Thiago Luis Mateus Santos
Mil corpos em movimento,
Mil corações acelerados,
De repente, um estrondo,
Um corpo parado,
Um coração desacelerado.
Novecentos e noventa e nove corpos em movimento,
Novecentos e noventa e nove corações acelerados.
Apenas em casa um coração despedaçado.
Eu não penso o que penso para pensar o que eu pensei, eu penso o que penso para pensar o que penso.
O inferno é um roteiro incontrolável
pelo autor.
O céu é o deslumbre do ontem para o fascínio
do amanhã.
A morte é apenas a ausência do pensar.
"Penso logo existo"
Seguir uma única linha de pensamentos não é pensar, é reproduzir. Vivemos em uma sociedade repleta de mortos em corpos vivos
Quantos relógios teremos que quebrar para alcançarmos a eternidade?
A glória tem sido roubada por ponteiros.
Não há saída para quem nunca tentou
fugir
Não há conflito para quem nunca enfrentou uma guerra
E não há futuro para quem nunca esqueceu o passado.
A solidão é a companhia daqueles que aprenderam a se germinar.
A companhia é a solidão daqueles que aprenderam a se podar.
Vivemos em uma era onde até o amor, que deveria ser a mais pura expressão do espírito, é levado a guerra do ouro. O dinheiro não cria o amor, mas pavimenta o caminho para experiências; o que, por sua vez, despertam sensações que oscilam entre o prazer e o desejo, tecendo o sentimento.
O amor não nasce do acaso, mas da convergência de paixões. As paixões, como raízes, se nutrem de expectativas e vivências. O ouro ainda que incapaz de criar, é a arma do que genuinamente deseja possuir. Assim como um ladrão não rouba sem a intenção, o homem que domina o ouro não compra amor caso não deseje tê-lo.