Tom Coelho
Cuide com atenção e carinho de seus argumentos. Lembre-se de que em comunicação, mais do que a razão, é a emoção quem impera.
Não vivemos num mundo de escassez, mas de abundância. O que existe é suficiente para todos e o ganho de uma pessoa não precisa ser a perda de outra.
Procure escolher as pessoas certas, mas também não tente escolher muito. Seja seletivo, porém flexível. Valorize virtudes, seja condescendente com os defeitos. Seus e dos outros. Abdique de amores impossíveis ou não correspondidos – ou aprenda, por opção, a conviver com eles.
Não são raros aqueles que iniciam atividades, mas não as concluem. Projetos arquivados, livros lidos pela metade, diálogos interrompidos sem conclusão, sonhos de toda uma vida abandonados como se fossem de uma única noite de verão.
Sou um inquisidor que, atrevidamente, invade lares e escritórios, ao alvorecer ou ao anoitecer, sem pedir licença, apresentando ideias, convidando ao debate e instigando à reflexão.
A cada novo artigo, as palavras não são escritas, mas desenhadas. Não são digitadas, mas dedilhadas. Porque contêm carinho.
Para praticar a solidariedade não necessitamos esperar a chegada do Natal para nos preocuparmos com a questão da fome. Não precisamos aguardar o advento do inverno para nos sensibilizarmos com o problema do frio.
Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a decisão tomada fosse outra.
Empreendedorismo é um jeito de ser e não de saber. Está vinculado mais à atitude do que ao conhecimento. Deve ser não apenas aprendido, mas apreendido. Não apenas compreendido, mas vivenciado.
Há um abismo entre o que as escolas entregam e o que as empresas demandam. A academia está distante e desalinhada do mundo corporativo.
A única diferenciação efetivamente sustentável é aquela baseada em pessoas. No brilho do olhar, na maciez da voz e no calor do toque, aspectos que máquina ou virtualidade alguma será capaz de reproduzir ou substituir.
Olhe para o céu, agora! Se é dia, o sol brilha e aquece. Se é noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.
A corrupção é fruto de nossa própria sociedade, consequência de nossas próprias leis, reflexo de nossas próprias escolhas.
Vivemos em um mundo governado pela ditadura da imagem. O triunfo da estética sobre a moral. Você é tão belo quanto seus trajes e seu último corte de cabelo possam sinalizar. Tão bom quanto a procedência dos diplomas e a fluência em idiomas possam indicar. Tão valorizado quanto a competência ratificada e os resultados apresentados possam parecer.
Balanços fraudados, currículos forjados, amores burlados. Vidas vividas na ilusão, imaginadas como devaneios à luz de uma quimera.
Rotina. Assim vivemos e morremos, dia após dia, percorrendo os mesmos caminhos, tornando nossas carreiras desestimulantes, nossos relacionamentos insípidos. Desencanto, alienação e desespero. O prazer e a alegria são raros. E voláteis. Somos completamente infelizes em nossa infelicidade e brevemente felizes em nossa felicidade. Estamos sempre aguardando o dia seguinte, quando tudo o que era para ter sido e que não foi supostamente acontecerá.
Estamos produzindo pessoas comoditizadas que não pensam, não refletem, não elaboram, não opinam. Pessoas enquadradas, presas a um plano bidimensional. A clonagem chegou ao cérebro antes do corpo físico.
Mulheres sabem como dosar a ponderação. Talvez os nove meses de gestação as tenham ensinado a virtude da paciência. Talvez as dores do parto as tenham ensinado o poder da resignação. Talvez a responsabilidade da amamentação na calada da noite as tenha ensinado o significado da tolerância.