Umbelina Marçal Gadêlha (Umbelarte)
Teu rosto sugere a poesia
e a fuga de um sorriso,
que contagia.
O teu olhar sedutor
preto no branco,
parece dominador.
Almas minhas
Não sei quantas almas tenho,
só sei que todas elas têm um coração diferente
que muda continuamente conforme a ocasião.
Uma alma tem um coração vulnerável
outra tem um coração intocável.
Uma alma tem um coração detestável
outra tem um coração admirável.
Uma alma tem um coração que afugenta
outra tem um coração que atrai.
Uma alma tem um coração que retrai
outra tem de coração que não trai.
Alma de coração que propõe
Alma de coração que desiste.
Alma de coração que magoa
Alma de coração que perdoa.
Alma de coração que se desapega
Alma de coração que se afeiçoa.
Estimo cada alma que em mim habita
Reverencio as almas que me fazer ser
quem penso que sou.
A prudência é uma lâmpada acesa no coração
que tem chama bendita chamada inspiração.
Eis um valioso farol,
a ponderação.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
A vida joga pesado
Acho que a vida gosta de jogar pesado algumas vezes.
Tem momentos que ela te joga em redemoinho em alto-mar e,
quando você pensa que vai se afogar,
ela te puxa e você vem à tona, ela te traz para terra firme de novo.
Em outros momentos ela te joga em fogueira ardente e,
quando você está se queimando e pensa que não vai suportar,
ela resfria para você respirar.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
Não olhe com pesar para a porta que se fechar,
pois logo outra porta se abrirá.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
Quando o Cupido é falso e atira a sua flecha,
chora-se o amor que não se tem
e vive-se a revolta de ser ferido.
Enjaulei meus pensamentos
e dei asas a liberdade
que voou sobre a imensidão
do infinito mundo desconhecido
perigosamente sedutor.
Quietude noturna
A quietude da noite perfumada,
aclarada relativamente
pela lua iluminada
mostra o reflexo acanhado
de uma sinuosa silhueta
feminina duelando com a lua.
Eu levo a linha a flanar
Eu levo a linha a flanar
doidivanada entre cores
e o rabisco pouco me satisfaz.
Silenciosamente assaz
mergulho na paleta buscando cores
que escorrerem pelos dedos da mão
e tracejo abstração.
Fome
Em nossos dias atuais, há muita fome que precisa ser saciada.
Há acentuada privação que consome almas e devasta seres a cada dia.
É urgentemente necessário alimentar o ser humano da fome
de saber
de arte
de poesia
de magia
de afago
de abraço
de amigos
de abrigo
de honestidade
de verdade
de caridade
de dignidade
de irmandade
de tolerância
de fé
de amor
de viver
de atitude
de completude.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
Solidão
Eu precisaria aprender a ser a minha amiga para estear a solidão
Pois sendo eu minha amiga, mesmo que só, não padeceria,
aparentemente desaprenderia a solidão.
Seria eu sempre a minha companheira de invenção
dia e noite, noite e dia, nada mais me prenderia
já não me abismaria a tempestade da saudade,
tampouco me assombraria a tormenta da solidão.
Eu não me procuro em ti,
nem tampouco quero que procures algo em mim.
Mas há alguma coisa, qualquer coisa em ti
que esquadrinha o labirinto dos meus pensamentos
e igualmente descortina o que está no teu pensar.
Eu sei que estou em ti, e não cobiço em ti me procurar
porque sei que eu estou lá no teu refúgio particular
silenciosa e tatuada em teu no olhar fugaz
e nas delicadas sombras que toldam o teu rosto.
Possuir-se
Possua-se.
Esvazie a mente e entregue-se a si mesma.
Viaje através da sua mente ao lugar que te deixa feliz.
Dedique-se a si mesmo.
Dedicar-se aos outros pode causar decepção,
mas se for se jogar que seja de coração.
Silêncio
E de repente calastes a minha voz.
Não foi por medo porque já não me podes amedrontar,
mesmo que ainda possas extremamente me prejudicar.
Foi por decepção, pois diante de tamanha traição
silenciastes a minha voz
já não busco palavras para argumentação.
Umbelina Marçal Gadelha (Umbelarte)
Se as tuas raízes são profundas e foram cultivadas com amor ao longo do tempo, então não tema os ventos fortes e tenebrosas tempestades.
Confie na árvore que vingou, fruto da semente semeada, regada e cultivada com o amor, a amizade, a união, a esperança e a fé.
E na hora que os temporais surgirem seja forte, corajoso, pois foste alimentado com nutrientes que te deixarão sempre de pé.
Afrodite
Imagine aquela deusa da beleza e do amor!
Imaginou? A linda Vênus que tinha por padrão
gerar desejo com suas curvas e poder de sedução.
Afrodite que abusava da beleza e enfeitiçava
levando os homens à perdição.
Imaginou? Pois então desimagine
Essa não sou eu, não.
Ausência
Foste ausência presente na minha cama fria
Foram tantas noites desabitadas de ti.
Rios fluíam dos meus olhos
encharcando os travesseiros.
A cada dia um pouco morri
afogada em angústia,
mas não feneci.
Toda forma de amor vale a pena.
Tenho ouvido e lido esta frase repetidas vezes e a cada vez mais me convenço que as pessoas quando a pronunciam não estão se referindo amor sentimento e sim à sexualidade.
É claro que o amor vale a pena, e não existe várias formas de amor, existe apenas AMOR entre pessoas, entre humanos, o amor entre irmãos, independente do sexo. Pois amor, antes de tudo é respeito, porém amor e sexo são duas coisas distintas.
Podemos e devemos amar a todas as pessoas independente de sexo, cor, religião, etc. pois foi isso que Jesus veio nos ensinar: o Amor.
Contudo o que estou percebendo é que a maioria das pessoas estão confundindo o amor com sexualidade.
Não estou dizendo aqui que o amor entre pessoas do mesmo sexo é inaceitável, nem que é menor ou nem menos importante.
Então ao invés de se falar que todas as formas de amor devem ser respeitadas, deve-se falar que devemos respeitar a sexualidade e a individualidade de cada pessoa.
Devemos respeitar as pessoas do jeito que elas são.
Pronto, Falei.
O tempo pode até contar, porém o verdadeiro valor das coisas, encontra-se na veemência com que acontecem: afinco, fervor, empenho, interesse, ardor, empolgação, insistência, zelo, tenacidade, calor, dedicação...
Todos os momentos vividos com intensidade determinam coisas inexplicáveis e incomparáveis.
Então não é o tempo e sim a entrega que faz a diferença.
Permita-se viver.