Thalia Sousa
Tem dias que o cérebro pede calma, o coração demonstra que está cansado, o corpo sofre continuamente e pede piedade para tudo isso que está passando.
Você se olha no espelho e se pergunta onde errou e se cobra ainda mais, as palavras que escuta e diz... não fazem sentindo, e finalmente entende que precisa de paz para alma.
Aos doze anos comecei escrever, pensei que não sabia nada sobre mim, mas, conhecia cada qualidade e defeito. A forma como observava e observo o mundo era diferente das pessoas comuns, presenciava cores, sensações, e encanto por tudo que eu era capaz de enxergar.
Aquela menina se tornou essa mulher, apaixonada por escrita e leitura, escrevi meu primeiro livro aos doze anos, tive um milhão de visualizações pelo o whattpad e retirei por insegurança, nada estava perfeito. Pobre de mim, perfeição só nos contos de fadas.
Hoje me vejo cheia de sonhos, porém, sem muita estabilidade emocional.
A depressão me pegou forte,no entanto, estou sobrevivendo mais uma vez.
Eu sou indomável, cheia de si, corajosa e destemida. Encantadora e fluída, resiste e interminável, tão complicada como um cálculo de matemática com várias fórmulas, mas, basta apenas me domar e querer me conhecer, e assim eu me desmancho fácil e entrego tudo que tenho de melhor.
Somos responsáveis por aquilo que dizemos e não por aquilo que as pessoas interpretam.
Na maioria das vezes tentamos nos justificar sobre determinados comportamentos que temos, no entanto, muito deles não precisam de justificativa.
Quando se entende que não controlamos expectativas e muito menos pensamentos alheios a respeito de nós as coisas ficam mais leves, e tudo isso é um processo de autoconhecimento, tudo tem um limite e quando entendemos o nosso nada mais justo do que se retirar, as coisas só permanecem seguindo de forma desordenada até quando você permite.
Você deveria saber que não é responsável por curar pessoas destruídas e pegar essas mesma pessoas no colo e ensina-las como ser madura, a vida se encarrega disso e isso nunca será responsabilidade sua, já temos problemas demais para querer abraçar o mundo e curar quem nem se quer chegou buscar ajuda.
Por muitas vezes eu me culpava pela forma que as pessoas agiam comigo, mas depois de todo o processo de autoconhecimento entendi que isso dizia mais sobre elas do que sobre mim, quando isso se tornou mais leve .... eu consegui respirar e entender que nada está sobre o meu controle, que as coisas são incertas que a vida é passageira e que somos apenas pessoas em desenvolvimento e passageiras.