Vander Luis Devidé
Um desentendimento ou outro poderá ocasionalmente existir, mas é importante o casal saber resolver tudo a seu tempo, para que não tomem proporções maiores, pois as brigas passam e o amor permanece.
O importante para se levar uma vida feliz é sempre reconhecermos nossa parcela de responsabilidade em toda e qualquer situação.
Se desejamos construir uma família, em nosso projeto de lar feliz, nunca poderá faltar amor, dedicação, anulação do ego e, acima de tudo, respeito mútuo.
Na verdade, este abismo entre o casal não surgiu num passe de mágica, de uma hora para outra. Ele foi surgindo através das mágoas engolidas, das palavras ásperas, dos sentimentos de incompreensão e abandono, da fisionomia fechada, enfim, de inúmeros sentimentos não resolvidos.
Não culpe seu pai ou sua mãe por um casamento desfeito; esse assunto está além do entendimento dos filhos. Eles podem deixar de conviver como marido e mulher, mas serão eternamente seus pais.
Quando uma pessoa se sente feliz e amada, não sente necessidade de preencher o seu interior com produtos químicos, pois o amor por si mesmo e de todos os seus familiares a preenchem totalmente.
Uma receita infalível para a infelicidade é sermos críticos e exigentes. Uma vida assim lhe garantirá a certeza de muitas dores pelo corpo, uma insatisfação e angústia constantes, bem como uma assegurada solidão.
Em sã consciência, ninguém aceitaria dar uma voltinha com uma pedrinha dentro do sapato. Por minúscula que seja, ao sentirmos sua presença, paramos imediatamente, onde quer que estejamos para retirá-la. No entanto, carregamos imensos pedregulhos em nossa mente e em nosso coração, que machucam tanto ou mais ainda que uma simples pedrinha no sapato.
Muitas pessoas, vitimadas por um esmagador sentimento de culpa e autopunição excessiva, acabam por criar ou atrair situações (conscientemente) indesejáveis. Mas ao vivenciá-las, experimentam (inconscientemente) um mórbido prazer por estar pagando estes e aqueles erros.
"Eu nunca vou me perdoar!" O que isso significa e em que implica? Significa sofrimento e implica em sofrimento. Este pensamento está claramente associado a ideia de autopunição.
Nas experiências vivenciadas em nosso dia-a-dia, o perdão a si mesmo tem se destacado ao mesmo tempo tão necessário quanto difícil de ser conquistado em sua plenitude. Por vezes somos ricamente generosos para com os outros, e pobremente intransigentes para conosco mesmo.
Assim como o perdão às outras pessoas exige honestidade emocional e amor, conceder o perdão a si mesmo exige generosidade de sua parte para consigo mesmo.
Não podemos simplesmente ‘deixar’ fatos ou lembranças desagradáveis em nossa mente, achando que com o tempo serão esquecidos, pois não serão. Precisam ser resolvidos, e não esquecidos.
Deixe de criticar as ervas daninhas no jardim do vizinho e experimente passear pelo seu próprio jardim!
Ser emocionalmente equilibrado não significa que você deva se calar quando deve falar, mas faz com que você se cale quando não deve falar.
Sem partida não existirá chegada, e não é com um único passo que chegaremos ao nosso destino, mas pela sequencia continuada e ordenada dos passos. Pode ter a certeza: não são passos simples, mas saiba que são possíveis quando você quer. Portanto, não perca a coragem!
Quando nos descuidamos de nossa mente (e coração) e permitimos a invasão de sentimentos negativos que no roubam a quietude interior e passamos a levar uma vida que não se coaduna com o verdadeiro amor, a doença pode surgir, convidando-nos à uma profunda reflexão, conversão, e decisão em voltarmos a fluir com a vida, e não contra a vida.
Não são orações ou rituais em si que nos proporcionarão a cura, mas sim as transformações interiores motivadas por tais orações e reflexões.
É preciso deixar de buscar a cura através da pílula dourada ou da oração poderosa de tal pessoa, pois esse ato traduz a atitude mental de que ‘alguém fará por mim’, o que contraria o legítimo processo de cura, que se constitui em uma verdadeira intimação a nos tornarmos os promotores de nossa própria saúde.
É necessário identificarmos a (enorme) diferença entre ser bonzinho e ser justo, pois nessa diferença reside a verdadeira reconciliação, fruto do discernimento que lhe permite agir de maneira sábia.
Justamente por acharem que perdoar implica em adotar atitudes como estas de uma vida resignada, de aceitação total e questionamento zero, oferecendo-se sempre e sempre a outra face, é que a maioria nem sequer arrisca-se a pisar no território do perdão.
Uma atitude desnecessária e questionável esta de denegrir a imagem do próximo. Principalmente se aponto seus defeitos comparo-os com as minhas (supostas) ‘virtudes’, ou seja, inconscientemente sinto a necessidade de rebaixá-lo para que eu possa ser exaltado.
Se nossos relacionamentos estiverem embasados no amor e no perdão, não existirão tantos atritos. Porém muitas vezes percebemos que houve uma inversão em nossos relacionamentos atuais, pois estão todos embasados no atrito, e não existe amor e nem perdão.
Quando sofremos uma ofensa, muitas vezes mergulhamos nas emoções negativas geradas por ela, e não nos damos conta de que o perdão seria uma opção oportuna para aquele momento. Na verdade, eu sei ficar magoado, mas não sei como me livrar da mágoa.