Tiago landeira
Sem porquê
Assisto
O pensamento
Identidade e invenção
Pôr de sol e ciclo
Luz do engano e certeza
Dormir lento fechando os olhos
Adeus e nuvem
Não voa
Te leva
Especial e sem porquê
Ao sol e à memória pertence o tempo.
O sol se põe também no mar.
Eternidade.
A memória se põe também no mar.
Eternidade.
O tempo pertence a seu passo.
Nem sol ou eternidade.
O papel da verdade
Vai se engolindo a verdade com menos temperos.
Real em essência e busca.
Com atenção.
Com pensamento.
De pé na fila.
Entre um bando de responsáveis.
Entre as modas por estação.
Com as patentes de presos políticos.
O preço do globo e números
Circenses ou teatrais, puramente instrumentais.
O cotidiano fim de semana,
Sempre no particípio.
Arte plástica.
Como ser mais de dois mil anos depois de Cristo e uns trinta a mais depois de Cleópatra.
Sem muito destaque para contribuição à memória.
É verdade agora e mais ou menos.
À base de vento
O vento eleva minha estima.
Dá leveza ao meu corpo.
Veste minhas curvas no sol; na lua.
Abre as minhas sombras pra libertar os pensamentos.
Encaro os sonhos jogados pra trás, afundados no tempo.
Os rodopio no piscar dos olhos e sorrio. Rio.
De braços abertos vou com eles.
E seguem as borboletas do meu coração.
Assim voa o dia livre.
Com liberdade alcança o mar
O caminho de sons.
O que me diz o vento:
- Traz felicidade o sonho aberto ao mar.