Vida Erin Zurich - Escritora
Eu pensei que tinha desistido de lutar e de viver.
Eu pensei que tinha entregado meus sonhos e ambições.
Acreditei falsamente que a tristeza ia permanecer eternamente, que meus lábios já não poderiam sorrir e cheguei ao ponto de sentir dor física, tamanha minha dor emocional.
Eu pensei que já não havia mais jeito de continuar.
Eu pensei que a dor tinha me destruído.
Eu achei que não tinha mais forças.
Me sentia devastada, acabada e completamente fragilizada.
Pensei que tinha ido embora meu vigor.
Mas, assombrosamente, Ele me resgatou.
Ah! Ele devolveu aos meus olhos o brilho que outrora estava apagado, ele renovou minhas forças arrancou minhas angústias.
Hoje posso entender que tudo que eu tinha pensado ter perdido foi porque eu precisava entender que eu não precisava de mais nada, além dEle.
Querida Buenos Aires, te conheci muitos anos atrás, quando nem mesmo ideais eu tinha formado dentro de mim ainda, quando minhas mãos não conseguiam segurar uma xícara de café direito e quando eu ainda andava de mãos dadas com a dor.
Andei pelas tuas ruas com medo, afinal, tu és uma cidade enorme, com ruas tão largas que minhas pernas curtas não davam conta de atravessar uma avenida sem que teus sinais de semáforo já sinalizassem o fim do percurso.
Ao partir, tu deixaste em mim o desejo te retornar. Retornar para o tuas ruas cobertas de folhas de outono, e para tuas árvores repletas de jacarandás na primavera.
Ao partir, doeu meu coração e senti minha alma me atrair para ti, eu sabia que retornaria, seguramente, voltaria para teus braços.
Passados alguns anos, conforme esperei ansiosamente, voltei.
Tu não mudaste muito, não mudaste nada, aliás.
Ainda me recebeste com alegres sorrisos, com as folha secas presas ao chão, com o clima adorável de outono e com o céu inconfundível que me abraça cada vez que o enxergo.
Por outro lado, voltei para ti muito diferente da menina daqui partiu, cheguei ao teu coração cheia de traumas, com muitas dores e medos que eu sabia que só cabia a ti cura-los.
Hoje, já consigo atravessar tuas largas avenidas sem necessitar correr, já sei pegar um trem e abraço tuas árvores com aquele sentimento de estar sendo privilegiada por estar aqui.
Hoje minha querida, meus sonhos não são mais conhecer a Disney, tampouco montar uma cidade de lego ou ganhar a barbie do ano, meus planos mudaram um pouco, meu sorriso já não é mais tão espontâneo e minhas palavras são mais comedidas, mas algo não mudou: meu amor por ti.
Sei que aqui ainda tenho muito chão a percorrer, mas também sei que a primavera me aguarda, com suas lindas flores e seu clima maravilhoso.
Não tenho medo, fecho os olhos e confio em ti, ainda que chegue o inverno, me sinto acolhida. Me sinto forte, já me sinto curada, por ti.
Não sou dessas que fala em suicídio ou sobre questões pessoais, mas estamos caminhando para o final do mês de setembro, lembrado na cor amarelo como simbolismo a prevenção do suicídio, então falando um pouquinho de mim. Serei breve...
A pouco tempo atrás, algo muito ruim aconteceu em minha vida, um fato que transcende ao entendimento de qualquer ser humano.
Cometi um erro e esse erro tomou proporções descabidas e desmedidas.
Ao que percebi minha vida, que não já estava sendo fácil, tornou - se impossível, ao ponto de nem mesmo eu querer aguentar o dia seguinte.
Todos se foram, não havia mais amigos e a muito já não havia mais parentes...
Incrível como o cenário pode mudar de uma forma tão brusca, não?
Quem já passou por isso sabe de que estou falando.
Quanto mais eu tentava subir do poço onde haviam me jogado, mais jogavam pedras para que eu não subisse. Chorar já não adiantava mais...
Existe um momento da dor em que lágrimas não regam mais nada, nem a empatia do próximo por ti.
Sabe aqueles amigos próximos e chegados? Na verdade, nem eram tão próximos, e se quer chegaram a mim.
Sabe aqueles parentes que lutam por você, mesmo quando você está errado, afinal ninguém pode falar mal de você, só você mesmo.... Então, eles reapareceram para prejudicar.
Sabe aquelas pessoas da igreja, que você pode contar para qualquer coisa? Aqueles irmãos amados que te dão um abraço, sem julgamento e esperam pelo seu tempo de falar sobre o ocorrido?
Isso nem existe mais. A moda é jogar pedra no seu poço.
As pessoas não têm noção da crueldade de seus atos até que elas passam pelo seu mesmo caminho e esse dia sempre chega. Chegou para mim.
Depois de chorar, de secar minhas lagrimas, de cair, de rastejar.... Lembrei:
Eu posso sobreviver ao hoje.
Em uma noite de muita tristeza, olhei para o lado e enxerguei a única pessoa que estava ao meu lado.
E adivinha o que eu vi?
Alguém que estava sofrendo mais que eu.
Alguém cujo coração estava mais triste,
mais dolorido e magoado que o meu.
Caí em mim e pensei: " - É por ela que vou viver. Minha mãe."
E o mais engraçado?
Ela nem é minha mãe biológica, infelizmente. Mas é por ela o meu respirar.
Posso te afirmar hoje, que se eu consegui, você também consegue. Não desista, vamos tentar de novo...
E se por um acaso, você precisar conversar com alguém que não vá te julgar, ligue para o cvv - centro de valorização a vida, o custo é de uma ligação local e na maioria das vezes sua própria franquia cobre.
Certa vez me questionaram sobre o melhor momento da minha vida, sem titubear respondi que havia sido todos aqueles mais difíceis, onde pude constatar o quão forte eu era e como eu poderia ser mais e mais e mais forte ainda.
Não sou o tipo de pessoa que teme as dificuldades ou que se esconde por detrás de um sorriso quando as lágrimas ardem e teimam em sair, aproveito o momento de alegria ao
máximo, mas valorizo cada lágrima.
As pessoas têm a ilusão de que a felicidade é um estado de “estar”, mas não é.
Felicidade é um estado de “ser”...
Ou você é feliz ou você não é feliz.
Ser feliz é muito mais do que um momento, ser feliz é encontrar dentro de um momento ruim a razão para estar vivo, é achar na dor, a alegria de existir e achar nas dificuldades
uma oportunidade para se sobressair.
Se felicidade fosse um estado de “estar”, então quantos de nós poderíamos dizer que
somos infelizes?
A vida consiste em momentos, e viver cada momento com a convicção do estado de “ser” feliz te concede vantagem sobre a aquele que não consegue ver beleza nem mesmo
em si próprio.
Ela é linda e jovem, com uma sensatez que eu nunca vi igual. Muitos filhos nascem do útero, eu nasci do coração dessa mulher, que me aceitou, me acolheu e me abençoou.
Quando cheguei na vida dela, estava cheia de traumas e dores, mágoas e solidão, mas, ela me curou, arrancou de mim a dor com seu toque e apagou meus traumas com amor, ela desfez minhas mágoas e trocou minha solidão por barulho. Sim, ela adora fazer barulho, e eu, que detesto, tive que me acostumar com isso e eu juro, não foi fácil.
Me ensinou a economizar, me ensinou sobre tolerância, me ensinou sobre amar e também sobre ser amada.
Em minhas crônicas, ou resenhas e até em meu livro, certamente vocês muito verão eu falar sobre ela, pois cada uma fala daquilo que vive, e eu, com orgulho, vivo Michelle.
Antes que e fale, ela já sabe o que preciso, antes que eu peça, ela já me presenteia e antes que eu pense, ela já deduziu.
Ela é o melhor sorriso dos meus lábios, o melhor olhar que tenho é para ela, e ela não merece menos do que todo meu amor.
Todas as lágrimas que já derramei, ela estava lá para enxugar, todos os meus prantos, ela me abraçou e nas minhas crises, ela foi amorosa.
Ela não é perfeita, é esquecida e um pouco louca. Já me esqueceu em alguns lugares, já brigou comigo por coisas absurdas e odeia ser criticada. Ela é bem crítica e exigente, e talvez por isso, eu também seja.
Eu a amo, e não há nada no mundo que eu queira mais do que, ela ser eternamente minha, porque eu serei eternamente dela.
A minha verdade sobre Uberlândia, um Adeus!
Minha jornada nessa cidade durará apenas 7 meses e daqui levo comigo apenas a lembrança da péssima experiência que tive nos mais diversos lugares que relato nesta crônica. De mim, porém, deixo nessa cidade apenas um processo que movi contra o mercado Bretas.
Antes de vir morar em Uberlândia pesquisei muito a respeito da
qualidade de vida, clima, segurança, ensino e mercado de trabalho. Pesquisei ainda referente a cultura dos Uberlandenses e dos chamados ‘uberlandinos’ (como são chamados os que vieram de outros estados mas se auto naturalizaram uberlandenses).
Já nos primeiros 15 dias residindo no bairro Santa Mônica, por volta das 13h de um sábado fui abordada por um meliante montado em uma motocicleta que supostamente necessitava de informações, sim! Era um assalto!
Como numa tentativa otimista pensei dias depois do susto: “ - Tudo bem, poderia ter acontecido em qualquer outra cidade! (embora nunca antes tenha sofrido essa experiência).
Então começou minha sina em busca de emprego, tendo sido chamada para o emprego por 8 vezes, passado em todas as entrevistas e provas, chegava no dia e recebia uma ligação dizendo que: ou a vaga havia sido cancelada ou que havia sido adiada para outra oportunidade que não chegara até hoje. Até hoje não vi um nativo da cidade cumprir sua palavra.
E o “ali” de mineiro? Não está menos de 10 quadras.
“Já estou chegando”, espere sentado.
Quero ressaltar aqui que sou proveniente do Rio Grande do Sul, e por mais estranho que pareça, quando digo isso por aqui sempre ouço a mesma pergunta: “ O que vieste fazer aqui?!
Vim buscar qualidade de vida!
Sempre foi minha resposta.
Possuo autismo, e minha busca por tratamentos qualificados aqui também fora uma tarefa frustrante, uma vez que a cidade não disponha de entidades apropriadas para tal deficiência.
Outra grande curiosidade sobre Uberlândia é a quantidade de deficientes físicos que circulam na cidade, posso afirmar sem medo de errar que nunca havia visto nada igual, há cadeirantes por todos os lados, especialmente no terminal central da cidade. E eles possuem uma força de vontade inimaginável, como também não há em deficientes físicos de outros locais dos quais já visitei ou residi.
Antes de mudar para Uberlândia eu alertava minha mãe que possui um sotaque gaúcho carregado:
Tente ser mais gentil, não vai colocar os mineiros que falam daquele jeito doce e meigo para correr!
Mas, durante toda nossa permanência em Uberlândia, tive o desprazer de conviver com pessoas arrogantes, prepotentes, autoritárias e que não tem o mínimo de compaixão pelo próximo. Todos são assim? NÃO! Mas grande parte das caixas de supermercado, servidores públicos e atendentes de loja.
Já ouviram falar na loja da algar do terminal central? Fui fazer a contratação de um plano lá e durante todo o atendimento que durou mais de 20 minutos a vendedora se quer olhou para mim, nem para dar boa tarde, e no final, sem que ao menos eu assinasse o contrato, ouço ela dizer: - PRÓXIMO! Annnn???? Como assim?
Mas o choque cultural para mim veio mesmo quando percebi a falta de amor da população pela cidade.
Jogam lixo no chão estando ao lado da lixeira. CHOREI QUANDO ASSISTI ISSO PELA PRIMEIRA VEZ!
A cidade é linda, arborizada e possui uma arquitetura invejável as demais cidades do estado e até do país, e seus moradores não a amam! Que dor eu senti e sinto quando assisto essa cena.
Os passageiros dos ônibus jogam lixo pela janela, não se preocupando que isso possa causar um acidente com o veículo de trás.
O terminal central a tarde mais parece a sucursal do inferno!
Isso sem falar do parque do Sabiá, que é Open Bar de drogas em plena luz do dia, com a PM passando ao lado e lhe restando cumprimentar os usuários sem nem mesmo aborda-los! Não é por nada não, mas eu não sabia que já haviam legalizado as drogas por aqui.
Penso que se realmente Uberlândia é aquilo que as estatísticas dizem na Internet, só há duas possibilidades: ou as estatísticas estão desatualizadas ou a cidade realmente não foi boa para mim que vim do Sul, um estado que está em um patamar completamente diferente daqui.
Fato é que, destratar aquele que te trata bem, jogar lixo deliberadamente no chão estando ao lado da lixeira e prestar um péssimo serviço para o cliente não diz respeito a minha opinião, mas sim a uma cultura que nunca havia vivenciado em lugar algum do Brasil, nem na América latina. Precisamos rever nossos conceitos de como sermos mais humanos.
O que é ir atrás de um sonho?
Fui a uma livraria á algum tempo atrás e havia uma parte apenas para livros de auto ajuda.
Diversos livros contendo frases motivacionais para pais, filhos, amigos, empreendedores, sonhadores.
Me recordo de um livro que dizia: "Seja quem você quer ser, tenha o que quiser ter"
Imediatamente pensei: Nooooossa! O livro deve ser ótimo, nele deve conter uma porção mágica no qual você dorme em sua casa e acorda na França, ou dorme desempregado e acorda como diretor de uma multinacional. UAU!
Então, abri o livro e tinham apenas frases infindáveis de como pensar positivo.
Claro que eu acredito na força do pensamento, mas, mais que isso existe a persistência.
Minha mãe já perdeu muito, mas ela não desiste, ela definitivamente tem mais a ensinar do que um livro.
A minha ex-médica nasceu muito, muito pobre, foi usuária de drogas na infância e adolescência e após muito pensamento positivo E persistência, ela se tornou médica. Certamente ela tem muito mais a ensinar que qualquer livro.
Mães solteiras criam seus filhos e eles se tornam cientistas e professores. Sem dúvidas, elas têm mais a ensinar que livros.
Não estou criticando a leitura de um livro de auto ajuda, de forma alguma. Na minha opinião, ele são bons livros, mas são livros!
Se pegarmos o exemplo de pessoas ao nosso redor, saberemos de casos bem próximos de pessoas vencedoras e advinha:
A maioria dessas pessoas não leram livro nenhum para vencer, elas só lutaram, afinal, como se tornar vencedor sem que haja batalha?
Seria incoerente de minha parte criticar escritores, sendo eu, uma, mas seria também uma incoerência dizer que livros tem tamanho poder. Leia muito, mas não basta apenas ler, serve apenas como motivação e conhecimento, e, que não esqueçamos: Conhecimento é poder.
PARA PROFESSORES
Tu provavelmente não deves te recordar de mim, afinal, tiveste em minha época, um numeroso número de alunos, mas, eu sou daquelas que floresceu devido ao bom e dedicado ensino que recebi de tua parte e também da parte de alguns outros inauditos professores.
Assistindo ao noticiário, não é incomum vermos alunos agredindo física e moralmente os professores, humilhando - os ou mesmo os desrespeitando.
Admito que desligo imediatamente a TV, viro a página do jornal ou fecho o site que leio notícias desse cunho.
Eu vim de uma geração diferente dessa, e falo isso com orgulho.
No meu tempo eu ansiava pelas suas aulas de português ou pelas aulas de história de Andresa, temía, porém, adorava as aulas de matemática de Carmem Zita, e fazia fila indiana para o recreio. Respeitava honrosamente a hora do hino nacional e levava a mão direita ao coração, como sinal de respeito à nossa pátria amada.
Durante as provas, era muito raro um aluno reprovar por não ter tido a devida atenção do professor durante as aulas e não podiamos mascar chicletes em aula. Provavelmente nem a senhora, nem eu imaginávamos que os tempos mudariam tão depressa ao ponto dos alunos se sentirem no direito de torturar emocionalmente os professores como vem acontecendo.
É sabido de todos que o governo nunca valorizou a classe docente neste país, mas, os tempos nunca estiveram tão difíceis.
Como disse no início, eu sou aquela que teve o privilégio de ter um bom ensino, além claro, uma boa educação. Aprendi que devemos reconhecer quem nos ajudou e honrar nossos começos. Jamais esquecermos da semente que um dia foi plantada em nós, nem de quem a plantou. É para isso que estou aqui.
Talvez não lhe seja tão importante, entretanto, gostaria que soubesse que me tornei, escritora e advogada.
Sou amante das palavras, leio absurdamente mais do que meus olhos permitem, porém, minha alma clama por conhecimento.
Por mais escabroso que seja o livro, é como viver em mundos paralelos.
Escrevo crônicas, relato situações segundo meu ponto de vista e elucido com minha próprias palavras. Ajudo na formação de opinião e dou voz aos que não tem essa facilidade.
Apesar de não advogar, sou formada em direito e também cursei 4 semestres em economia, concomitante com o curso de direito. Como mencionei: adoro ler.
Tenho um bom caráter, respeito os mais velhos e aprendi nesta fase de criança e adolescente que a melhor forma de contribuir com o mundo é estudando, pois assim, criarei algo de útil para outros usarem, estabelecerei novos padrões de segurança ou criarei novas leis. Meus esforços tem sido incansáveis para mudar o mundo, o meu mundo. E meus padrões de exigência são altos, portanto, dou meu melhor.
Falei sobre mim para te dizer que sou uma aluna que, orgulhosamente, posso sorrir e dizer que não envergonhei os bons professores que tive.
Me recordo de tuas aulas, e me recordo de algumas frases que você dizia. Me recordo de uma em especial que me norteou por várias fases de minha vida:
" Se vocês se esforçarem durante o ano letivo, não terão dificuldades de passar de ano."
Trouxe comigo essa frase porque, para mim, o ano letivo é a minha vida toda, e eu dou o melhor de mim, não há razões para não dar certo...
Com gratidão, carinho e respeito,
Já vivi uma história que não era minha por alguns anos da minha vida, agora chegou a hora de viver minha própria história, que cá entre nós, é mais interessante que qualquer outra história por aí. Quem me fez mal tem mais lágrimas a derramar pelo meu desprezo do que eu jamais terei lágrimas a derramar pela sua maldade, que nunca se vingará em minha vida.
Eu queria dizer que Jesus podia curar, mas Ele não tinha me curado. Eu queria dizer que Ele amava, mas a muito eu já não me sentia amada. Eu queria dizer que Jesus Cristo era vida, mas meu Deus, eu me sentia morta. Queria dizer que nele, podiam ser livres. Mas eu me sentia aprisionada.
Bem ali, no meio daquele altar, tomei a decisão de deixar aquela vida.
A maioria dessas pessoas não leram livro nenhum para vencer, elas só lutaram, afinal, como se tornar vencedor sem que haja batalha?
Obrigada por ter me dado a luz. Ainda que não tenha me gerado no ventre, a luz que você me deu foi a mais brilhante que há: a do amor.
Você negro, eu branca
E ainda tem o pardo, amarelo, índio
Você homem e eu mulher
E ainda tem o trans, o gay e a lésbica
Você doméstica e eu escritora
E ainda tem os médicos, professores e dona de casa
Você com depressão e eu com ansiedade
E ainda tem os bipolares e esquizofrênicos
Você mãe e eu filha
E ainda tem os irmãos, primos e pais
Você de aparelho e eu de óculos
E ainda tem os cegos, surdos e paralíticos
Independente de quem somos, todos fazemos parte de uma mesma sociedade.
Eu tinha certeza de que não poderia sair nada bom daquela situação, ainda bem que eu estava errada. Aprendi muito, especialmente que o amor não é submisso ao tempo. Existem amores eternos que duram apenas alguns meses.