Valnia Véras

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Hoje, planto sementes na árida estrada de terra.

Hoje, esboço um sorriso tímido, acanhado, um traço fino de empolgação .

Hoje, enxugo uma lágrima que insiste em brotar dos olhos cansados.

Hoje, instigo, estimulo, reflito, sopro ideias…

Amanhã, da janela da minha alma, apreciarei a festa dos girassóis.

Valnia Véras

Inserida por Valnia

Na palma da mão

Na palma da mão cabe o passado, o presente e o futuro.
As linhas traçadas constroem pontes de afeto
entrelaçadas,
emaranhadas
de energias
de mil tons.

Na palma da mão acolhe-se o desconhecido
o infinito
o vento
escapando lentamente
entre as inúmeras histórias
misteriosas
cobertas pelo véu da saudade.

Na palma da mão repousa a esperança
de um lar
embalado num sonho
plantado no jardim da vida
enfeitado num ninho de passarinho cantador…

Valnia Véras

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Moro nas gavetas da minha alma

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⁠A bela do carrinho

Quando o carrinho passeia alegremente pelos corredores cinza,
tudo em volta se enche de alegria, cor e sabor.

Mas não é o que está dentro ou em cima que traz colorido ao dia.

Conduzindo o precioso carrinho, surge a moça de sorriso farto e voz marcante.

Em cada passo, ouve-se a melodia do desabrochar da vida…

Em cada abrir de portas, a persistência diante das adversidades,
a coragem diante dos desafios diários.

A bela do carrinho segue abrindo caminhos,
construindo afetos

e alimentando com amor a alma de todos nós.

Inserida por Valnia


Se você pudesse ver através dos olhos meus,
veria o céu estrelado do seu olhar.

Se pudesse sentir com meu coração,
entenderia que ele valsa com você.

Se você pudesse falar por mim,
sussurraria pobre poeminhas,
tentando explicar o que tenho a lhe dizer.

Se pudesse ler os meus pensamentos,
saberia que o meu mundo se traduz em você.

Inserida por Valnia



Poesia é afeto,
fantasia e melodia.

No caos do meu viver,
os versos embalam sonhos,
embrulham presentes
e ninam saudades.

Inserida por Valnia


Na meiguice daquele olhar, transmuta-se a saudade.

O suspiro de lembrança abraça o coração sensível.

Em meio a cortina da noite,
surgem imagens e medos gigantes,
bem no centro da escuridão.

Transmutando-se, o azul marinho dá lugar ao alaranjado das novas ideias...

A menina planta sorrisos tímidos
e corajosamente semeia amizade,
que germinam na infinita doçura do ser.

Inserida por Valnia

Quando moro em mim

A minha morada é intensa, densa, construída na labuta diária do desconhecido.

Nos cômodos do meu ser, encontro algumas janelas e cortinas,
finas e transparentes,
que escondem o mistério do amanhã.

As portas da minha morada são largas,
com inúmeras fretas que me deixam espreitar o horizonte lá fora.
Quando moro em mim, enamoro-me alegremente,
trilhando pela complexidade do viver.

Inserida por Valnia

Na mala da saudade
guardo os perfumes da infância
as fotografias do tempo
as esquinas dobradas
os sorrisos congelados
o vazio da cadeira em frente à mesa da cozinha…
E a esperança do reencontro.

Inserida por Valnia