Wikney Edson
"Ela só tem interesse, não sente saudade.
Ela ama a mentira, odeia a verdade.
Ela sente desejo, mas passa vontade.
Ela deseja meu aconchego, mas agora é tarde.
Ela fantasia nossa união, mas é tudo miragem.
Ela me instiga com a beleza do teu corpo, bela paisagem.
Ela desafia a perfeição, uma beldade.
Ela me olha com os olhos repletos de maldade.
Ela sabe ser má de verdade.
Ela se foi, roubou-me a calma e me deixou, a saudade..."
"Já não existe em mim o seu porto seguro.
Não posso esperar você rodar o mundo.
Duvido que encontre, nas suas voltas, sentimento tão profundo.
Nas suas promessas me afogo, nas lembranças, me inundo.
Eu também, nas minhas voltas, quando acho que obtive sucesso, eu descubro.
Que ainda não te repugno.
Vive em mim, o desejo de contigo, estar junto.
As vezes, o ódio desse misto de emoções, envenena o meu amor e o torna impuro.
A alma se suja nesse sentimento imundo.
Palavras, versos, músicas, poesias, juras, já tentei de tudo.
Mas é intangível, seu coração obscuro.
E às minhas advertências, meu coração, se faz de surdo.
Já não existe, em nós, um futuro.
É veneno, o doce do seu fruto.
Tê-la junto à mim, qual é o custo?
Me doando demais por ti, fiz de você meu mundo.
E nesse jogo de amar, ganhei nada e perdi tudo..."
"Graças a você eu me tornei um homem invejoso.
Tenho inveja da brisa que lhe beija o rosto.
Invejo o brilho, que ao me olhar, tem em seu olho.
Invejo o vento, que lhe esvoaça os cabelos e a água que lhe banha o corpo.
Invejo sua esperteza, por fazer do mais sábio, um tolo.
Invejo aquele que tem seus beijos, o mais valioso tesouro.
Tenho inveja daquele, que não te tem por metade, e sim, por um todo.
Invejo tudo que lhe aquece a tez, quisera eu, ser fogo.
Invejo aquele, que apostando em seu amor, sai vencendo no seu jogo.
Graças a você eu me tornei um homem invejoso.
Eu hoje, invejo todo homem são, pois seu amor me tornou um homem louco..."
"Vislumbro o céu e aguardo uma resposta das estrelas.
O seu banquete de falácias está servido à mesa.
Me farto de lamúrias e incertezas.
Amar-te é minha única certeza.
Parvo que sou, confundi sua ignorância com delicadeza.
Pode ser, que um dia, meu coração te esqueça.
O calor de minh'alma, você retribuiu com frieza.
Quando eu fitar novamente seus olhos, pode ser, que eu não padeça.
Até do seu abraço, eu careça.
Tenho muitas perguntas que me perturbam a cabeça.
Sem você por perto, minha mente, não obtêm clareza.
Em meio à tantas perguntas e tristezas.
Eu, vislumbro o céu e aguardo uma resposta das estrelas..."
"E eu me pego em devaneio, apaixonado.
Imaginando como seria acordar ao seu lado.
Ter meu sonho realizado.
Beijar-lhe a tez morena, que a muito, tem me encantado.
Para vislumbrar-lhe, eu atravessaria o oceano à nado.
Mergulhei na imensidão do teu olhar e nessa escuridão estou afogado.
É impressionante, como em nós, tenho pensado.
Sonhos de felicidade, tenho fantasiado.
Quisera eu, poder realizá-los.
Fazer dos teus beijos, meu doce pecado.
Mas por não merecer-lhe, tudo isso são devaneios, de um louco apaixonado..."
"E eu, que nunca fui muito fã da escuridão, me encantei pelo negro dos seus olhos.
Eu, que sempre fui um bom jogador, perdi jogando os seus jogos.
Eu, que nunca gostei de excessos afetuosos, me regozijava na dança dos nossos corpos.
Eu, que sempre fiz da tua companhia meu paraíso, hoje faço da sua ausência meu purgatório.
Eu, que de amor, me tornei um ébrio, hoje de solidão meu coração está sóbrio.
As festas da minha paixão, sua indiferença, apagou os fogos.
Minhas palavras de amor, graças à ti, hoje são um misto de desgosto e ódio.
O teu sorriso é o oceano onde me afogo.
Na madrugada, sonho que estou junto à ti, a manhã vem e infelizmente, sem você, acordo..."
"Lembra-me amanhã, de te esquecer.
Lembra-me pela manhã, de para sempre, despedir-me de você.
Lembra-me, de pensar mais em mim, que em você.
Eu tô sempre esquecendo-lhe, mas é meu coração, que me lembra de você.
Ingrato que é, ele deixaria de bater por mim para bater por você.
Parvo que sou, procuro razão na emoção e cadê?
Me pergunto, aonde vai você?
Lá fora é só tristeza e solidão, só você não quer ver.
A felicidade veio até você.
Mas dela, você se despediu, até tentou esquecer.
Ela tentou afagar-lhe os cabelos, ser a calma do teu ser.
É difícil, em tudo isso crer.
Mas acredite, sua felicidade sou eu e minha tristeza é você.
Sua razão sou eu, minha emoção é você.
Em meio à um léxico tão vasto, eu me esqueço o que deveria dizer.
Perdoe a minha memória fraca, só tenho mais um pedido à fazer.
Amada minha, por favor, lembra-me amanhã, de te esquecer..."
"Há dias que vem e não deveriam ficar.
Há dias que vão e deveriam, para sempre, continuar.
Quando 'cê me vem, me sobra nada e até me falta o ar.
Sua presença me faz sobrar a paixão, só o amar.
Fito seus olhos, me pego com o coração, à palpitar.
Desejo te abraçar.
No teu beijo, me adoçar.
No doce da voz, me deliciar.
Quisera eu, não te sonhar.
Nessa paixão, não me aprisionar.
Você é o meu Sol, quiçá o meu luar.
És meu rio, o meu mar.
Na imensidão da tua alma, eu hei de me afogar.
Infelizmente os dias de saudade vem, mas não deveriam ficar..."
"Por você, fui do céu ao inferno, não por mim.
Por você, por vezes, fui demônio, arcanjo, Querubim.
Por você já fui início e hoje sou fim.
Por você, ao mundo, fui um não e para ti, um sonoro sim.
Por você, tentei ser bom, eu hoje, à todos, sou ruim.
Como sempre, vivo por você, não por mim.
No início do meu amor, reside o início do meu fim..."
"Em suas tempestades fui arco-íris e você foi-me apenas um céu gris.
Eu que sempre fiz suas vontades, abdiquei das coisas que eu sempre quis.
Minha felicidade, só existe no teu riso feliz.
Por vezes sua felicidade me fez infeliz.
Não entendo o que sinto e você não tem pudor no que diz.
Cada palavra proferida por você, constrói um castelo de areia nos sonhos de um tolo infeliz.
Nos tristes capítulos da minha vida, achei que você colocaria um fim, mas de tais capítulos, você foi só mais um adir.
Com seus sentimentos, suas ações, não condiz.
Nas minhas verdades, sou infeliz.
Nas suas ilusões, feliz.
Pra tê-la comigo, o que eu podia, eu fiz.
Meu amor é Sol, céu azul; sua indiferença, só mais um céu, gris..."
"A liberdade me atenta, com doçura me cerca.
Zomba dos meus grilhões, me olha através das barras de uma cela.
Zomba do tolo, que se aprisionou no amor, nas juras, nas falácias dela.
No fim, não existia magia nas estrelas cadentes, eram só pedras.
Roguei ao brilho, para me fazer estar junto dela.
A paixão, inspira parvos devaneios e certezas sobre coisa incertas.
A paixão é o flagelo dos poetas.
A felicidade mora nos lábios dela.
Templo de perdição, onde o meu eu, incompleto, se completa.
Já é tarde, acabou nosso tempo, me cansei das batalhas, perdi essa guerra.
Um clima lúgubre, tomou conta de nós, logo nós, que éramos festa.
Prisioneiro do seu amor, vem a liberdade e me atenta e com doçura me cerca.
E novamente, derrotado, não evito tais mazelas..."
Então, eu resolvi acordar cedo, numa manhã de domingo.
Não acordei para ver o nascer do Sol ou sentir da manhã, o ar frio.
Acordei para ver, algo mais divino, mais lindo.
Você ali, em meus braços, dormindo.
O cheiro doce, entorpecia meus sentidos.
O negro dos cabelos, de desejo, flagelava-me a pele, fio a fio.
Mesmo se houvessem palavras para descrever, eu não ousaria tê-las dito.
Jamais deixaria de ouvir o palpitar do seu coração, para proferir coisas sem sentido.
Se eu tivesse poder sobre a vida, ali mesmo, eu teria morrido.
E em meu jazer, minh'alma já vislumbraria o paraíso.
Quando despertasse na eternidade já regojizaria em teu sorriso.
Sorriso que a cada dia, só me deixa mais vivo.
E se eu tivesse o poder de despertar do meu leito de morte, é certo, eu acordaria naquela manhã de domingo...
"Me pergunto se você também devaneia pela madrugada.
Se tenta lembrar, qual foi o último abraço, que te fez sentir amada.
Será que em nossas trocas de olhares, já se sentiu apaixonada?
Sentiu acelerar o coração, enquanto minhas mãos, pelo seus cabelos, deslizava.
Nossos momentos pela cidade, sempre acordada.
Sua boca, que a cada sorriso mais, me ganhava.
Nesses nossos jogos, será que sua alma, também saiu derrotada?
Meu cúpido abdicou do arco e flecha, agora me convence à facadas.
Abandonar-me é um pecado, o qual não deveria ser perdoada.
Sinto o vento frio, lembro seu cheiro, nos imagino na sacada.
Amar de longe quem tem amor em não ser amada.
A Lua ri do meu desespero, da minha loucura, do meu devaneio, pela madrugada..."
"Eu falava dela sempre ao longe, com medo do seu olhar sedutor.
Narrava aos amigos, os seus feitos, sempre em metáforas, para mascarar a minha dor.
O seu coração, que sempre fora presa fácil, ao mar o lançou.
Das decepções, se cansou.
Dá própria felicidade, abdicou.
Hoje, o que era da tristeza uma presa, da minha felicidade, se tornou predador.
Dizia sempre eu: - Aquela ali hoje é menos peixe e muito mais pescador.
Suas palavras são iscas, a sua rede de mentiras é disfarçada de amor.
Minhas lágrimas, são águas em que ela lança suas façanhas, sou seu Arpoador.
Nossa união, que sempre foi um arco íris, hoje não tem mais cor.
Onde era coragem e amor
Hoje só tem medo, pavor.
Em todo esse tempo, ela mudou muita coisa, me causou muita dor.
Mas eu ainda à falo ao longe, pois ela não perdeu o seu olhar sedutor..."
"Você que era o amor da minha vida, agora é o amor da minha morte.
Encontrar você foi meu maior azar e eu achando que era sorte.
Você é minha maior fraqueza e eu achava que me fazia forte.
Eu me perdi tentando te encontrar, eu achava que você era o meu Norte.
Você que sempre fora o meu mel, percebi que é de veneno, uma dose.
Você acredita que eu sempre te abandono, mas nas suas crises, sou eu quem te socorre.
Sua presença sempre foi minha maior riqueza, agora sua ausência me faz pobre.
Você se fez rainha da minha vida, mas se esqueceu de me fazer consorte.
Eu já tomei nota da sua indiferença, já não espero mais que me note.
Viver é bom, mas em sua ausência, é preferível a morte..."
"Você é meu Sol, mas ainda tô na escuridão.
És meu calor, mas o frio da sua ausência, assola meu coração.
Você é abandono e indiferença e eu continuo sendo amor e paixão.
Sou sua companhia, você é minha solidão.
Seu belo brilho, ao longe, infelizmente não sou capaz de alcançar com minhas mãos.
Não posso te amar por toque, então fiz de ti minha religião.
É você que toda manhã eu admiro, seu brilho ao longe, se tornou meu templo de adoração.
Só restou-me loucura, onde era razão.
Dá manhã, já vejo os primeiros raios, a anunciação.
Vejo meu Sol, mas sei que infelizmente, vou ficar na escuridão...
"E eu me olho no espelho e vejo o reflexo da solidão.
A tristeza em meus olhos, me faz querer arrancar meu coração.
Passou o tempo e percebi, que o amor é o grande vilão.
Vem embrulhado de prazer, mas sua essência é de dor e decepção.
Amor e felicidade, sua mutualidade? Pura ilusão.
O tempo passa, o tempo fecha, mas não me leva essa louca paixão.
Me afogo no leito, fico sem jeito, em um turbilhão.
Prosto os joelhos, rogo aos céus, imploro o perdão.
Por desejar ter nascido frio e sem coração..."
"E naquela noite eu lhe entreguei o meu negro coração.
Na esperança de você revivê-lo, com o seu vermelho de paixão.
Eu fui seu em forma de poema, em forma de canção.
Eu fui companhia, onde só existia solidão.
E olha só, ainda estou na escuridão.
E sem o teu vermelho amor, sem o meu negro coração.
Só me restou as promessas e as juras feitas em vão.
Ah mulher! Como fui feliz naquela ocasião.
Onde viajei por seus olhos, com brilho de constelação.
Só restaram-me os devaneios, daquela amarga ilusão.
Meu último pedido às estrelas? Devolva meu negro coração..."
"Tudo bem, pode ir, antes de ti eu já estava só.
Acostumei-me ter a felicidade em minhas mãos e vê-la virando pó.
Desejo o seu amar, por amor e não por dó.
Me vem a lembrança do teu beijo e a garganta dá um nó.
Ter você, longe ou perto, eu não sei o que é pior.
Minhas juras e os nossos sonhos, ainda sei de cor.
Se tento ser algo bom é para junto a ti, ser melhor.
Mas você se foi e me deixou amarrado em um sentimento, em que não desato o nó.
Mas tudo bem, pode ir, pois antes de ti, eu já estava só..."
"E eu fitei-a.
Fitei-a não porque queria fitar.
Mas porque em seus olhos, achei que poderia encontrar um lar.
Encontrei no seu negro olhar muitas coisas, mas perdi o ar.
Desaprendi o significado da razão e aprendi o significado do amar.
Mesmo sem um sorriso, ela sabe me alegrar.
Mesmo sem um toque, ela sabe me ganhar.
Mesmo em ausência, ao seu lado, eu queria estar.
É impossível esquecer e mais ainda, me controlar.
O abandono, por vezes é fácil perdoar.
Te vejo ao longe, me falta chão e falta à minha noite, um luar.
Me falta também um coração, pois o meu eu lhe dei, para amar.
Naquela noite eu fitei-a, mas não porque queria fitar.
Eu fitei-a, porque em seus olhos, descobri o que é amar..."
"Existe mais razão nas palavras de um ébrio, mais sanidade nas palavras de um louco, que amor no coração de uma mulher..."
"Era um cheiro de causar inveja, às flores, quaisquer.
Perfume de mulher.
O negro dos cabelos, que cobria minha solidão, em uma noite qualquer.
Cabelo de mulher.
Seus gestos, seus beijos, que me transformaram de um pagão, a um homem de fé.
Jeito de mulher.
Suas palavras, falácias, que me faziam feliz, da cabeça aos pés.
Mentiras de mulher.
Quando em meu peito, ouvia o acelerar, daquele que todo homem quer.
Coração de mulher.
Me perdi na escuridão deles, tentando livrar-me das tristezas, mas eram o meu malmequer.
Olhos de mulher.
Por causa dela, hoje em perdição, no mundo, perdi minhas esperanças, minha fé.
Só encontrei mágoas e dor na sua, paixão de mulher..."