Tiago Iorc
Viro pó
Viro vento
Viro todo o teu amor
Todo acorde refeito no anterior
No canto que vai
No choro que vem
Só a mudança é que se mantém
No caos dessa ordem: que maestria!
Uma linda e incessante coreografia
Da estrela ao teu peito, um só ritmar
Quem não escuta a canção
Não entende a gente dançar
Tanto a te falar
E lá fora, o mundo gira
Eu sei, daqui nada se leva
O duro é deixar de durar no teu olhar
Nesse jogo de tanto faz
Foi que a gente se desfez e agora a gente dança
Nessa guerra pela paz
Nessa insana lucidez
A vida nunca cansa
Por que será?
Quero viver, quero mudar, um motivo não há
E lá fora, o mundo volta a girar
Se é só o tempo, então releva
Já não há nada que possa irritar
Essa cura
Tem dias que parece
Que não vou conseguir
O medo me persegue
Me impede de sentir
Eu só quero amar direito
E ser tudo que eu puder
Seja o que for
Venha o que vier
Nenhuma dor é pouca
Nos erros aprendi
Na vida, sempre louca
Amar é decidir
E cada nova escolha
É o que precisa ser
Nem sempre o melhor
Às vezes não tem outro jeito
O jeito é seguir
Lembrar que o que me fere
Também me faz sorrir
Escrevo em um bilhete:
Ame tudo que puder
Seja o que for
Venha o que vier
E se caso for
Eu posso esperar
A chuva passar
Pra recomeçar
E se caso for
De ter que esperar
A chuva se vai
Pra tudo recomeçar
Sei
Eu me senti
E de nada adianta
Guardar amor
Tudo o que há
É pra dividir
Fui além do céu e o mar
Até achar
Meu caminho
Bem aqui
Sempre esteve
Na minha frente
Todo caminho trilha um Sol
Dentro do olhar de cada um
Se conhecer pra se gostar
Ser mais forte
Por acreditar
Na alegria de viver
Livre, era o que ela mais queria ser. Livre pra ir e vir e ser o que quiser.
Antes que esse mundo acabe, eu só quero que você desabe nos meus braços ao menos uma vez, porque pode ser a última, nunca se sabe.
Quando foi que viramos crianças crescidas num mundo assim tão sem graça?
Que saudade de você. Como pôde o nosso amor se desfazer? Eu não sei te esquecer.
Agora tudo me faz lembrar você nessa casa vazia de nós, que ecoa em mim numa dor, numa noite sem fim.
Que saudade de você. Nem o tempo aguenta mais tanto querer. A ausência de ti é só o que resta em mim.
E se achou que eu tava na pior, eu sinto muito te desapontar. Aqui a reza é braba. Aqui o santo é forte. Aqui balança, mas não quebra.
Tenho medo que meus sonhos evaporem antes de eu ir embora. Eu não quero ter que te deixar.
Às vezes eu me sinto triste, mas não quero que saiba. Às vezes o vazio é bem maior do que eu posso aguentar.
A vida é muito mais bonita toda vez que eu te sinto assim.
Vem cá ser meu problema, verão no meu poema. Me quero só pra ti.