Waan Oliver
Muitas vezes queremos interferir em algo maior do que podemos. Queremos interferir em coisas que ainda não temos uma dimensão grande para enxergar aquilo.
Será que o errado é o errado? Será que o meu certo, dentro da minha visão é o certo mesmo?
E em certos momentos precisamos admitir nossa pequenez diante dos fatos da vida. Precisamos ser humildes para aceitar o que acontece com nós e com os outros. Porque nós ainda não temos a capacidade para ver o que está por detrás daquilo. O quanto de certo está escondido por detrás de algo que ainda julgamos como errado. Não temos ainda uma amplitude para ter a visão do todo.
No intuito de ajudar podemos muitas vezes estar atrapalhando. Muitas vezes o errado é o mais certo para o outro, porque é através do errado que ele irá ter as lições que precisa ter. O amor ensina muito, mas a dor ainda traz muito mais aprendizados. A dor comove mais, a dor derruba muitas barreiras, a dor sensibiliza muito ainda.
O silêncio não é tão silencioso assim. O silêncio pode nos contar muito, principalmente o que não queremos ouvir. O silêncio pode nos mostrar muito, principalmente o que não queremos ver.
Eu formo um Sistema e nós formamos uma Constelação. Todos nós estamos conectados, interligados. Somos estrelas do mesmo grupo. O que afeta um, afeta todos e o que cura um, cura a todos. A forma como nós nos conectamos aos outros é uma escolha de cada um. Pode ser através de laços ou correntes.
E do vazio nasce algo muito bonito chamado Paz, Equilíbrio, Centramento, Plenitude. Porque a paz que tanto pedimos só pode vir de dentro de nós, só quando estivermos vazios, totalmente livres de tudo aquilo que nos aprisiona.
É no escuro que enxergamos!
Por que será que o escuro nos assusta? Porque é no escuro que enxergamos! E enxergamos até demais! Nós vemos tudo aquilo que nos incomoda, tudo aquilo que nós temos medo.
Enquanto está claro, de dia, é tudo fácil. Não conseguimos enxergar as nossas sombras, os nossos medos. Luz demais também cega. E a noite, quando escurece, tudo aquilo que evitamos olhar começa a aparecer para nós. Por isso que algumas pessoas têm dificuldade para dormir a noite, porque elas veem demais. Acaba sendo tanta informação que perdem o sono. Dormir acaba se tornando um sofrimento, um tormento.
E o que mais incomoda talvez seja o medo da solidão, de ver o quanto estamos sozinhos por mais que tenhamos alguém ao nosso lado. O quanto realmente o outro está com nós? O quanto nós transformamos a nossa solidão em solidão a dois? Estamos acostumados a ser tão superficial na nossa vida, nas nossas relações. Muitas vezes estamos por estar em muitas situações. Não temos presença nem profundidade.
Quando fechamos os olhos vemos muito mais do que se eles estivessem abertos. Nós percebemos o quanto a nossa mente é uma bagunça, o quanto de barulho carregamos dentro de nós, o quanto de crenças está em nós ainda.
A solução não é algo que muitos irão gostar de ler. Porque é algo que nos leva a dor, mas que traz a cura. E um dos nomes dessa solução chama-se: Meditação. Que consiste em olhar para dentro de nós, em olhar para tudo isso que evitamos olhar, em saber reconhecer e dar um lugar para tudo isso. De perceber que tudo isso na verdade são apenas medos que fazem parte do nosso ego. E quando começamos a identificar isso, a olhar isso de uma nova forma, naturalmente tudo isso começa a se dissolver.
É como se fizéssemos uma faxina dentro de nós e jogássemos fora todo o lixo que carregamos. E aos poucos vamos percebendo que o barulho interior vai diminuindo, que os fantasmas vão desaparecendo, que aonde estava lotado de detritos emocionais, vai aos poucos começando a ficar mais vazio, a ter mais espaço, a ter mais silêncio. Um lugar onde a luz possa realmente entrar. E do vazio nasce algo muito bonito chamado paz, equilíbrio, centramento, plenitude. Porque a paz que tanto pedimos só pode vir de dentro de nós. Só quando estivermos vazios, totalmente livres de tudo aquilo que nos aprisiona.
Esvazie-se para encontrar a paz, a plenitude, o equilíbrio. E no vazio nós nos encontramos.
E na medida em que eu me vejo, eu também vejo o outro. E eu percebo as semelhanças que antes eu considerava como diferenças.
As estações do ano nos mostram o quanto nós precisamos mudar, nos transformar, aprender a se renovar quantas vezes for preciso.
Que depois de uma fase difícil, triste, complicada, que possamos também florescer. Que possamos ver o quanto de belo aquilo nos transformou, o quanto saímos melhores dessas situações, o quanto crescemos através dessas experiências.
As estações do ano nos mostram o quanto nós precisamos mudar, nos transformar, aprender a se renovar quantas vezes for preciso. É de perceber que a nossa vida também consiste de fases e que nem sempre irá ter no nosso caminho apenas flores.
E a grande mensagem da primavera é de aprender a olhar as flores da nossa vida. Não focar apenas no que está ruim, mas procurar olhar o que também existe de belo naquilo. De lembrar que sempre depois de uma fase triste, existe uma outra alegre. Existe uma fase colorida, e de como é bom poder enxergar isso.
O convite é para aprendermos a florescer, a colocar o melhor de nós para fora. Que depois de uma fase difícil, triste, complicada, que possamos também florescer. Que possamos ver o quanto de belo aquilo nos transformou, o quanto saímos melhores dessas situações, o quanto crescemos através dessas experiências.
Muitas vezes a questão não é enxergar o que ainda não foi visto, mas de aceitar aquilo que está sendo mostrado.
O que está por detrás de um vício? O quanto de dor, de sofrimento e mágoas está escondido nisso?
Costumamos sempre julgar a pessoa que tem algum tipo de vício, mas nunca paramos para refletir sobre o que porquê daquela pessoa ter esse vício. E muitas vezes é aquele vício que está ''salvando'' a pessoa, que está de alguma forma mantendo ela viva, porque através do vício ela encontra uma maneira de amenizar as suas dores.
Pode até não ser a maneira mais correta, mas foi o melhor forma que ela encontrou para aliviar as suas dores. Precisamos começar a olhar isso de outra forma, parar de julgar e começar a procurar entender os reais motivos que estão por detrás disso. Mais compreensão e menos julgamento.
O que eu tenho doutor?
Essa mania de nos compararmos, de querermos ser perfeitos, de querermos transformar tudo em um problema. O quanto ainda nos rotulamos, o quanto ainda nos limitamos? Queremos dar nomes para os nossos problemas, mas será que realmente é um problema mesmo? Não pode apenas ser uma parte nossa, da nossa personalidade?
Muitas vezes queremos encontrar um nome para o nosso problema, arrumar algum culpado, mas o que de fato vai mudar para nós? Nada! No máximo vamos conseguir um papel que nos rotule como sendo doentes e nada mais. Vamos continuar sendo a mesma pessoa. Será mesmo que nós precisamos disso? Precisamos de algo que nos rotule, que nos limite? Não podemos ser mais do que diz em um pedaço de papel?
O que realmente resolve de fato é aceitar o que está sendo colocado na nossa vida. O que será que precisamos aprender com isso? O quanto será que nós estamos apegados a um problema? E muitas vezes não é nem um problema, é apenas uma limitação, algo que ainda não aprendemos a desenvolver. E todos nós estamos aqui, justamente, para isso: Para nos desenvolver, evoluir, crescer como seres humanos. E cada um está no seu ritmo, no seu tempo. Cada um está aprendendo o que precisa para cada momento da sua vida. E isso não significa que um seja mais inteligente que o outro.
Nós ainda estamos muito presos na dualidade, no conceito de certo e errado. E o que é certo e errado? Certo e errado para quem? Percebe que quando existe a dualidade é inevitável a comparação? Ninguém é igual a ninguém. Todos nós temos a nossa individualidade, as nossas diferenças e que bom que existe essas diferenças. Porque através das diferenças nós podemos aprender muito com os outros e os outros também podem aprender muito com nós.
O que será que nós precisamos aprender tanto nessa vida? Qual a nossa maior missão de vida? Se amar! Porque nos amando, nos acolhendo poderemos amar a todos sem distinção. Entender que todos nós podemos ser livres para sermos o que quisermos, para sermos nós mesmos. Livres para expressar a nossa luz.
Sabe qual é o seu problema? Nenhum! Quando você aprender a olhar para dentro de si, você vai ver que não existem problemas, limitações, defeitos. Isso tudo são coisas do ego. Sabe o que você tem? O que você tem é uma alma, uma alma querendo se expressar. E que a sua alma é linda, perfeita e maravilhosa do jeito que é. E ninguém no mundo vai conseguir moldá-la para caber em algum molde.
Se queira bem. Ame-se mais. Acolha-se mais. Nós somos muito mais do que imaginamos.
O primeiro passo pode ser algo pequeno visto de fora, mas pode ser também algo muito grande quando visto pelos olhos da alma. O que parece ser uma distância de centímetros na realidade pode ser de quilômetros.
O Primeiro Passo
Esse tal do primeiro passo... Todo mundo fala desse primeiro passo. E qual é o primeiro passo? O que é necessário ser feito? O que eu preciso fazer?
O primeiro passo é algo que todo mundo sabe, mas que poucos tem a coragem de fazer. E o primeiro passo é começar a se ouvir. Ouvir o que realmente a nossa alma está tentando nos falar, nos mostrar, de aceitar o que muitas vezes ainda negamos, mas que de muitas formas a vida mostra para nós. Nos mostra através de algo que estamos vivendo ou através dos espelhos que estão a nossa volta.
E dar esse primeiro passo, talvez, seja o mais difícil de todos. É um movimento de alma muito grande que precisamos fazer, de ter consciência de que algo na nossa vida não está ''certo'', que precisamos mudar a forma de como nós estamos conduzindo a nossa vida. Pode ser algo bastante dolorido, porque vamos ter que aceitar o quanto ainda somos pequenos, muitas vezes egoístas em determinadas situações.
O primeiro passo pode ser algo pequeno visto de fora, mas pode ser também algo muito grande quando visto pelos olhos da alma. O que parece ser uma distância de centímetros na realidade pode ser de quilômetros.
Costumamos pensar que muitas vezes não saímos do lugar, mas não sabemos o quanto interiormente estamos movimentando, estamos trabalhando para o nosso favor. E quando algo começa a se refletir no exterior é sinal de algo muito grande já está sendo transformado no nosso interior.
E dar o primeiro passo é somente algo que cada um pode fazer por si próprio. Dar o primeiro passo é uma mudança de consciência, de postura, é de você sair do lugar de vítima, de começar a buscar as soluções para a sua vida. Dar o primeiro é abrir os olhos para algo maior, para algo mais amplo, de enxergar que podemos ser mais do que já somos. Dar o primeiro passo é começar a enxergar a nossa luz.
O primeiro passo é dizer Sim para a vida, de aprender com aquilo que está sendo mostrado para nós, de nos transformarmos, de procurarmos ver a luz em cada situação que estamos vivendo.
Estava ouvindo ''Nada Sei'' do Kid Abelha e é bem interessante essa letra. E é uma grande verdade o que diz na música. É através dos erros que vivemos!
Ninguém acerta o tempo todo. E o erro nos impulsiona a ir adiante, ir além, de tentar fazer diferente. Ninguém nasce pronto pra vida e é natural ao longo caminho errarmos muitas vezes. É o erro que traz os aprendizados, as lições, a oportunidade de crescermos. Mas é preciso estar consciente para perceber e aprender com os nossos erros. Acertar, ganhar o tempo todo nem sempre é bom. É preciso conhecer também o outro lado.
Em vez de julgar, de nos culpar que possamos aprender com os nossos erros. E a gente precisa reconsiderar algumas coisas que achamos que são erros. Muitas vezes o erro é um grande acerto.
O quanto de acerto tem nos nossos erros? Vale muito a pena refletir sobre isso. Para o nosso racional muitas coisas ainda são consideradas como sendo erradas, mas para a nossa alma foi o mais certo. E só conseguimos enxergar e entender isso quando temos mais consciência.
''Através dos outros, nos tornamos nós mesmos. '' Lev Vygotsky
Essa frase tem tanta afinidade com o trabalho das Constelações. Porque todos têm importância na nossa vida, todos de alguma forma contribuem para nos tornarmos nós mesmos. Todos de uma forma ou de outra são espelhos para nós, nos mostram o que ainda precisamos aprender, a desenvolver em nós.
E até mesmo as pessoas que não nos deram importância, reconhecimento, valor, também contribuíram para o nosso crescimento. Nos ensinaram a nós mesmos buscarmos o nosso valor, o nosso reconhecimento. E com o outro eu cresço, eu ganho mais consciência, maturidade e sabedoria.
Trazer essa tomada de consciência nos tira do lugar de criança e nos coloca como adultos.
E todos nós de alguma forma estamos tentando fazer esse caminho de volta, esse encontro, uns mais outros menos. Mas todos nós estamos tentando voltar as nossas origens, ao nosso centro, ao criador.
Porque é no centro que está toda a sabedoria, todas as respostas. É aonde chegamos ao fim dos nossos questionamentos.
Chegar ao centro desse labirinto é uma viagem sem volta. É algo arriscado, podemos nos perder, chegar a loucura, podemos encontrar todos os nossos demônios, mas também é um caminho para a iluminação. Chegar ao centro é um transcender da dualidade.
Às vezes são necessárias muitas vidas, repetir muitas histórias para ter essa compreensão, esse despertar da consciência, entender que não é um caminho externo, mas interno. É algo que somente cada um pode seguir.
O labirinto é uma jornada solitária de busca ao Ser, de busca a nossa essência. É uma quebra de Ego, é uma perda de máscaras, de personagens, de tudo o que não somos.
Texto inspirado na série West World.
Nada precisa ser forçado. Tudo vem, flui naturalmente para nós. O Universo se movimenta a nosso favor. A vida com toda a sua consciência traz as mudanças, as transformações. É tudo uma questão de estar aberto, receptivo para que venha o que tiver que vir. Basta apenas se entregar ao fluxo.
Os frutos, os galhos, os ramos podem ser diferentes, mas a raiz é a mesma. Aquilo que é essencial não muda. Viemos da mesma semente. E as nossas raízes são bem mais profundas do que imaginamos, é algo além do que podemos imaginar.
A dor é um convite para o crescimento. É um convite para olharmos para algo maior na nossa vida, para que possamos dar um passo adiante na nossa caminhada.
No passado eu fiz o melhor que pude, mesmo tendo errado. Aquilo que fazemos é o mais certo para cada momento. Hoje, eu posso fazer ainda melhor, justamente por causa desses erros. Eu pude tomar consciência através dos aprendizados que tive.
Assim, eu faço as pazes com o meu passado. Eu deixo o passado no seu devido lugar e com isso eu posso olhar para frente.