Thomas Carlyle
Vemos homens que professam todas as qualidades de credo alcançarem, sob seu influxo, quase todos os patamares de mérito ou demérito. Não é a isso que chamo religião, essa profissão e declaração de fé; e que não raro se resumem a uma profissão e declaração de fé provenientes das exterioridades do homem, de sua mera região argumentativa, se é que chegam a ser tão profundas. Mas aquilo em que o homem crê verdadeiramente (e não raro só isso lhe basta, sem que ele precise declará-lo sequer a si mesmo, que dirá aos outros); aquilo que ele guarda verdadeiramente no coração, e do qual tem absoluta certeza, sobre suas relações vitais com este misterioso Universo, e sobre o dever e o destino que nele lhe estão reservados, trata-se, em todo caso, do que há de mais importante para o homem, e que, de forma original, determina tudo o mais. Eis sua religião; ou, quiçá, seu mero ceticismo e irreligiosidade: a maneira como ele se sente ligado espiritualmente ao Mundo Invisível, ou Não Mundo; e digo mais: explicando-me o que seja isso, você conseguirá explicar, em enorme medida, o que é o homem, quais os tipos de coisa que ele realizará.
A experiência é o melhor dos professores; só que as taxas escolares são pesadas.