SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz -
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.
Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.
William Shakespeare
, Hamlet, tradução de Millôr Fernandes. São Paulo, Editora Peixoto Neto, 2004.
O ouvido humano é surdo aos conselhos e agudo aos elogios.
Nem palavras duras nem olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas tem espinhos e, no entanto, colhem-se.
Não há vício tão simples que não afivele a aparência de virtude.
É comum perder-se o bom por querer o melhor.
Tarde demais a conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-la, amei-a profundamente. [Adaptado]
O amor é muito jovem para saber o que é consciência.
A arte é o espelho e a crónica da sua época.
Não passam de traidoras as nossas dúvidas, que às vezes nos privam do que seria nosso se não tivéssemos o receio de tentar.
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
A verdade é que não te amo com meus olhos que descobrem em ti mil defeitos, mas com meu coração, que ama o que os olhos desprezam.
Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!
O orgulho devora a si mesmo.
Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos.
O amor é cego, por isso os namorados nunca vêem as tolices que praticam.
Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz.
Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas.
Devagar! Quem mais corre, mais tropeça!
Aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.
Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?
Ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa.
Aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.