Th Japsen
Não sei, talvez eu não sirva para ser essas mulheres perfeitas. Daquelas que tenham orgulho de mim por alguma coisa ou daquelas que merecem o mundo. O fato é...eu não sei ser silêncio. Não me mantenho em silêncio quando as bombas estouram. Eu sou a propia bomba relógio sempre estou prestes a explodir.
Permita-me te colocar no peito e contar nossas histórias para nossos netos. Eu quero eternizar você. Por isso eu peço...permita que eu escreva sobre nós. Assim como eu já escrevi sobre idas e vindas mas dessa vez eu quero escrever da minha vontade de ficar.
Morro escrevendo a felicidade fictícia. Porque é da ficção que vem a arte e a vida imita a arte e eu imito a vida. Fingindo viver.
Fala do meu corpo. Como se fosse dono. Não preciso de opinião de ninguém. Eu estou bem. Estou bem comigo, bem com meu corpo e bem com meu espírito.
Se você acha que meu corpo é um problema eu te digo que sou mulher de mais pra você.
Uma coisa que não me contaram é que a pior prisão é a pisão de dentro. Aquela que você se prende em passados, em relacionamentos mal acabados, em mágoas e dor.
E é assim que acaba
A vida
Em uma verdadeira prisão.
E assim se aprende que o frio também fere e queima. Sendo de sol ou chuva o amor dói, corrói e machuca. O fato é saber bem quem vai queimar.
A verdade é que...mesmo sendo lotada de decepções eu continuo vivendo. Meu silêncio é salvador para mim mesma. Eu não preciso da opinião de ninguém.
Por mais que me doa viver, coloco sentimentos nas minhas palavras porque foi a forma mais bonita que encontrei de aceitar a realidade.
De ansiedade eu morro todos os dias. Meu pior inimigo é o pensamento. Minha pior renúncia é sentir medo de morrer. E por isso eu morro só. No silêncio de mim mesma. Tentando suportar.
Eu sei como é, é como se você não sentisse o vento arrepiar mais a pele e parece que o mundo vai desmoronar como a chuva que cai do céu. E no fundo você suplica pela paz assim como as plantas suplica pela água em suas raízes.
O sentimento de insistência é tão doloroso quanto a dor de um amor não correspondido, que chega a dilacerar o peito, mas eu não estou falando sobre o amor. Eu estou falando sobre a dor da alma.
Não se sentir suficiente é como cortar a si mesmo com navalhas esperando que um dia para de sangrar. Mas esquecemos que não somos mais crianças, as feridas da vida não cicatrizam com beijinho no arranhão e um copo de leite quente.
As feridas da vida não cicatrizam de fato. Elas apenas sangram. Você se vê machucado e ainda tende a aprender viver com a dor e com todos os sangramentos.
Eu sei como é
Eu sei como se sente.
Talvez crescer não tenha sido uma das nossas melhores escolhas. Acabou a inocência. A fera agora, é nosso lar.
Talvez crescer não tenha sido uma das nossas melhores escolhas. Acabou a inocência. A fera agora, é nosso lar.
Porque
Os meus olhos
Não são
Capazes
De mentir satisfação
Como a minha boca
É capaz de esconder
O Que sempre deveria ter sido dito.
Os olhos falam
Mais
Do que qualquer
Palavra
De afeto.
Ninguém nunca percebeu que amar dói. Dizem que romantizamos a paixão em forma de amor. Mas será que existiria amor sem uma paixão a primeira vista ?
Seja lá com o for, amar dói porque inicialmente causa borboletas no estômago, aperto no peito e tremedeira ao primeiro sinal de interesse.
Contando que seja claro, quando todo aperto no peito se torna amor talvez seja a única parte bonita entre a linha tênue. Você sente saudade. E a saudade dói.
Mas é quando
O outro
Decide
Se despedir
É que o amor
Dilacera,
Abre feridas
Apunhala as costas
Constrói traumas
E barreiras.
O estômago para de sentir borboletas e passa a sentir dor por ansiedade. Ansiedade de tudo o que poderia ter sido mas não foi. De tudo que poderia ter sido falado mas nao foi dito. De tudo que poderia ter sido mostrado mas foi silenciado.
O amor
Em silêncio
Dói
Porque
Desconstrói
Tudo aquilo
Que um dia
Inventamos
Pra chamar
De perfeição.
O amor
Em silêncio
Dói
Porque
Desconstrói
Tudo aquilo
Que um dia
Inventamos
Pra chamar
De perfeição.
Eu só espero um dia aprender que o que dói
Nunca deve ser visto como amor
Principalmente dentro de mim.