Waan Oliver
Aos olhos do Ego nós sempre teremos algum defeito. Pelos olhos da Alma nós sempre seremos perfeitos.
E quando o Patinho Feio virou Cisne?
Quando ele se olhou de verdade, quando ele conseguiu se enxergar pelos olhos da alma. Ele viu que ele era perfeito do jeito que ele era. Quando ele descobriu isso; ele conseguiu olhar para os outros, encontrar os seus iguais.
Quando aumentamos o nosso campo de visão trazemos mais luz, mais consciência. E esse olhar mais amplo é o que nos leva para frente, para seguir adiante, para o futuro. Onde nós realmente podemos ter mais possibilidades, alçar voos maiores. Quando expandimos a nossa visão ganhamos muito mais compreensão e aprendemos a ter mais gratidão.
E o que o diferente nos mostra? Nos mostra o quanto ainda temos raiva de nós mesmos por não podermos ser nós mesmos.
Tudo aquilo que eu não consigo ser, aceitar em mim, eu projeto no outro, eu coloco no outro toda a culpa, toda a raiva, toda a minha frustração. Porque muitas vezes ser nós mesmos, sermos de verdade, é um preço muito caro a se pagar e nem todos terão essa coragem de poder pagar e de ser.
O diferente nos mostra o quanto ainda precisamos evoluir, crescer como seres humanos e aprender com as diversidades.
Solidão é algo que vai sempre existir. É necessário que ela exista. Por mais que estejamos ao lado das pessoas, uma parte de nós se sentirá só. Ninguém nunca vai nos compreender a fundo, ir no nosso âmago. Esse é um trabalho só nosso. Através da solidão que entramos mais em contato com nós mesmos.
Nós somos seres individuais, únicos. Não precisamos procurar uma outra parte que nos complete, porque não existe outro que irá nos complementar. Fazer isso é perda de tempo. Estar ao lado de alguém e achar que irá acabar com o sentimento de solidão também é perda de tempo. Uma solidão jamais se encontra com outra e fundem-se. É algo que sempre permanecerá separado.
O quanto eu consigo conviver com o ego do outro?
Trabalhar o nosso ego talvez seja a tarefa mais difícil de todas, e quando o problema é o ego dos outros fica ainda mais complicado. Conviver com as diferenças é o que torna o aprendizado maior. E relacionamentos é aonde nós somos mais testados, onde temos maiores possibilidades de desenvolvermos nossas qualidades, trabalhar os defeitos, superar limitações. É uma grande oportunidade para todos nós crescermos.
Nós sabemos que estamos prontos para nos relacionar quando conseguimos ver o melhor e principalmente o pior do outro. Quando conseguimos conviver com a diferença de ego do outro, quando conseguimos ver também que o outro é um ser humano igual a nós. Ver, aceitar, compreender esse pior talvez seja o nosso maior aprendizado. Porque mostra o quanto nós estamos preparados para lidar com as diferenças. Para lidar com algo que muitas vezes também está em nós.
Porque no início é maravilhoso, mas e depois que a beleza não conta mais? O que eu faço quando não consigo ver mais qualidades? E quando o outro deixa de ser perfeito? O que sobra disso tudo? Será que ainda sobra algo para continuar, para ficar? E o outro nos mostra muito o quanto nós conseguimos conviver com nós mesmos. Conviver com alguém que também é humano. O outro sempre será um grande espelho para nós. O que ainda não sou capaz de ver em mim, eu enxergo no outro.
Quando conseguimos aceitar, conviver com essa diferença de ego os relacionamentos tem grandes possibilidades de crescerem, de realmente darem certo. O ego deixa de ser o foco principal, damos um passo maior, transcendemos limitações. Passamos a ter mais consciência, mais maturidade, mais compreensão. Entendemos que o outro está ao nosso lado porque também consegue lidar com o nosso ego.
Eu fico com você porque eu ainda encontro motivos para estar ao seu lado, mesmo tendo diferenças. Eu vejo algo a mais para poder continuar. Eu vejo o quanto de bom você tem, e o que me incomoda é muito pouco perto disso. Eu aprendo com você e você também aprende comigo. E com você eu me torno alguém ainda melhor. Porque eu sei que você é a pessoa certa pra mim.
Nós sabemos que estamos prontos para nos relacionar quando conseguimos ver o melhor e principalmente o pior do outro. Quando conseguimos conviver com a diferença de ego do outro, quando conseguimos ver também que o outro é um ser humano igual a nós.
E os problemas só se transformam quando temos compreensão e consciência para entender o que de fato precisamos mudar, aprender com eles.
O novo nem é tão novo assim. O novo já está aí há muito tempo, só que ainda não foi descoberto. Novo é aquilo que ainda não conhecemos.
Passado só vira passado quando é compreendido. Fora isso continua presente, interferindo no nosso futuro.
Você pode ter um tesouro ao seu lado, mas você vai continuar enxergando apenas pedras no lugar de ouro. Porque você ainda não aprendeu a enxergar com os olhos da alma.
Não é vivendo coisas superficiais que iremos encontrar a felicidade. O nome disso é prazer. O prazer é um momento. A felicidade é um estado.
Às vezes é necessário ir ao fundo do poço muitas, muitas vezes, não para sofrer mas para se ter respostas.
E o fundo do poço nos leva ao nosso âmago, ao silêncio. E no silêncio encontramos respostas, nos (re)encontramos.
O que é Meditar?
Me editar. Retirar tudo o que não é seu de você. Um estudo profundo sobre si próprio. Uma auto-observação de si. Acima de tudo é um mergulho dentro do próprio ser, onde o indivíduo busca um encontro consigo mesmo, com sua essência, com o seu divino. Meditação é uma lapidação do ser. É uma desconstrução e uma reconstrução do ser.
E um dos maiores medos dos seres humanos é justamente perder aquilo que não lhe pertence, perder tudo aquilo que ele construiu sobre si mas não é. No fundo é uma perda do ego. É sair do mental para um outro estado de consciência.
O inconsciente se comunica através dos sonhos. Os sonhos trazem grandes mensagens que o consciente ignora.
Ninguém conserta as coisas apenas falando. As coisas se consertam com atitudes, com uma mudança de postura e acima de tudo com uma mudança de consciência.