o oposto que seguia disse: - As respostas do seu passado, você vai encontrar no seu futuro.
As vezes fico ouvindo o chilreio dos grilos pela manhã em meio ao quintal e nas andanças de uma observação notei o quanto nos acostumamos com as coisas. Notei o quanto nos acostumamos a odiar o despertador, a não olhar pela janela, a passar um final todo de semana em casa e ainda nos sentimos bem, pois temos muito sono acumulado. Fui revendo algumas experiências e vi o quanto perdemos de viver. Aceitamos passar a vida estagnados por medo de sofrer, por medo de arriscar, de tentar, de buscar algo melhor com medo de perder o pouco que nos resta. A gente se acostuma a não sofrer, a ter pequenas doses de sofrimentos, para não percebê-la, assim não aprendemos a suportar a baioneta do destino, do desgosto, da tristeza. Trocamos a luz do sol que brilha radiante pelo dia e lhe contempla pela janela, mas o seu brilho ofusca os olhos, por isso fechamos as janelas, cortinas e ligamos as luzes. Fechamos as portas, nos cercamos de grades e nem conhecemos nossos vizinhos, esquecemos que viver é trocar. É troca experiências, alegrias, histórias, é olhar para as pessoas e sorrir. Nenhuma conversa começa sozinho, nenhum beijo acontece sozinho, precisamos de gente, muita gente, somos sociais e esquecemos disso. Tentamos poupar a vida, poupar o tempo e isso não é possível, o tempo é o agora, o ontem passou e o depois é muito incerto para esperá-lo chegar. Decidimos não gastar o tempo em vão, esperamos tanto algo que valha a pena, que nos acostumamos a esperar, e que acaba gastando de tanto se acostumar a esperá-lo, quando vê ele se perde de si mesmo... Assim a vida passou, a barba cresceu, o sorriso amarelou, as costas doem, os pulmões fadigam, os cabelos tornaram-se longo, calvos e brancos e você compreende que ficou velho, triste, sem história e fez da sua vida exatamente o que temia que acontecesse.