Thiago Lucarini
Em outro tempo, eu havia plantado um campo de flores de papel, porém involuntariamente as reguei com gasolina e, com minhas mãos débeis acendi o fósforo, agora as minhas flores frágeis, quebradiças e envelhecidas pelo andar cruel e tirano do relógio se incendiavam, ardendo em chamas, consumindo-se até as cinzas, não deixando nenhuma esperança, nenhum sonho para trás.
É hora de mudança, de colocar o que é necessário dentro de uma mala e partir rumo a um destino desconhecido, deixando para trás o desnecessário e seguindo adiante para a possibilidade do novo.
Não existe nada pequeno demais para que não tenha uma função. Lembre-se que o universo nasceu de um grão de poeira.
Eu me perdi nas asas de um sonho ruim, e por muito tempo fiquei presa em suas teias, porém este sonho ruim me fez metamorfosear de uma lagarta em uma sublime borboleta cheia de novas cores radiantes, me livrando de todas as sombras e cinzas.
O que torna a vida humana tão interessante aos seres sobrenaturais é justamente o seu prazo de validade, pois a imortalidade é na verdade um grande circo de tédio quando não se há algo, pelo o que lutar, viver ou amar.
A forma como você expressa o seu senso de união e respeito por outra pessoa está ligado muito mais ao jeito que você se comporta do que com a aliança no seu dedo.
Realidade e fantasia são vertentes de um todo. Sendo aquilo o que você acredita; a única coisa que separa uma da outra.
A dualidade do universo é: luz e trevas não se misturam, todavia complementam-se de uma forma estranha. Os fios do universo estão muito bem trançados, e não é tão simples desatá-los. O tear do destino girará até o último segundo e, quando ele quebrar descobriremos todos os segredos.
O pior é ter que me fazer de forte, quando na verdade nem mesmo consigo juntar os pedaços do meu coração preto e branco.