Wikney Edson
"E eu sei que, o seu precioso amor, nunca será meu.
Essa é minha sina, minha penitência, quiçá, um castigo de Deus.
Minha alma, impura, paga pelos erros que, em outra vida cometeu.
O seu amor que é só seu.
O amor que era nosso, descobri que, é só meu.
O amor que um dia, leviana, me prometeu.
O tolo foi eu.
Por ter um coração que, desde o momento em que te vi, já não mais me pertenceu.
A solidão é minha e meu amor é seu.
A indiferença é sua e o sofrimento é meu.
Me lembro das vezes em que, esse sentimento nos socorreu.
Mas hoje, quem socorre eu?
Perdido nas vagas perguntas, só me resta o adeus.
A única resposta que obtenho do silêncio; O seu precioso amor, nunca será meu..."
"No fim, sou só um poço de poesias.
Onde se afogou todas as minhas alegrias.
Água amarga, da mais profunda das cacimbas.
Pode ser que, minha felicidade, seja só uma criação minha.
De todas as que já criei, a mais bela das fantasias.
A mais intensa das emoções, infelizmente, não pode ser escrita.
A solidão, torna-me as palavras vazias.
A paixão é uma faca de dois gumes, que têm uma lâmina fria.
Lâmina que fere, e as vezes, nem mesmo o tempo, é capaz de curar as feridas.
Eu tentei ser sua companhia, sua felicidade, sua alegria.
Mas você afogou em mim, todo o amor que, gritava ao mundo que sentia.
O amor que me prometia.
Eu entendo o porquê dessa covardia.
Você descobriu que, no fim, sou só um poço de poesias..."
"Eu não posso desejar sua infelicidade, seu desalento.
Eu só rogo para que lhe bata o arrependimento.
Veja o que reside aí dentro.
Peço tempo ao tempo.
Para vivermos nosso momento.
O tempo é a cura mas, sem ti, o tempo só me é sofrimento.
A ausência do seu sorriso, repleto de vida, é o que me mata por dentro.
Da felicidade, você está sempre correndo.
Uma hora, vou-me com o vento.
E nem a mais amarga das lágrimas, nem a mais doce das palavras, poderá me manter por perto.
Então, aquele que sempre lhe amou, não continuarei sendo.
Mas ainda sim, eu não desejarei sua infelicidade, seu desalento..."
"O meu dom é descobrir.
O seu dom é fingir.
Lembro-me das coisas que vi.
Penso no tanto que eu te quis.
Tortura-me os sentimentos que senti.
Nesse nosso faz de conta, você fez de conta que eu nunca existi.
Nesse ofurô de paixão, minh'alma eu despi.
Banhei-me nas suas promessas que, das minhas decepções, eram só mais um adir.
Suas palavras secas foram-me águas de um salgado rio que, já não está mais à fluir.
Até tentei fazer estar tudo bem, mas meu dom não é fingir.
O meu dom é descobrir.
Aquele que um dia lhe jurou amor, já não mais reside aqui..."
"Eu vivo melhor a vida porquê não temo a morte.
Não temo o azar porquê flerto com a sorte.
O que eu vejo como riqueza jamais me deixara pobre.
Dirijo o filme da minha sobrevivência sem nenhum corte.
Com o sucesso, ando na penumbra, pra que a inveja não nos note.
Nenhum ferimento me causou tanta dor, quanto a ausência do seu toque.
Se eu decidir ir, não espere nunca que eu volte..."
A mágoa é pior que a raiva. A raiva a gente extravasa, a mágoa a gente carrega. A raiva, por vezes, é temporária, a mágoa é eterna...
"Eu não posso desejar que você seja feliz com um outro alguém.
Mas isso não quer dizer que eu, não te queira bem.
Do seu sorriso, o meu amor, se tornou refém.
É você que me tem.
Se me pedisse um motivo pra ficar, eu lhe daria mais de cem.
Quando te olho, fico zen.
Por você, eu vou além.
Mas me trata com desdém.
Se no fundo, ainda me deseja, então vem.
Ser feliz e fazer feliz, aquele que só lhe quer bem..."
"Sóbrio ou ébrio.
Risonho ou sério.
Casebre ou castelo.
Falso ou sincero.
Errado ou certo.
Do escândalo ao discreto.
Do nada, à todo o universo.
Não importa em qual hemisfério.
É certo, te quero.
Se tua imagem me estragam, eu conserto.
Fiz em ti minha morada e hoje? Sou um sem teto.
As mazelas? Não nego.
Te odeio e te venero.
Dos olhos, distante e do coração, sempre perto.
Não me desfaço, só me apego.
És me fogo mas não sou ferro.
Trago-lhe verão mas és inverno.
Desejo o céu dos seus olhos mas me joga, da sua indiferença, no inferno.
És me a chuva na madrugada fria mas é o Sol que quero.
Em suas atitudes morre o simples e nasce o complexo.
É o côncavo ou convexo?
Contigo já nem mais converso.
Amar você é a morte do correto.
No espelho, já nem mais me enxergo.
Eu só vejo você, o que eu quero.
Enquanto isso; Por ti espero.
Como um louco, em devaneio, que pensa em ti e narra um todo sem nexo..."
"Hoje, eu pensei em escrever, mas não sabia pra quem.
Tentei encontrar nas minhas palavras, alguma que me fizesse bem.
Eu fujo da solidão, as vezes, procuro um alguém.
Que me liberte desse amor, que em um só olhar, me fez refém.
Eu busco o calor do Sol, mas aí a chuva vem.
Tento encontrar-lhe em outros braços, mas igual a você, não tem.
Lembrar-lhe sempre exultou-me a alma, mas hoje, já não me faz bem.
Desarrazoado, meu coração, te busca em outrem.
Parvo, desolado, ele te encontra em ninguém.
Hoje, ele tentou bater mais forte, mas não sabia por quem..."
"E eu ainda lembro o que o seu olhar me jurou.
Cada gota de lagrima, eu sabia, era um oceano de amor.
Provei o doce do teu beijo e o coração acelerou.
Minha vida, que era fria, no teu abraço, encontrou calor.
Minh'alma, que nunca fora completa, no palpitar do teu coração, se completou.
Mas quem diria, que seus olhos, fossem um par traidor.
Destruiram-me o coração, quando covarde, me abandonou.
Aquele tal oceano? Secou, transformou-se em um poço de dor.
O beijo que fora-me doce, minhas esperanças, envenenou.
Minha vida, perdera a cor.
Minh'alma, que estava completa, novamente se despedaçou.
Agora, aos poucos, esqueço-me o que é o amor.
Mas infelizmente, ainda me lembro, o que seu olhar me jurou..."
"Hoje eu vi a Lua e não lembrei do seu amor.
Ela que me recordava à ti, hoje nada despertou.
Meu coração não acelerou.
Em seu brilho, deleitava-me em prazer, hoje só me trouxe dor.
A cacimba em que, eu bebia de sua paixão, por vezes me afogou.
Parece-me que secou.
Já não me dispo das vestes do meu orgulho em seu ofurô.
Minh'alma regojizou.
Por ter se livrado dos grilhões do seu senhor.
Eu hoje vi a Lua, lembrei de tudo, lembrei de nós, da minha dor.
Lembrei dos olhos, lembrei do cheiro, do seu calor.
Lembrei de tudo, só não lembrei; Do seu amor..."
"Você não ama ninguém.
Carência, solidão, sei lá, quando bate, 'cê vem.
Eu que te amo tem muito tempo, já me arrependo de te amar ano que vem.
Tenho minhas dúvidas sobre o amor e minha maior dúvida; Você ama quem?
Será que nesse poço de indiferença, tem amor pra alguém?
Você não ama ninguém.
Por vezes, eu fui só um refúgio, porto de tranquilidade e pra ti não fui ninguém.
E quem não sabe o que é amor é capaz de amar alguém?
Viajo pela noite e me pergunto; Ela ama quem?
Como chuva de verão, com uma torrente, vez ou outra, ela vem.
E nas suas águas, vem o mau e inunda, quem só lhe quer bem.
Você não ama ninguém.
E na madrugada eu me pergunto novamente, uma vez ou até mais de cem.
Pergunta fria, que me feria, será que algum dia, ela amou alguém?
A resposta eu já sabia, tolice minha; Ela não ama ninguém..."
"E a chuva é para todos, sempre regando os corações repletos de amor e os corações repletos de ódio, sempre na mesma intensidade..."
"O que são gotas de chuva, para quem já esteve no fundo do poço?
Era pintura, meu sentimento por ti, e o seu, mal era um esboço.
E volto eu, mais uma vez, com minhas palavras, um louco.
Que por ti, já fez de tudo e além do tudo, o mais um pouco.
No teu abraço até encontrei refúgio, mas não encontrei socorro.
Abram-se as cortinas da minha solidão, palmas para ele, meu coração, 'O Tolo'.
A peça que, me prega peça, o tempo todo.
Repito tudo isso, com amarguras, de novo.
As lagrimas da chuva, lavam as águas do meu rosto.
Eu fecho os olhos e é só você que ouço.
Me implorando mais um abraço, um beijo, um consolo.
E nessa corte, eu é quem sou o bobo.
Por crer que, à mim, voltaria com gosto.
Graças à ti, já não existe nem brasa, onde era fogo.
Já abri mão de nós, já não caio no seu jogo.
Espero que seja o fim, do nosso ciclo vicioso.
Rogo à Deus, para que, nunca mais me venha a sede, das águas do seu poço..."
"Eu me perdia nos seus olhos e na tentação do seu corpo.
Me queimava, cada beijo, e eu desejava outro.
Cada toque da sua boca, me deixava louco.
A sua voz serena acalmava todo pensamento tempestuoso.
Uma mistura de sentimentos, tudo novo.
A chuva leve, era a música de um amor fervoroso.
Quanto mais, à ti, me prendia, mais eu me sentia solto.
O nosso jogo é perigoso.
Mas o cheiro e o negro dos cabelos, me faz querer o perigo o tempo todo.
No escuro do meu quarto, quero adorar-te de novo.
Sua companhia se tornou meu berço, meu vício, meu conforto..."
"Existe mais coragem nos homens dispostos a terminar uma guerra, que naqueles dispostos à iniciá-la..."
"Eu era tempestade, você veio, sou calmaria.
E hoje? Sou tempestade.
Eu era frio, você veio, sou calor.
E hoje? Sou frio.
Eu era tristeza, você veio, sou felicidade.
E hoje? Sou tristeza.
Eu era escuridão, você veio, sou luz.
E hoje? Sou escuridão.
Eu era solidão, você veio, minha companhia.
E hoje? Sou solidão.
Eu era algo sem rima, você veio, sou poesia.
E hoje? Não tenho mais rima.
A saudade é minha sina.
Ah, aquela menina.
Você veio, você se foi.
Hoje só me resta na memória as lembranças do que eu era antes de nós dois..."
"E existe beleza no sofrimento?
Eu me pergunto a cada verso que escrevo.
Se existe beleza na solidão, então não há nada mais belo que, o todo que eu vejo.
Se existe, então só vejo beleza, quando me olho no espelho.
Solidão e sofrimento é tudo que eu vejo.
Sofro com o vento, pois, ele me traz seu cheiro.
O cheiro da pele e o macio negro dos seus cabelos.
O casal do desespero.
Solidão e desejo.
Fecho meus olhos e é só você que eu vejo.
A noite cai e com a penumbra, vem meu desalento.
No escuro do meu quarto me vem o questionamento.
Existe beleza no sofrimento?"
"E eu sempre achei que, a felicidade, à mim, nunca sorriria.
Mas ali estava ela, nos lábios dela, a felicidade eu via.
Ela me sorrira.
Não sei se, era ela ou minha felicidade que, eu vira.
Naquele momento, ambas se unira.
Eu sorria.
Pois minha felicidade, eu via.
Minha felicidade me olhava com olhos perdidos em alegria.
Queimava minh'alma, com um misto de desejo e malícia.
Quando em meus braços, minha felicidade aguerrida, de muitas decepções, sofrida.
Dos meus olhos e do meu aconchego, minha felicidade, partira.
E partira também, um coração que, já fora uma tarde quente e hoje é uma noite fria.
Não existe felicidade, da minha felicidade, a despedida.
Pode ser que, em meio as ilusões, mentiras e despedidas, a felicidade, à mim, nunca sorrira..."
"E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Não entendi muito bem o porquê de, naquele momento, ela voltara.
Não sabia ao certo por que me chamava.
E do rosto dela, eu sequei uma lágrima.
Olhava em meus olhos, não entendi o porquê chorava.
Uma vez que, foi ela quem decidiu partir pra longe de mim, não quis ser minha morada.
E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Por perdão ela implorava, me dizia que estava arrependida, até ajoelhara.
Me disse que estava mudada, que só de mais uma chance precisava.
E do rosto dela, eu sequei uma lágrima.
Talvez ela tenha visto em mim algo divino que, seria capaz de perdoa-la.
Não consegui abrir mão das minhas mágoas, ela estava enganada.
E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Nessa noite ela partiu aos prantos, jurando que não mais voltara.
Rogo para que, ao menos, tais juras não sejam falsas, pois minhas verdades, são amargas.
E do meu rosto, eu sequei uma lágrima..."
"Olhe, veja bem, para você ver.
Não desvie o olhar de quem desviaria o curso do mundo por você.
Olhe nos olhos do tolo, que blasonava sobre você.
Procuro você no escuro do quarto e cadê?
Me olhas com desprezo, com aquele seu olhar blasé.
A cada dia mais, tu matas meu querer.
E serei eu o culpado se esse sentimento morrer?
Olhe, veja bem, para você ver.
Você drenou toda a essência do meu ser.
Você, você e novamente, você.
Como sempre, é sempre você.
As vezes, dá desgosto de ver.
O que se tornou eu e você.
Converteu-se em dor, você, que já fora da minha alma, uma fonte de prazer.
Mas olhe, veja bem, para você ver.
Se faz de cega pra uma verdade, que não quer ver.
Um dia será só eu e você.
Até lá, vou tentando esconder a verdade que só eu não quero ver.
Eu amo você..."
"Ô moça, 'cê tá até bem, quem não tá bem sou eu.
Como ficar bem, se na madrugada, desperto do pesadelo de você e eu?
Ecoa pelo meu corpo e abala minh'alma, os sonhos que me prometeu.
Ô moça, 'cê tá até bem, quem não tá bem sou eu.
Meu parvo coração, ainda sonha com o seu abraço, meu apogeu.
Ainda tenta se curar das mentiras que o entristeceu.
Ô moça, 'cê mente até bem, verdadeiro foi eu.
Quem te olhou nos olhos de lágrimas, cuja minha mente entorpeceu.
Eu, um ávido amante da razão, a loucura da sua ausência, minhas palavras enlouqueceu.
A sua doença é a ausência da verdade e o meu problema é a ausência de um beijo seu.
Ô moça, sua doença até tem cura, o que não tem solução é o meu..."
"Eu protelei minha felicidade em prol do orgulho dela.
Abri mão da minha fé em devoção à ela.
Falando em fé, no fim das contas, minha religião é ela.
O meu templo de adoração é o corpo dela.
Pecador que sou, roguei pelo perdão dela.
Não obtive resposta, nem do meu sofrimento, uma trégua.
Ela nunca foi-me deusa da paz, do amor; Ela é a deusa do ódio, da guerra.
Vislumbro meu eu, mortal, enganado sobre ela.
Achei meu paraíso e meu inferno nos olhos dela.
Sua ausência é sal na ferida aberta.
Novamente, me perco em mazelas.
Me afogo nessa cacimba, que é amar ela.
Tento tornar-me um ateu acerca dela.
Mas o vento, servo fiel da minha algoz, traz-me cheiro dela.
Eu suplico pelos beijos e só recebo o suplício dela.
Na noite, eu sou um escravo e novamente, adoro ela..."